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OS ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIOCULTURAIS DA POPULAÇÃO SURDA

Por:   •  22/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  541 Palavras (3 Páginas)  •  302 Visualizações

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ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIOCULTURAIS DA POPULAÇÃO SURDA

DUARTE, Soraya Bianca Reis et al. Aspectos históricos e socioculturais da população surda. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.4, out.-dez. 2013, p.1713-1734.

Tami Portugal de Magalhães

Resumo

O artigo apresenta aspectos sócio-históricos e culturais da surdez referenciando datas e ações que possibilita uma amostragem real considerando uma linha temporal onde  percebe-se que desde o início da humanidade, as pessoas com deficiência eram discriminadas, levadas a uma situação de isolamento e a não percepção dos seus interesses enquanto cidadãos sendo privados de todas as possibilidades de desenvolvimento intelectual. A sociedade tinha uma ideia negativa da surdez, enfatizando sempre os seus aspectos negativos sendo percebidos de diversas formas: com piedade, compaixão, como pessoas castigadas pelos deuses ou como pessoas enfeitiçadas.  No fim da idade média, a surdez passa a ser analisada sob a ótica médica e científica. Nessa visão clínica os surdos eram categorizados através de graus de surdez e não pelas suas identidades culturais. Os primeiros educadores de pessoas surdas começaram a desenvolver diferentes metodologias. Em 1750 surgem duas tendências na educação dos surdos, o gestualismo (método francês) defendido pela grande maioria dos surdos e o oralismo (método alemão) apoiado pela grande maioria ouvinte. O oralismo foi colocado em votação em 1980 no II Congresso Internacional de Educação de Surdos, onde foi declarado como língua superior à gestual e oficializou-se  a proibição do uso da língua de sinais nas escolas. No Brasil, em 1855 devido essa proibição,  em 1911, o oralismo foi restabelecido como método de educação de surdos no INES. Com o fracasso da concepção oralista, surge a comunicação total a partir da década de 70, filosofia educacional que  recomenda o uso simultâneo de diferentes códigos, desconfigurando a estrutura da língua de sinais, descartando seu processo de derivação lexical, fazendo uso da estrutura gamatical da língua oral “português sinalizado”. A partir de 1980 a filosofia do bilinguismo começa a se destacar como opção pedagógica na educação de surdos, com o objetivo de proporcionar ás crianças o acesso a duas línguas o mais cedo possível,  no caso, a  libras  e a língua oficial de seu país. A autora teve como  objetivo resgatar, contextualizar e caracterizar os aspectos sócio-históricos e culturais da comunidade surda, com enfoque no modelo socioantropológico, utilizando livros-textos e artigos científicos disponíveis na biblioteca virtual   de saúde (BVS). Para  chegar aos resultados esperados utilizou-se da revisão bibliografica. Analisando todo esse contexto, os surdos foram usados e colocados em situação de desconforto social causando-lhes muito sofrimento por não serem usuários da língua oral. Hoje, temos o reconhecimento da língua de sinais, mesmos com a comunidade surda conquistando vários espaço na sociedade,  a acessibilidade linguística no que diz respeito á comunicação,  ainda está longe de acontecer, pois, a lei por si só não têm força para isto, uma vez que depende de outros fatores como: fiscalização dos órgãos responsáveis, compromissos das famílias envolvidas, formação dos profissionais, políticas públicas voltadas para inclusão do surdo na sociedade em geral, sensibilização de toda comunidade escolar posto que, o ensino aprendizagem está centrado á luz da língua portuguesa, o que impede o aprendizado da libras como um processo natural.

Palavras-chave: Surdo; Processo histórico; Barreiras de comunicação.

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