Resenha do Artigo: Os Efeitos da Prática de Atividades Motoras Sobre a Neuroplasticidade
Por: 11968485721 • 3/4/2020 • Resenha • 520 Palavras (3 Páginas) • 399 Visualizações
Maria Helena de Camargo Sousa. R.A: 202004545
Resenha do artigo: Os efeitos da prática de atividades motoras sobre a neuroplasticidade.
Por muito tempo acreditou-se que após uma lesão do sistema nervoso central (SNC) sua sequela seria permanente. Hoje já se sabe que há uma capacidade adaptativa que é denominada neuroplasticidade. A neuroplasticidade é definida como a capacidade de se criar novas comunicações neurais frente a um estimulo contínuo, essa situação pode ocorrer tanto no SNC como no sistema nervosa periférico (SNP) frente a lesão ou não.
Sabe-se que durante a maturação encefálica é onde há um momento de bombardeamento sináptico e isso ocorre até por volta dos três anos de idade. Uma lesão no encéfalo imaturo seria bastante crítica causando grande prejuízo cognitivo. O SNC das crianças também realiza mais sinapses que o do adulto e no idoso também há essa característica, porém de forma mais lentificada já que fisiologicamente seus sistemas trabalham desta forma. Já no envelhecimento senil está função se encontra prejudicada, porém não ausente. O comportamento e as experiências anteriores são um fator de grande interferência na neuroplasticidade, isso sugere que a recuperação do cérebro prejudicado é melhor em indivíduos que tiveram melhor educação e maior atividade intelectual pré lesão.
A neuroplasticidade pode ocorrer por alterações morfológicas como por exemplo o brotamento regenerativo ou colateral dos axônios ou alterações funcionais, tais como aumento do número de receptores no neurônio pós sináptico, aumento da liberação de neurotransmissores, além do desmascaramento das sinapses silentes. Cada processo ocorrerá de acordo com a lesão, estimulo e nem sempre será mutuamente.
No encéfalo adulto cada área cortical tem uma representação, como um mapa. Sendo assim, para a área da mão, braço e dedos há uma área especifica que controla isso. Tais áreas podem ser modificadas de acordo com experiencias prévias, situações de pós lesão assim como treinos específicos.
É consenso que a plasticidade cerebral é intimamente ligada a tarefas motoras. Os experimentos já revelam que os mapas de representação cortical são alterados, sinapses alteram sua morfologia, dendritos crescem, axônios mudam sua trajetória, neurotransmissores são modulados, sinapses são potencializadas e deprimidas, novos neurônios diferenciam-se e sobrevivem além do aumento da mielinização dos neurônios remanescentes e em alguns casos essa neuroplasticidade pode ser maléfica como no caso da adoção de padrões errados ou no caso da dor fantasma em amputados
O treino de atividades funcionais estimula sinapses e mais do que somente se importar com a relevância do número de repetições, deve-se a atentar a outras variáveis, como intensidade e especificidade, pois isso leva a melhor reorganização cortical. As evidências mostram que treinos isolados sem estarem envolvidos em tarefa especificas parecem não induzir a alterações significantes e além disso é visto que a movimentação voluntária é muito mais superior que a passiva.
motoras sobre a neuroplasticidade
Existem algumas considerações importantes para uma melhor recuperação após lesão encefálica, sabe-se que tanto a intensidade do tratamento, como o intervalo de tempo entre a lesão e o início da reabilitação influenciam a recuperação da função nervosa. É necessária precaução para começar os tratamentos, pois o uso excessivo antecipado (1-7 dias depois da lesão) no membro prejudicado causa exacerbação da lesão e piora dos resultados comportamentais
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