Fatos que Influenciaram a Fisioterapia no Brasil e no Mundo
Por: Claudiacn • 28/10/2019 • Trabalho acadêmico • 2.037 Palavras (9 Páginas) • 568 Visualizações
Introdução
De acordo com dados históricos, ocorreram muitos fatos que influenciaram a criação da Fisioterapia no Brasil e no mundo.
Esses fatos fizeram com que a Fisioterapia se aperfeiçoasse e ganhasse o espaço que tem hoje.
A Fisioterapia nasce como profissão em meados do século XX, quando duas guerras mundiais causaram muitas lesões e fraturas graves, que necessitaram da abordagem de reabilitação para reinserir essas pessoas novamente a uma vida ativa. Inicialmente por voluntários nos campos de batalhas.
A Fisioterapia acompanhou as grandes mudanças e transformações do século XX, e os profissionais que a desempenharam souberam agregar novas descobertas, sofisticando e desenvolvendo uma ciência própria e um campo específico de atuação, independente de outras áreas de saúde.
fatos históricos que influenciaram a criação da fisioterapia no brasil e no mundo
História da fisioterapia no mundo
Não tem como falar de fatos históricos da Fisioterapia e não falar da sua história.
História essa que teve início desde a antiguidade onde se usava os recursos da natureza, como a água, o calor, a eletricidade (com os peixes elétricos), e os próprios movimento do corpo para o alívio da dor e a cura de inúmeras doenças.
Historicamente a terapia através dos movimentos (cinesioterapia, eletroterapia, entre outros), registra inúmeros fatos e acontecimentos que influenciaram e foram de enorme relevância que resulta no grande espaço que a Fisioterapia vem alcançando a cada dia.
Entre o Renascimento e a Revolução Industrial houve estudos sobre a mecânica corporal e a marcha humana, onde a cinesiologia se desenvolve.
E com toda a exploração dos operários, na tentativa de recuperação de trabalhadores acidentados e as novas doenças que surgiam, resultou no desenvolvimento de técnicas para recuperação e tratamento onde essas sofreram evoluções que mais tarde foram definidas no campo da Fisioterapia.
Em 1860, o médico ortopedista Gustavo Zander cria os primeiros aparelhos de ginástica que visavam a melhora do condicionamento físico, através desses aparelhos, em 1890 cria se o método mecanoterapia, que é um dos métodos utilizados até hoje pela fisioterapia.
A fisioterapia surge na metade do século XIX na Europa com as primeiras escolas na Alemanha, nas cidades de Kiel, em 1902, e Dresdem, em 1918. No No início do século XX, médicos e fisioterapeutas, surgem com grande evidência no cenário mundial na Inglaterra, com os trabalhos de massoterapia desempenhados pelos autores Mendel e Cyriax, os trabalhos de cinesioterapia respiratória realizados por Winifred Linton em Londres. Nesse mesmo período foram desenvolvidos muitos trabalhos, que resultam em métodos importantes, os métodos de Klapp, criado por Rudolph Klapp em 1940, e especialmente os métodos Bobath que desempenhavam trabalhos neurológicos, criado por Berta Bessa Bobath e Karel Bobath, para o tratamento de pacientes com paralisia cerebral.
Com os acontecimentos das guerras mundiais, surgem grandes centros de reabilitação, com atividades de aprendizagem dos movimentos, reeducação funcional, técnicas cinesioterapia, entre outras. A necessidade de profissionais qualificados, dentre eles fisioterapeutas, foi grande devida a doenças e epidemias.
Nos Estados Unidos, a fisioterapia tem seu registro mais antigo contado a partir de grandes eventos trágicos: a epidemia de poliomielite e a entrada do país na Primeira Guerra Mundial, que trouxe de volta ao país vários incapacitados.
Com tantos prejuízos a saúde devido as guerras e essa epidemia que também fez muitas vítimas em outros países , surge nos Estados Unidos a primeira associação em 1921, onde inicialmente homens não eram admitidos, porém a partir da década de 30, devido a necessidade de novos profissionais, homens passaram a ser aceitos, sendo que na década de 60, eram quinze mil fisioterapeutas americanos em atividades no país.
Em 1948, em Londres, foi criada a World Confederation for Physical Therapy (WCPT), que se aliou à Organização Mundial da Saúde (OMS), com o intuito de ativar a fisioterapia no mundo.
A crescente colaboração internacional, o desenvolvimento nas técnicas de retreinamento muscular e as pesquisas realizadas por um crescente número de fisioterapeutas foram alguns dos fatores que ajudaram no estabelecimento da fundamentação moderna da fisioterapia, essa que vem crescendo e se firmando como essencial na prevenção e reabilitação de doenças.
Figura 1/ Criado em 1860 pelo médico ortopedista Gustav Zander, os primeiros aparelhos de ginástica, já visavam a melhora do condicionamento físico e de postura.
[pic 1]
Fonte: www.guiadolitoral.uol.com.br/materias/primeiros_aparelhos_de_ginastica_da_historia
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História da fisioterapia no Brasil
O surgimento da fisioterapia no Brasil no eixo Rio- São Paulo, foi influenciada pela vinda da família Real ao Brasil.
Napoleão Bonaparte acabou por contribuir indiretamente com o desenvolvimento dos primeiros serviços organizados da fisioterapia no Brasil, ao invadir Portugal e fazer com que a família real portuguesa desembarcasse no país em 1808. Com os monarcas vieram os nobres e o que havia de recursos humanos de várias áreas para servir à elite portuguesa, de passagem por estas terras.
Junto com a família real vieram cercas de quinze mil pessoas para servi-la, trazendo aos serviços existentes no Brasil, avanços que já existiam na Europa, obrigando que os profissionais aqui existentes se adequassem a esses avanços (Novaes,1998).
No século XIX, os recursos fisioterápicos faziam parte da terapia médica, e assim há registros da criação do período compreendido entre 1879 e 1883, do serviço de eletricidade médica e do serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, que ainda existe atualmente, sob a denominação de “Casa das duchas”.
Na década de 30, Rio de Janeiro e São Paulo, quem realizava os serviços da fisioterapia eram os médicos que tomavam para si a terapêutica de forma integral, experimentando recursos físicos que outros médicos, à época, no ousavam buscar para minimizar as sequelas de seus pacientes. Essa visão ampla de compromisso com paciente, engajando-se num tratamento mais eficaz que promovesse sua reabilitação, uma vez que as incapacidades físicas por vezes o excluíam socialmente, levou aqueles médicos a serem denominados médicos de reabilitação.
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