As Alterações de Postura em Idosos
Por: Karol Souza • 10/6/2019 • Ensaio • 2.353 Palavras (10 Páginas) • 260 Visualizações
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA POSTURA E MARCHA NO IDOSO:
Itens para serem avaliados no sistema locomotor:
- Marcha
- Postura
- Força muscular
- ADM
- Trofismo
• A força muscular é a primeira a ser perdida durante o processo de envelhecimento. A sarcopenia é a perda de unidades musculares, se tem a diminuição dessas, a força muscular diminui e há dificuldade há deslocar as articulações. Por conta disso, a amplitude de movimento é diminuída e a força muscular ainda mais. Com a sarcopenia há diminuição de força, ADM e com isso a imobilidade vai aumentando. O trofismo, que é a massa muscular, vai diminuir, e se isso ocorre, junto com a diminuição de ADM e força muscular, a marcha é alterada, ex.: se os flexores dorsais estão com baixa força, a pessoa vai andar arrastando o pé, alterando a sua marcha. Se tem diminuição de força do ílio psosas, durante a marcha quando uma perna está no chão, esse musculo não irá segura a outra no ar, na fase de balanço, portanto, a marcha é alterada, pois, para tirar o pé do chão é necessário uma flexão de quadril, se não fizer, o pé continua no chão e a pessoa vai arrastando.
• A fase de apoio no idoso aumenta e a de oscilação (é aquela em que é preciso um maior grupo muscular trabalhando para tirar a perna do chão) diminui.
• Fraqueza de músculos eretores da espinha, que fazem ficar em extensão de tronco, a amplitude é alterada, o trofismo, a força, alterando a marcha e consequentemente a postura.
Itens para serem avaliados no sistema nervoso:
- Equilíbrio;
- Coordenação motora;
- Sensibilidade, propriocepção;
- Tônus;
- Reflexos.
• O equilíbrio diminui. A fase de apoio unipodal da marcha necessita de um certo equilíbrio, que, se esse se encontra diminuído, há dificuldades na execução correta dessa marcha.
• A marcha, devido ao seu apoio e balanço contínuo, é considerada uma supressão de desequilíbrios.
• Se altera o equilíbrio, altera a postura.
• Para avaliar a postura é necessário ter a pessoa parada, isso é equilíbrio estático. Já para observar a marcha, é preciso movimentos, isso é equilíbrio dinâmico.
• Coordenação motora: capacidade de realizar as coisas com precisão, habilidade. Quando há uma alteração do SN com a idade, neurônios são perdidos, então possível que os neurônios do giro pré central que é o motor tenham perdas. Os neurônios extra piramidal, núcleo da base também sofrem perdas, por isso a coordenação é diminuída e consequentemente a marcha é alterada.
• Sensibilidade: capacidade de sentir, é uma aferência, é algo que vem da periferia para o sistema nervoso central. Então para formar a eferência, que é o movimento, é preciso uma informação sensitiva. Ex.: uma pessoa que tem diminuição da sensibilidade na planta dos pés, não vai formar uma eferência adequadamente. É por isso que pessoas que tem alterações crônicas da sensibilidade, principalmente nos pés, tem dificuldades com a marcha. Porque os nervos são mistos, o mesmo nervo que leva é o mesmo que trás, então, se há perda de sensibilidade há perda de motricidade (ação voluntária), o que leva a uma alteração de postura e marcha.
• Tônus: mínima contração que um musculo deve ter para manter uma determinada posição. Cérebro trabalhando + medula espinhal. A via piramidal tem 2 grandes neurônios, guias motores: 1 neurônio motor superior (tem função inibitória do movimento, inibe movimento em excesso) e 1 neurônio motor inferior (tem função excitatória, ou seja, excitar aquilo que está meio “desacordado”. Se tiver uma lesão de via piramidal, tem que se perguntar qual foi o neurônio motor que foi lesionado. Na fase aguda de qualquer lesão via piramidal, também chamado corticoespinhal, o tônus vai ser sempre baixo. A medida que o tempo vai passando, o tônus vai tentado se reestabelecer, se o paciente chegou na fase crônica e o tônus subiu, ele vai ter uma espasticidade, isso porque a lesão foi no nervo motor superior, que era o que deveria inibir o movimento. Se não inibiu ficou muito rígido, espástico. Se chegar na fase crônica com flacidez, a lesão foi no nervo motor inferior, que é o excitatório, que é o que daria o movimento, se quem dá o movimento é lesionado, a pessoa fica hipotônica. Com o passar o tempo o tônus vai diminuindo, já que a pessoa perde células do cérebro, da medula. Pode haver perdas de mais de 100 000 neurônios por dia. Nós temos mais de 13 bilhões de neurônios. A partir dos 40 anos essas perdas começam, se perde motor, diminui o tônus.
Reflexo: capacidade que tem de reagir. Proteção anterior, proteção lateral e proteção posterior. Se está perdendo neurônios, os reflexos vão diminuindo. (Se mexeu com o neurônio motor e tem espasticidade, se o tônus tá alto, o reflexo aumenta, agora, se for um neurônio motor inferior, o tônus tá baixo, pouca excitação então menos reflexos.
Propriocepção: tem proprioceptor articular, ligamentar, tendíneo, com o tempo vai perdendo placas e unidades motoras, é natural que os neurotransmissores ou proprioceptores que ali estejam inclusive com os órgão tendinosos de golgi vão sendo diminuídos também, então propriocepção vai diminuir, e com isso existe um risco de uma estabilização menor, velocidade de reação menor.
→ Para avaliar a postura de alguém é importante saber o plano que quer avaliar aquela pessoa.
Análise da Marcha:
• A marcha normal exige:
- Estabilidade;
- Mobilidade;
- Controle motor;
• Avaliar a marcha corretamente com as avaliações de:
- Força;
- Mobilidade passiva;
- Tônus muscular (espasticidade);
- Controle motor;
- Sensibilidade;
Ciclo da marcha:
Período que compreende desde o contato de um pé ao solo até o contato seguinte desse mesmo pé. É a descrição de eventos ocorridos em um membro inferior entre dois contatos consecutivos de um mesmo pé.
O ciclo da marcha é dividido em duas fases bem distintas: a fase de apoio, onde o pé toca o solo; e a fase de balanço, onde o pé não está em contato com o solo.
2.1 Fase de apoio
Toque do calcanhar: o ciclo começa assim que o calcanhar do membro referido toca o solo;
Fase de contato: fase onde o pé estará plano e em contato com o solo. Nesta fase, o peso corporal está distribuído por toda a superfície plantar;
Apoio médio: o pé ainda estará em total contato com o solo, porém o peso corporal será transferido para a região anterior do pé;
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