Uso da crioterapia, termoterapia, estimulação elétrica neuromuscular na espasticidade
Por: Renato Borges • 25/11/2015 • Trabalho acadêmico • 678 Palavras (3 Páginas) • 577 Visualizações
Uso da crioterapia, termoterapia, estimulação elétrica
neuromuscular na espasticidade
A espasticidade é um aumento resistência ao movimento passivo, dependente da velocidade .Os sinais mais observados pelos fisioterapeutas são reação de apoio positiva, retirada (flexora), de preensão, impulso extensor e sinergias reconhecidas.
As causas comuns de espasticidade são doença vascular cerebral, lesão encefálica, compressão da medula espinhal, e lesões inflamatórias da medula espinhal.
A base patológica é a ampliação anormal dos reflexos miotáticos da coluna. É um fator que traz sérias consequências ao paciente, como contraturas e deformidades, que irão afetar o desenvolvimento das habilidades funcionais.
Inicialmente dificulta o posicionamento confortável do indivíduo, prejudica as tarefas de vida diária como alimentação, locomoção, transferência e os cuidados de higiene, podendo ser um quadro alterado por estímulos internos ou externos.
A fisioterapia proporciona condições para facilitar o controle do tônus e dos movimentos, aquisições de posturas e de padrões normais, pois visa à inibição da atividade reflexa patológica e a facilitação do movimento normal.
Entre os diversos recursos fisioterapêuticos existentes, os mais utilizados para adequação do tônus são: a cinesioterapia, a eletroterapia, a termoterapia e a crioterapia.
Crioterapia
A utilização do frio (crioterapia) para redução da espasticidade é controversa. O frio é utilizado, com efeito transitório, no controle da espasticidade por reduzir a sensibilidade ao reflexo de estiramento do fuso neuromuscular e por inibir os motoneurônios pelas vias polissinápticas.
A crioterapia pode ser indicada como agente facilitador da cinesioterapia. O frio pode ser aplicado em diferentes temperaturas, na forma de imersão, aerossóis e bolsas, conforme indicação clínica individualizada. Existe evidência científica em estudos experimentais que o frio reduz a espasticidade por até 60 minutos pós-aplicação.
Não há evidência, obtida em trabalhos clínicos qualificados, que a crioterapia seja efetiva no tratamento da espasticidade.
Termoterapia
O uso do calor é reconhecido como agente facilitador e de preparo para cinesioterapia e está indicado no tratamento do paciente espástico. O relaxamento muscular ocorre quando se atinge progressivamente temperaturas entre 38,5 e 40°C.
As formas de aplicação são: banhos, bolsas e compressas no segmento corporal espástico, de acordo com as técnicas preconizadas.
Acredita-se que o calor tem um efeito relaxante sobre o tônus musculoesquelético. A eficácia do calor no tratamento da espasticidade é duvidosa, pois o calor aumenta o fluxo sanguíneo na árvore circulatória normal e promove relaxamento muscular quando não existe nenhuma patologia do sistema nervoso central.
Tanto o frio quanto o calor têm contra-indicações relativas nos pacientes que apresentem arterites, distúrbios vasomotores e alterações de sensibilidade.
Estimulação elétrica neuromuscular
A estimulação elétrica neuromuscular (EENM), também conhecida como “FES” (Functional Electrical Stimulation), é utilizada para a contração de músculos plégicos ou paréticos com objetivos funcionais.
É empregada no controle da espasticidade devido a mecanismos imediatos e tardios, demonstrados na literatura. Os efeitos imediatos são: inibição recíproca e relaxamento do músculo espástico e estimulação sensorial de vias aferentes. Os efeitos tardios agem na neuroplasticidade e são suscetíveis para modificar as propriedades viscoelásticas musculares e favorecer a ação e o desenvolvimento de unidades motoras de contração rápida.
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