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O Jiu-Jítsu é uma classificação das artes marciais

Por:   •  17/4/2018  •  Bibliografia  •  2.403 Palavras (10 Páginas)  •  349 Visualizações

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1.Introdução

O Jiu-Jítsu é uma classificação das artes marciais, é considerada como a forma de defesa pessoal mais completa, também é conhecida como a “Arte das Técnicas Suaves” (Jiu - suavidade; e Jítsu – técnicas) onde permite que uma pessoa menor possa derrotar um adversário maior. No Brasil esta modalidade chegou no período da I Guerra Mundial, sendo trazida pelo conde japonês Maeda Koma e acolhida por Gastão Gracie e Carlos Gracie em Belém-PA, hoje são vários os adeptos desta modalidade que tem como atributo combate de alta intensidade, com ataques que cessam e recomeçam em intervalos pequenos e com diferentes cargas. O jiu-jítsu foi se desenvolvendo e adaptando-se com predominância das técnicas de lutas no solo como: imobilização, agarramento, chaves com movimentos em alavanca, torções e estrangulamentos, sem qualquer outro golpe de uso direto das mãos, pés, ou outras partes do corpo (SILVA et al., 2014; ARRUDA & SOUSA, 2014; GURGEL, 2000).

Sengundo Santos et al., (2013), muitos atletas para obter reconhecimento neste esporte, procuram aperfeiçoar ainda mais suas técnicas de solo com intenso treinamentos diário, sendo que a maioria dos golpes necessitam de uma hiperflexibilidade de determinadas articulações e uma hiperextensibilidade dos músculos para a realização dos movimentos principalmente  da coluna vertebral e joelho, ocasionando assim prejuízos a postura. Andreato (2010) cita a preparação física em atletas de jiu-jítsu, o nível de flexibilidade é menor e o grau de força muscular maior, proporcionando um índice elevado para supostas lesões.

De acordo Signoreti & Parolina (2009), a presença de qualquer lesão ocasiona disfunção das cadeias musculares, tendo em vista que acomete o alinhamento ósseo mediante aos trabalhos realizados com muitos movimentos repetitivos, o que ocasiona a redução de força muscular, diminuição da flexibilidade e da coordenação motora, surgindo assim às alterações posturais.

Estudos realizados demonstram que o alinhamento da postura corporal é instituído por estruturas musculoesqueléticas que irão interagir entre si por toda a vida de acordo com suas necessidades (JÚNIOR et al.; 2004). O presente trabalho tem como objetivo analisar o perfil postural dos indivíduos praticantes de jiu-jítsu de uma academia no município de Coari, Amazonas.

2. Metodologia

Trata-se de um estudo transversal descritivo onde participaram 20 atletas de jiu-jítsu de uma academia de artes marciais do município de Coari – Amazonas, no período de junho a outubro de 2017. Os atletas foram convidados verbalmente e precisavam está dentro dos critérios de inclusão com idade mínima de 14, sexo masculino, saudáveis, com no mínimo seis meses de prática, residentes no município de Coari-AM, concordar e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.

Após a abordagem inicial os atletas foram informados de data e horário para comparecer Universidade Federal do Amazonas – UFAM, onde os voluntários foram entrevistados para tomada de informações pessoais, histórico de prática de treinamento desportivo, categoria e avaliação antropométrica a estatura foi mensurada em cm, utilizando-se uma fita métrica, a massa corporal foi aferida por meio de uma balança digital (marca G.TECH), calibrada.

Logo em seguida foi realizado o registro fotográfico com os indivíduos devidamente vestido (shorts, suga e cueca), com um fio de prumo preso ao teto, com duas bolinhas de isopor a uma distância de 1 metro uma da outra, para posteriormente proporcionar a calibração da imagem. O sujeito foi posicionado em cima de um papel A3 para marca seu posicionamento para não ter alterações na angulação dos pés nas mudanças posturais, assim de tal modo que o individuo e o fio de prumo ficasse num mesmo plano perpendicular ao eixo da câmera fotográfica digital (marca FUJIFIM, FINEPIX S, com resolução de 14 megapixels), localizada a 3 metros de distância e apoiada em um tripé a uma altura de 1,07 cm. O indivíduo foi fotografado nas posturas:  vista anterior, vista lateral direita, vista posterior e vista lateral esquerda. As referências ósseas, que serviram de guias para os cálculos angulares, foram marcadas com bolas de isopor e fixadas no corpo com fita dupla face, diante o protocolo do Software de Avaliação Postural (SAPO v. 0.68.), protocolo SAPO propõe pontos de marcação e medidas para avaliação postural. A escolha desses pontos foi baseada com relevância clínica, base científica, viabilidade metodológica e aplicabilidade (SOUZA et al. 2011). Após a aquisição das fotografias foi transferidas para o computador, e analisadas pelo avaliador no programa SAPO que se baseia na aplicação métrica a imagens fotográficas, possibilitando detectar alterações posturais entre os segmentos corporais (BARAÚNA, 2011); o software quantifica de modo preciso às alterações posturais, sendo considerado um procedimento confiável diante de estudos já realizados (SATO, VIEIRA E GIL COUR, 2003), logo em seguida  então foi gerado o relatório de análise e exportado para o Excel (Microsoft Excel® 2013). Os dados foram tabulados através da média e do erro padrão em planilhas de dados do Excel e a análise estatística realizada no software SPSS versão 19.0, por meio de testes de associação, paramétricos e não paramétricos. O nível de significância adotado será de p<0,05. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o número CAAE: 69374017.1.0000.50.  

3. Resultado

As características antropométricas dos atletas de Jiu-jítsu são apresentadas na tabela 1, participaram deste estudo 20 atletas do gênero masculino, com idade média de 20,40 ± 4,20 anos, o índice de massa corporal (IMC) apresentou uma média de 25,76 ± 4,23Kg/m2 classificando este grupo com sobrepeso.

Segundo o questionário respondido pelos atletas, quanto ao tempo de prática de jiu-jítsu, teve como média 7,60 ± 5,37 anos de treinamento, tendo a frequência de 5,30 ± 0,66 dias por semana e duração de treinamento de 12,71 ± 7,11 horas por semana.

Nos dados obtidos pelo Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos 20 (100%) dos atletas apresentam sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses, sendo três (15%) em duas regiões, três (15 %) relataram sentir em três regiões e 14 (70%) dos atletas referiram sentir em três ou mais regiões.    Nos últimos sete dias, 16 (80%) dos atletas relataram alguns sintomas osteomusculares, sendo quatro (25%) em uma região, quatro (25%) em duas regiões e oito (50%) em três ou mais regiões. Nos últimos 12 meses, 11 (55%) dos atletas afirmaram evitar suas atividades normais devido à sintomatologia osteomuscular, sendo sete (63,63%) em uma região, três (27,27%) em duas regiões e um (9,09%) em três ou mais regiões.

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