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O DISTÚRBIOS UROGINECOLOGIAS

Por:   •  4/12/2017  •  Bibliografia  •  3.009 Palavras (13 Páginas)  •  427 Visualizações

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FISIOTERAPIA NOS DISTÚRBIOS UROGINECOLOGICOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Ana Karolina Da Silva Rodrigues1

Antônio Evandro Pereira Da Silva1

Brena Juliana Barros Silva1

Gabriela Pereira Da Cruz1

Luiz Felipe da Silva Santiago1

Mairla Oliveira Maia1

Mariana Letícia Rodrigues Da Silva1

Kariza Lopes Barreto2

RESUMO

Para a prevenção e tratamento de distúrbios como a incontinência urinária, vaginismo,

disfunção sexual, prolapsos e dor pélvica crônica, surgiu à fisioterapia uroginecológica, que

teve Arnold Kegel como precursor no uso da cinesioterapia para o períneo. Seu tratamento é

composto por exercícios ativos que visam o reestabelecimento da estática pélvica por meio da

reeducação perineal juntamente com ganho de consciência corporal, porém existem diversos

outros tipos de tratamentos para tais disfunções já citadas. O presente artigo teve como objetivo,

fazer a coleta de estudos científicos já publicados sobre a atuação da fisioterapia no tratamento

dos distúrbios uroginecológicos a fim de confrontar seus achados e reafirmar a importância da

prática fisioterapêutica nos pacientes acometidos com esses distúrbios. Foi realizada uma

revisão de literatura. A busca foi feita em livros e artigos na base de dados SciELO e LILACS,

o critério de seleção dos artigos foram os publicados mais recentes, no período entre 2007 à

2017, dos 20 artigos encontrados, apenas 6 foram utilizados e todos foram achados no idioma

português. Conclui-se ao término deste breve trabalho que a literatura científica acerca de

tratamentos fisioterapêuticos para as disfunções uroginecológicos são extremamente escassas,

sendo que a maioria dos estudos avaliam a qualidade de vida das mulheres com tais disfunções.

PALAVRAS CHAVES: Distúrbios Uroginecológicos, Fisioterapia, Incontinência Urinária,

Bexiga Hiperativa, Dispareunia, Prolapso Genital, Uroginecologia.


INTRODUÇÃO

O assoalho pélvico feminino está dividido em três porções sendo elas: anterior (bexiga

e uretra), média (vagina) e posterior (reto). É composto por estruturas de sustentação: fáscias

pélvicas (ligamento pubo-vesical, redondo do útero, uterossacro e ligamento cervical

transverso), diafragma pélvico (músculo elevador do ânus) e diafragma urogenital (músculo

bulbocavernoso, transverso superficial e isquiocavernoso). (GLISOI; GIRELI, 2011)

Quanto à composição das fibras, 70% são do tipo I (lenta) e 30% do tipo II (rápida).

Todas essas estruturas são essenciais no suporte e manutenção dos órgãos pélvicos em suas

posições fisiológicas. (GLISOI; GIRELI, 2011)

Dentre os distúrbios uroginecológicos estão as incontinências urinárias que se

classificam como qualquer perda urinária involuntária, as mesmas são tidas como doenças

complexas e de causas multifatoriais. Existem vários tipos de incontinência as mais comuns

são: a Incontinência Urinária por Esforço (IUE) que ocorre quando a pressão no interior da

bexiga é maior que a resistência uretral e Bexiga Hiperativa (BH) esta é uma síndrome que

causa de urgência miccional e aumento da frequência miccional, pode ser causada pela

hiperatividade do músculo detrusor durante a fase de enchimento vesical ou pode ter causa

idiopática. (MACIEL e SILVA, 2015); (MARTINS et. al, 2016)

“A Sociedade Internacional de Dor Pélvica (IPPS) define como Dor Pélvica Crônica

(DPC) qualquer tipo de dor abaixo da cicatriz umbilical com duração de pelo menos 6 meses.

Muitas vezes o fator etiológico da dor já foi eliminado, mas ela permanece.” (URBANETZ,

2016, p.111)

“O Prolapso de órgão pélvico ( POP) é definido como o descenso da parede vaginal

anterior e/ou posterior ou do ápice da vagina, incluindo colo uterino, útero ou cúpula vaginal

em pacientes histerectomizadas.” (URBANETZ, 2016, p.496)

Reserva-se o termo disfunção sexual para aquelas situações em que os componentes

orgânicos da resposta sexual apresentam alteração. Essa alteração funcional pode ter uma causa

orgânica ou psicossocial. (MORENO, 2009, p. 201- 202)

As disfunções sexuais femininas podem ser classificadas em: transtornos (do desejo; de

excitação sexual; orgásmico; aversão sexual), dispareunia e vaginismo. (MORENO, 2009)

Na incontinência urinária a perda mais comum acontece em momentos de esforço como

físico, tosse, espirro e riso, pois tais situações, em um períneo com estruturas abaladas, causam

1 - Discente do curso de fisioterapia da Faculdade do Vale do Jaguaribe

2 – Docente do curso de fisioterapia da Faculdade do Vale do Jaguaribe


desequilíbrio entre as pressões uretral e vesical. O principal desequilíbrio causador de tal

distúrbio acontece na musculatura, devido à flacidez dos músculos cuja função é suportar

órgãos pélvicos e manter a pressão uretrovesical sob controle (BENT, 2006; HENSCHER, 2007

apud RAMOS; OLIVEIRA, 2010).

Segundo Faria et al. (2015), a incontinência urinária: “Tem grande impacto negativo

sobre a qualidade de vida (QV), afetando o contato social, a atividade laborativa, a higiene e a

vida sexual das mulheres.”

Para a prevenção e tratamento de tais distúrbios, surgiu a fisioterapia uroginecológica,

que teve Arnold Kegel como precursor do uso de cinesioterapia para o períneo. Esse tratamento

é composto por exercícios ativos que visam o reestabelecimento da estática pélvica por meio

da reeducação perineal juntamente com ganho de consciência corporal. Com o passar do tempo,

os chamados Exercícios de Kegel têm sido cada vez mais valorizados, uma vez que estudos

mostram uma quantidade significativa de pacientes que obtiveram melhora ou mesmo a solução

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