Tratamento de residuos
Por: Lulu91467749 • 21/10/2015 • Monografia • 5.878 Palavras (24 Páginas) • 322 Visualizações
INTRODUÇÃO
Os danos ambientais causados pelas catástrofes que
ocuparam a mídia, nestes últimos anos, são insignificantes,
quando comparados aos danos cumulativos, na maioria das
vezes, imperceptíveis, provocados pela grande quantidade
de poluentes menores disponibilizados ao meio ambiente
de maneira constante e gradativa.
Vivemos num ecossistema no qual os recursos são
limitados, mas cujo crescimento é ilimitado, e onde os recursos
existentes são fortemente inter-relacionados e interdependentes.
Uma postura exaustivamente consumista e descartável
poderá inevitavelmente comprometer a qualidade
de vida da espécie dominante.
As descobertas dos inúmeros danos ambientais resultantes
das práticas inadequadas das disposições dos
resíduos têm aumentado o conhecimento e a preocupação
da população do planeta sobre esta questão. Nos últimos
anos, esta preocupação tem sido manifestada e concretizada,
através da promulgação de uma série de legislações federais,
estaduais e municipais.
Com a legislação ambiental cada vez mais rígida, os
prejuízos advindos de seu não-cumprimento podem apresentar
um custo muito elevado aos infratores. Paralelamente,
a conscientização do consumidor impulsiona-os a adquirir
produtos que sejam considerados “verdes/limpos”,
“ambientalmente corretos”, ou seja, produtos que, além de
apresentarem boa qualidade, possuam uma linha de produção
que não gera comprometimento ambiental. Esses aspectos
vêm incentivando, a cada dia, a indústria a procurar
sistemas eficazes que provoquem a redução de seus impactos
ambientais, com custo de mercado compatível (Macêdo,
2000).
Empresas estão procurando adotar o Sistema de Gestão
Ambiental (SGA). Esse sistema de gestão ambiental
permite à empresa controlar permanentemente os efeitos
ambientais de todo o seu processo de produção, desde a
escolha da matéria-prima até o destino final do produto e
dos resíduos líquidos, sólidos e gasosos, levando-a a operar
da forma mais sustentável possível.
Em um mercado globalizado, competitivo, consumidores,
cada vez mais exigentes e alicerçado por uma legislação
comprometida com os anseios sociais futuristas, a gestão
ambiental passou a ter caráter marcante e decisivo na
escolha de produtos. Empresas tecnologica e culturalmente
habilitadas no efetivo controle dos seus processos, apresentam
seus custos reduzidos, uma vez que consomem
menos matéria-prima e insumos, geram menos subprodutos,
reutilizam, reciclam, lucram com seus resíduos e gastam
menos com o manejo e controle da poluição e recuperação
ambiental. As empresas ganham competitividade, por meio
da gestão ambiental, tanto para a sua sobrevivência no
mercado internacional, quanto para controle dos aspectos
ambientais, garantindo a sustentabilidade do processo de
68 Infarma, v.16, nº 11-12, 2004
desenvolvimento e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade
ambiental e de vida da população.
Neste contexto, a certificação voluntária tem sido
acreditada como instrumento capaz de referendar a credibilidade
das empresas frente ao comprometimento ambiental.
A aplicação deste processo tem permitido aumento na capacidade
de competir no mercado tanto nacional como internacional,
um verdadeiro passaporte para os produtos.
A certificação tem sido implementada como parâmetro
na decisão de compra do cliente, por gerar credibilidade.
Tem sido observada uma melhoria da qualidade dos processos,
produtos e da própria organização, com efetiva melhoria
dos processos, evitando e prevenindo a ocorrência de
deficiências (falhas), reduzindo custos com retrabalho, perdas,
desperdícios e inspeções. Apesar desta avalanche na
busca pela certificação voluntária, compartilhamos com a
argumentação que a certificação não sirva apenas como
propósito publicitário, mas como mecanismo habilitado na
garantia e manutenção da segurança e qualidade dos produtos,
serviços ofertados, e compromisso ambiental (ROSENBERG,
2000).
DESENVOLVIMENTO
Conforme observamos, a sociedade dotada de uma
consciência comprometida e voltada a garantir a manutenção
da qualidade de vida das futuras gerações, tem buscado
mecanismos capazes de estimularem a criação de normas
e diretrizes comprometidas com a implementação de uma
política nacional séria, atrelada às tendências internacionais
e fundamentada no avanço do conhecimento técnicocientífico
da humanidade. Objetivando minimizar a produção
de resíduos e garantindo aos resíduos obrigatoriamente
formados, destino seguro e adequado, permitindo proteção
dos recursos naturais e meio ambiente.
Iniciativas voltadas a atender estas expectativas têm
sido constantemente publicadas. Especificamente, legislação
voltada à área de saúde foi recentemente publicada: a
Resolução RDC n°. 33, em cinco de março de 2003, sendo
esta voltada à necessidade de prevenir e reduzir os riscos à
saúde e o meio ambiente, propondo gerenciando do destino
correto dos resíduos dos serviços de saúde.
Esta norma, em seu Capítulo IV, prevê a responsabilidade
dos profissionais que, devidamente habilitados, deverão
executar as atribuições concernentes. Abaixo, estão
citados alguns conceitos básicos mencionados nesta Resolução,
especial atenção dos profissionais farmacêuticos
deverá recair sobre manejo dos resíduos concernentes ao
Grupo B (Químicos) B1 – resíduos de medicamentos ou insumos
farmacêuticos (produtos hormonais, antibacterianos,
citostáticos, antineoplásicos, imunossupressores, anti-retroviaris...):
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