Avaliação das alterações morfológicas cardíacas secundárias ao enfisema pulmonar: estudo experimental em ratos.
Por: 20102012 • 8/9/2017 • Artigo • 281 Palavras (2 Páginas) • 513 Visualizações
A limitação do fluxo aéreo na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas e/ou a gases irritantes. Dentre pessoas portadoras desta patologia, aproximadamente 20% apresentam enfisema pulmonar. Vários orgãos e estruturas sofrem o impacto dessas alterações tais como: diafragma, coração e o corpo carotídeo entre outros.
Observa-se no grupo com inalação de papaína, comprometimento dos ácinos por um alargamento difuso desde a região hilar até a periferia dos pulmões, havendo ainda destruição das septos e aumento dos espaços alveolares, com formação de "baquetas", aumento do diâmetro alveolar médio e consequente diminuição da área de superfície alveolar. Após 90 dias, observa-se aumento da Pco2.
Ainda no grupo com inalação de papaína, observa-se aumento da espessura da parede do ventrículo esquerdo e também do sépto interventricular, levando consequentemente a uma redução da área média da cavidade do mesmo ventrículo. Já no ventrículo direito, observou-se que nos grupos P120 e P180, ocorreu o efeito contrário, houve aumento da área média do mesmo.
A hipertrofia do ventrículo direito, embora seja encontrada frequentemente, não foi observada como esperado no estudo. Podendo esta hipertrofia ser considerada como um indicativo de hipertensão pulmonar, a qual por sua vez, está relacionada ao grau de hipoxemia alveolar, que é um potente constritor dos vasos pulmonares. Existe uma relação inversamente proporcional entre a pressão arterial pulmonar e a PaO2 em pacientes com cor pulmonare.
Portanto, a presença de enfisema pulmonar por si só não provocou alterações morfológicas na parede do ventrículo direito e septo interventricular, enquanto que a destribuição alveolar induziu hipertrofia do ventrículo esquerdo e dilatação
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