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Saúde Coletiva: Uma história recente de um passado remoto

Por:   •  10/4/2017  •  Resenha  •  865 Palavras (4 Páginas)  •  2.079 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA

INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - ISCO

BACHARELADO EM FARMÁCIA

DISCIPLINA: SAÚDE PÚBLICA E EPIDEMIOLOGIA

PROFº. WILSON SABINO

ALUNO: JOÃO DAVID BATISTA LISBOA

RESENHA: Saúde Coletiva: Uma história recente de um passado remoto

        A problemática da saúde não iniciou no Brasil, é uma questão mundial que vem paulatinamente sendo resolvida através de severas discussões e acordos realizados em manifestações, congressos e conferências.

        O problema inicial da saúde coletiva foi aceitar que não é uma área de conhecimento singular, pois abrange diversas outras áreas desde as sociais até a propriamente dita área saúde. Muitos estudiosos como Foucault, Neumann e Virchow, entre outros, tentavam demonstrar que para se alcançar um patamar elevado na saúde se deveria levar em conta a interdisciplinaridade. Hoje ela está alicerçada principalmente sobre o tripé das ciências sociais e humanas, a epidemiologia e a política e o planejamento.

        Mas para alcançar o cenário atual da saúde pública, diversas manifestações ideológico-sociais foram realizadas, nelas questionavam-se a precária situação da população. Mesmo assim, pouco se garantia. Segundo Bloom (2002) “sua ampla concepção de reforma da saúde como ciência social foi transformada em um programa mais limitado de reforma sanitárias e a importância dos fatores sociais em saúde como ciência social em saúde rolou ladeira abaixo enquanto a ênfase biomédica esmagadoramente ganhou domínio a partir da evolução científica causada pelas descobertas bacteriológicas de Robert Koch”.

        No Brasil, toma-se essencial entender que as trajetórias de um pensamento social resultaram em diferentes aproximações em diferentes momentos. Pois, a Saúde pública brasileira foi gradativamente moldada com auxilio principalmente da sociedade.

        Inicialmente, houve uma necessidade de instalar um estudo epidemiológico na América Latina, para assim amenizar epidemias em diversos países. A massa populacional pobre não tinha direito a saúde, quando estavam com alguma patologia eram cuidados pelas Santas Casas; os ricos podiam pagar e ter o melhor atendimento médico oferecido na época.

        Com a necessidade de mão de obra imigrante e elevadas taxas de epidemias no Brasil, Oswaldo Cruz iniciou o processo de vacinação obrigatória e higienização das grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1922, houve movimento conhecido com Forte de Copacabana, onde militares exigiam mais saúde para a população e aposentadoria.

        Somente com a chegada do Dr. Paulo Souza ao Brasil pode se focar no Centro de Saúde, de cunho social e educativo, e a implementação do Médico Sanitarista. Getúlio Vargas, em 1930, decretou centralização e unificação da estrutura de saúde. O SESP foi também um órgão importante para o histórico da Saúde Publica, através dele combatia-se epidemias, como a Malária, para proteger os Soldados da Borracha.

        Com a mudança de modelo de Centro da Saúde, o Brasil seguiu os moldes Americano, da atenção à saúde com médicos de todas as áreas, ou seja, médicos especializados. Os hospitais também eram muito bem equipados. No entanto, tudo isso tornava a saúde cara. Apenas os mais abastados conseguiam se manter nesses hospitais. Por isso, criou-se o Ministério da Saúde, um órgão que tinha com objetivo fortalecer a saúde pública e a medicina preventiva, e assim com uma previsão de 30 anos se teria a Saúde Ideal no Brasil.

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