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A Crioterapia

Por:   •  16/4/2019  •  Bibliografia  •  2.036 Palavras (9 Páginas)  •  368 Visualizações

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CRIOTERAPIA – 04/04/19

Definição:

Crioterapia → uso do resfriamento com propósitos terapêuticos

  • Resfriamento → transferência de energia térmica do tecido para o agente físico

A crioterapia pode ser realizada por diferentes métodos

  • spray de evaporação, imersão em água gelada, bolsas de gelo, etc.
  • Mais comum → bolsas de gelo

O calor é transferido por condução a partir de pele e a energia utilizada para transformar o gelo em água

Princípios gerais:

Embora seja aplicada sobre a superfície da pele, a crioterapia pode provocar queda de temperatura em estruturas profundas, como áreas intra-articulares

Entretanto, quanto a temperatura da pele pode ser alterada abruptamente, os tecidos mais profundos têm um resfriamento menos e muito mais lento

A extensão da queda de temperatura tecidual dependera principalmente:

  • Da duração da aplicação
  • Do método de resfriamento empregado
  • Da espessura do tecido adiposo subcutâneo
  • Da região do corpo onde o resfriamento é aplicado

Duração da aplicação:

  • Quanto maior a duração da aplicação:

Maior é queda da temperatura

Maior o tempo necessário para que o tecido se aqueça

  • A queda de temperatura é sempre maior nas estruturas mais superficiais em relação às mais profundadas

Método de resfriamento empregado:

Artigo:

Foram comparados os seguintes métodos de resfriamento

  • Gelo moído

Modalidades que sofrem mudanças de fase

Bolsas de gel e potes de ervilha congeladas → temperaturas pré-tratamento muito baixas

  • Maior desconforto para o paciente e risco de lesão tecidual pelo resfriamento excessivo inicial

Conclusão do estudo:

Efeitos terapêuticos do resfriamento tecidual:

Controle da inflamação (aplicação pós-operatórios)

Controle do edema

Controle da dor

Controle temporário da espasticidade

Criocinética e Crioalongamento

  • Controle da inflamação

A crioterapia pode ser utilizada no controle da inflamação aguda:

  • Redução da temperatura → redução na velocidade das reações químicas → redução dos sinais cardinais da inflamação (calor, rubor, dor...)

Redução do calor e rubor → vasoconstrição

Redução do edema → resultado da vasoconstrição, aumento da viscosidade sanguínea e redução da permeabilidade capilar, que reduzem o movimento de líquido dos capilares para o interstício

  • Importante para o controle do sangramento e do edema pós-trauma

Controle dador → redução da velocidade de condução nervosa e teoria do portão da dor

Redução da limitação funcional → resultado do controle do edema e da dor

Sendo assim, recomenda-se a utilização da crioterapia imediatamente após a lesão e durante toda a fase de inflamação aguda

A aplicação do gelo imediatamente após a lesão faz parte do protocolo PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação)

A aplicação imediatamente após a lesão irá:

  • Reduzir a hipoxemia secundária à lesão (por redução do metabolismo tecidual)
  • Reduzir a hemorragia e formação de edema pós-trauma (reduzindo a dor e a limitação funcional)
  • Reduzir a dor

A aplicação do gelo deverá continuar durante todo o período de inflamação aguda

  • Duração → em geral 48 a 72 horas
  • Porém, a inflamação aguda poderá persistir por mais tempo (trauma grave, doenças inflamatórias crônicas u lesões crônicas recorrentes)

Clinicamente, a 0resença de inflamação aguda pode ser estimada pela temperatura local

  • Temperatura local elevada → provável inflamação aguda
  • Temperatura local normal → provável resolução da fase inflamatória aguda

Após a resolução da fase inflamatória a crioterapia deve ser interrompida, pois a redução do metabolismo e a vasoconstrição induzida pelo resfriamento retardarão o reparo tecidual.

  • Controle do Edema

A crioterapia pode ser utilizada para o controle da formação de edema associado ao processo de inflamação aguda

Edema durante a inflamação aguda → resultado do aumento da permeabilidade capilar e da pressão intravascular

O controle do edema promovido pela crioterapia resulta:

  • Da redução da pressão intravascular (vasoconstrição e aumento da viscosidade sanguínea)
  • Da redução da permeabilidade capilar (redução...)

A crioterapia não e eficaz no controle do edema associado à imobilidade ou alterações circulatória

Nesses casos compressão, elevação, exercício e massagens são estratégias mais efetivas

  • Controle da dor

Pode reduzir de maneira direta ou indireta

  • Direta → teoria do portão da dor, redução da velocidade de condução das fibras dolorosas
  • Indireta → interrupção do ciclo dor-espasmo-dor e efeito sobre a causa de dor subjacente (ex: inflamação ou edema), redução da resposta para espasmo pela redução da dor

A crioterapia pode reduzir a sensação dolorosa por mais de uma hora

Efeito prolongado → a temperatura da região permanece abaixo do normal por ate horas após a remoção do agente de resfriamento

Motivo: a vasoconstrição limita a chegada de sangue aquecida e a camada de gordura subcutânea limita o reaquecimento por condução a partir do ar ambiente

Tempo entre aplicações → pelo menos uma hora, para que a temperatura possa retornar próximo ao normal antes da próxima aplicação e evitar lesão

  •  Controle temporário da espasticidade

Espasticidade → definida como o aumento, velocidade dependente, do tônus muscular, com exacerbação dos reflexos profundos, decorrente de hiperexcitabilidade do reflexo do estiramento

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