Relatório de Vias de Adminstração
Por: wellingtonabordo UFPI • 19/12/2023 • Relatório de pesquisa • 1.298 Palavras (6 Páginas) • 72 Visualizações
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA APLICADA À NUTRIÇÃO
PROFESSORAS: Drª Maria Zenaide de Lima Chagas Moreno Fernandes e
Drª Fernanda Regina de Castro Almeida
WELLINGTON DEMES COELHO DE SOUSA
OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE RATOS MACHOS APÓS ADMINISTRAÇÃO DE TIOPENTAL POR QUATROS VIAS DIFERENTES.
TERESINA - PI
OUTUBRO/2023
WELLINGTON DEMES COELHO DE SOUSA
OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE RATOS MACHOS APÓS ADMINISTRAÇÃO DE TIOPENTAL POR QUATROS VIAS DIFERENTES.
TERESINA - PI
OUTUBRO/2023
1 INTRODUÇÃO
A farmacocinética compreende a absorção, distribuição, metabolismo (biotransformação) e excreção de medicamentos, sendo esses os processos fundamentais a serem compreendidos para controlar a ação terapêutica desses medicamentos no corpo humano. Para garantir a eficácia e minimizar os efeitos adversos dos medicamentos, é essencial saber quanto deles atinge seus locais de ação e quando isso ocorre. O conhecimento e a aplicação dos princípios da farmacocinética aumentam as chances de sucesso no tratamento farmacológico e reduzem a probabilidade de efeitos indesejados no organismo. (GOODMAN & GILMAN, 2012).
A escolha da via de administração de um medicamento é principalmente guiada pelas características do fármaco e pelos objetivos terapêuticos, podendo ser classificada em diversas modalidades, incluindo via enteral, vaginal, parenteral, tópica, nasal, inalatória, auricular, intratecal, intraperitoneal e intra-articular (SILVA; SVALDI, 2012). A absorção representa a migração de um medicamento a partir do local onde é administrado para a corrente sanguínea, ocorrendo através de diversos mecanismos. A rapidez e a eficácia desse processo são influenciadas por dois elementos cruciais: o ambiente onde o medicamento é absorvido e as características químicas, bem como a via de administração. Optar por diferentes vias de administração pode levar a uma absorção parcial, resultando em uma menor biodisponibilidade do medicamento (CLARK et al, 2013).
No que se refere à influência do pH na absorção de medicamentos, é relevante observar que a maioria desses compostos consiste em ácidos ou bases de natureza fraca, contendo um ou mais grupos funcionais que podem se ionizar. As formas não ionizadas de ácidos e bases fracos são solúveis em lipídios e, portanto, aptas a atravessar membranas por meio de difusão passiva. Porém, a carga elétrica da molécula ionizada gera uma configuração polar que impede a passagem através da membrana por difusão passiva. Consequentemente, a concentração da forma não ionizada de cada medicamento em seu local de absorção é determinada pelo equilíbrio entre as formas ionizadas e não ionizadas, um equilíbrio que é afetado pelo pH do ambiente e pela natureza ácida ou básica do medicamento, como indicado pelo valor de pKa. (LARINI , 2009).
Portanto, o presente relatório tem como objetivo compreender a relação das vias de administração com as suas características de absorção, com início, intensidade e duração de efeitos de um fármaco, nesse caso, o Tiopental, utilizando uma mesma dose de 30mg/kg, em camundongos.
2 METODOLOGIA
A prática de vias de administração e absorção dos fármacos foi realizada por meio da apresentação de vídeo realizado pela Innovatio Laboratório de Artes e Tecnologias para Educação, publicado online em 04 de julho de 2012. No vídeo, o procedimento é realizado através da administração do fármaco em ratos machos por quatro vias diferentes: via oral (1), via subcutânea (2), via intramuscular (3) e intraperitoneal (4). Cada rato recebeu uma marcação na cauda com o número correspondente a via de administração realizada. A observação dos efeitos foi realizada de acordo com uma escala de depressão em 5 níveis (Quadro 1).
Quadro 1: Descrição dos graus de depressão por efeito de fármaco.
Grau | Descrição |
00 | Comportamento normal. |
01 | Perda de coordenação motora ao caminhar, bêbado. |
02 | Perda da postura, mas com reflexo de endireitamento bem-sucedido. |
03 | Reflexo de endireitamento presente, mas sem sucesso. |
04 | Anestesia. |
05 | Não reage a compressão feita na cauda. |
Fonte: Innovatio Laboratório de Artes e Tecnologias para Educação, 2012.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Tiopental (também conhecido como Nembutal ou Hypnol) é bastante utilizado em experimentos animais com o objetivo de induzir e manter a anestesia geral, sendo administrado na maioria das vezes por via intravenosa ou intraperitoneal (SILVA et al., 2010). No quadro 2, os resultados mostram que o rato 1, no qual o medicamento foi administrado pela via oral, mesmo após 10 minutos não apresentou qualquer alteração e continuou com os movimentos normais, apresentando grau de depressão 00. A substância é introduzida na cavidade oral ou no aparelho digestório por meio de um tubo esofágico ou estomacal gentilmente empurrado pelo esôfago até o estômago (BARROS, 2014).
Quadro 2: Grau de depressão bulbar por tempo após a administração de Tiopental.
Animal Via de administração | Rato 01 Via Oral | Rato 02 Via Subcutânea | Rato 03 Via Intramuscular | Rato 04 Via intraperitoneal | |
Tempo | 10 min | 05 min | 05 min | 03 min | 05 min |
Grau de depressão bulbar | Grau 00 | Grau 01 | Grau 02 | Grau 01 | Grau 05 |
Fonte: Innovatio Laboratório de Artes e Tecnologia para Educação, 2012.
Os fármacos orais são autoadministrados facilmente e, comparado com os fármacos administrados por via parenteral, têm baixo risco de infecções sistêmicas, que podem complicar o tratamento. Além disso, a toxicidade e as dosagens excessivas por via oral podem ser neutralizadas com antídotos, como o carvão ativado. Entretanto, essa via de administração possui algumas desvantagens, tais como absorção limitada de alguns fármacos, pode sofrer interferência de alguns alimentos e alguns fármacos podem sofrer biotransformação antes da absorção sistêmica (CLARK et al, 2013).
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