A Eficácia Da Abordagem Fisioterapêutica No Alívio Da Dor Lombar Em Gestantes - Uma Revisão Da Literatura
Por: lucienesoares27 • 21/8/2023 • Monografia • 3.321 Palavras (14 Páginas) • 86 Visualizações
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BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
JÉSSICA ROBERTA SOARES FERREIRA DA SILVA
EFICÁCIA DA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
NO ALÍVIO DA DOR LOMBAR EM GESTANTES - UMA REVISÃO DA LITERATURA
CARUARU-PE-BRASIL
2019
JÉSSICA ROBERTA SOARES FERREIRA DA SILVA
EFICÁCIA DA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
NO ALÍVIO DA DOR LOMBAR EM GESTANTES – UMA REVISÃO DA LITERATURA
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à UNIFAVIP WYDEN como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.
Orientadora: Amanda Alcântara
CARUARU-PE-BRASIL
2019
EFICÁCIA DA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
NO ALÍVIO DA DOR LOMBAR EM GESTANTES – UMA REVISÃO DA LITERATURA
Jéssica Roberta Soares Ferreira da Silva[1]
Amanda Alcântara[2]
RESUMO
Palavras-chave: Fisioterapia, Obstetrícia, Gestante, Dor Lombar e Benefícios
EFFECTIVENESS OF THE PHYSIOTHERAPY APPROACH
IN THE RELIEF OF LOMBAR PAIN IN PREGNANT – A LITERATURE REVIEW
Jéssica Roberta Soares Ferreira da Silva¹
Amanda Alcântara²
ABSTRATCT
Keywords:
INTRODUÇÃO
No final século XIX, a gestação era acompanhada em casa e o parto era realizado por uma parteira. A gestação não é uma condição patológica, trata-se de um processo natural do sexo feminino. Atualmente o partejar vem sendo realizado de forma humanizada, não somente para grávidas que optam por um parto natural, mas também, para àquelas que optam por uma cesárea1. Segundo o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN), o conceito de Humanização é qualificar a atenção pré-natal apenas no que tange ao seu acesso e cobertura, mas também, aprimorar a atenção aos processos parturitivo e puerperal, ou seja, promover um acolhimento digno à mulher-bebê-família a partir de condutas éticas e solidárias2.
Diversas alterações ocorrem na mulher no período gestacional, o peso uterino aumenta até a 20º semana de gravidez, os ovários ficam aumentados e alongados devido o aumento na vascularidade, nas mamas ocorrem o escurecimento da auréola e aumento de volume que é notado na 8ª semana de gestação3.
As alterações musculoesqueléticas também são evidentes. A musculatura do assoalho pélvico – MAP, apresenta-se com frouxidão dos músculos, rupturas e hipertonicidade. Devido ao alargamento do útero e das mamas, o centro de gravidade desvia-se para frente e para cima, promovendo um quadro de compensações posturais para que a gestante possa manter o equilíbrio e a estabilidade, um exemplo dessas compensações é a caminhada com uma base de suporte mais larga, e para comportar o tamanho aumentado dos seios, os ombros tendem a ficar em rotação interna. Para compensar esse alinhamento do ombro, a cabeça se posiciona mais anteriorizada, causando um aumento da lordose na coluna cervical superior. A mudança do centro de gravidade também aumenta a lordose lombar e deixa os joelhos numa posição de hiperextensão, todo peso corporal é descarregado no calcanhar na tentativa de mover o centro de gravidade para uma posição mais posterior. Geralmente, essas alterações quando não corrigidas, podem ser mantidas após o quadro gestacional, induzindo o aparecimento de patologias4. BIM, C. R. et al
As principais patologias causadas pela gestação é a diástase do reto abdominal, provocada pela separação dos músculos retos abdominais na linha alba; disfunção do assoalho pélvico, gerada pelas alterações da MAP4; e as lombalgias, que originam-se das alterações da coluna vertebral para adaptar-se ao corpo de gestante que está sendo desenvolvido5.
A dor lombar é conceituada como toda e qualquer condição de dor localizada na parte mais baixa do dorso, entre o ultimo arco costal e a prega glútea, podendo irradia-se ou não, para um ou para os dois membros inferiores6. Pode ainda ser classificada em três formas: dor lombar, dor pélvica posterior ou dor combinada7. A lombalgia gestacional é considerada um sintoma de origem multifatorial de grande incidência principalmente entre o primeiro e o terceiro trimestre da gravidez. Alguns autores atribuem às alterações hormonais, como o aumento da extensibilidade e flexibilidade articular promovidas pela ação do hormônio relaxina, e biomecânicas, as possíveis causas do desenvolvimento desses sintomas8. Tendo em vista a grande porcentagem de mulheres acometidas por esse desconforto, a lombalgia gestacional vem gerando uma grande preocupação. Tornou-se um fator que intefere diretamente nas condições de trabalho – responsável por licenças médicas e despesas de seguro social por absenteísmo, vida social e atividades diárias, podendo gerar um quadro de intenso estresse, inclusive após o período da gravidez9.
A fisioterapia obstétrica inclui o tratamento de disfunções ginecológicas, fisiológicas, biomecânicas e emocionais relacionadas à gestação, instrui na educação pré-natal, prepara a mulher para o parto e pós parto natural ou cesárea. O fisioterapeuta irá avaliar e tratar a gestante em todos os níveis da gravidez, utilizando os recursos fisioterapêuticos como a cinesioterapia que engloba exercícios de alongamento e fortalecimento, a hidroterapia que através da água com temperatura devidamente ajustada promove efeitos terapêuticos benéficos à gestante, técnicas de Reeducação Postural Global (RPG), técnicas da Medicina Tradicional Chinesa como a acupuntura e o Pilates, onde cada uma, de maneira específica vai trabalhar físico e metal através de exercícios que associam a respiração, consciência corporal, fortalecimento e relaxamento.
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