EFEITOS DOS PSICOTRÓPICOS SOBRE A ATIVIDADE MOTORA EM Mus Musculus
Pesquisas Acadêmicas: EFEITOS DOS PSICOTRÓPICOS SOBRE A ATIVIDADE MOTORA EM Mus Musculus. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lunaracaetano • 13/8/2014 • 1.265 Palavras (6 Páginas) • 1.052 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA
DISCIPLINA: FARMACODINÂMICA PARA FARMÁCIA
CURSO: FARMÁCIA
PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO CORDEIRO FERREIRA
EFEITOS DOS PSICOTRÓPICOS SOBRE A ATIVIDADE MOTORA EM Mus musculus
TERESINA, JANEIRO DE 2014
INTRODUÇÃO
Psicotrópicos são medicamentos que visam atuar sobre processos mentais, estimulando, sedando ou promovendo alterações do comportamento e do psiquismo. Os psicotrópicos podem ser divididos em quatro categorias principais: os ansioliticos-sedativos que são usados para farmacoterapia dos distúrbios de ansiedade; os antidepressivos (agentes que elevam o humor) e os antimaniacos ou estabilizadores do humor são utilizados no tratamento dos distúrbios afetivos ou do humor e condições relacionadas; e por fim, os antipsicóticos ou neurolépticos, que são usados no tratamento de doenças psiquiátricas muito graves (GILMAN, 2003).
A prática realizada objetivou avaliar a atividade motora em Mus musculus perante administração intraperitoneal dos agentes: anfepramona (5,0 mg/Kg), haloperidol (2,5 mg/Kg) e solução salina (0,1 ml/10g).
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Dispondo-se de três exemplares da espécie Mus musculus previamente pesados, administrou-se por via intraperitoneal três soluções diferentes, uma em cada cobaio: anfepramona (5,0 mg/Kg), haloperidol (2,5 mg/Kg) e solução salina (0,1 ml/10g). Colocou-se, após a injeção, os animais no centro do campo aberto (OPEN FIELD), e contou-se o numero de quadrados invadidos pelos animais, durante o tempo de 5 minutos. Esperou-se 10 minutos e repetiu-se a contagem por mais 5 minutos, e procedeu-se da mesma maneira por mais três vezes.
Colocou-se os dados obtidos em gráfico, sendo na abcissa os períodos de observações e na ordenada o numero de invasões.
RESULTADOS
GRÁFICO 01. REGISTRO DO NUMERO DE INVASÕES EM INTERVALOS DE TEMPO DE 5 MINUTOS PROVOCADOS PELA ADMINISTRAÇÃO DE ANFEPRAMONA (5 mg/Kg), HALOPERIDOL (2,5 mg/Kg) E SOLUÇÃO FISIOLÓGICA 0.9% DE NaCl (0,1 ml/10g), VIA INTRAPERITONEAL, EM Mus musculus. TERESINA, 2014.
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos de Farmácia, 2013.2.
TABELA 01. REGISTRO DO NUMERO DE GROOMINGS (AUTO LIMPEZA) EM CAMUNDONGOS DA ESPÉCIE MUS MUSCULOS ANTES E APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE ANFEPRAMONA, HALOPERIDOL E SOLUÇÃO SALINA, EM DIFERENTES INTERVALOS DE TEMPO, DURANTE O TESTE DO CAMPO ABERTO. TERESINA, 2014.
Controle 1° 2° 3° 4°
Anfepramona 3 6 0 3 2
Haloperidol 6 0 0 1 0
Solução salina 4 7 8 2 0
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos de Farmácia, 2013.2.
TABELA 02. REGISTRO DO NUMERO DE REARINGS (EXPLORAÇÃO VERTICAL) EM CAMUNDONGOS DA ESPÉCIE MUS MUSCULOS ANTES E APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE ANFEPRAMONA, HALOPERIDOL E SOLUÇÃO SALINA, EM DIFERENTES INTERVALOS DE TEMPO, DURANTE O TESTE DO CAMPO ABERTO. TERESINA, 2014.
Controle 1° 2° 3° 4°
Anfepramona 24 0 37 21 7
Haloperidol 16 5 6 16 0
Solução salina 20 2 0 0 1
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos de Farmácia, 2013.2.
DISCUSSÃO
Os anfetamínicos, anfetaminas e substâncias análogas, são drogas psicoestimulantes que incluem a anfetamina, a desafentamina, a metanfetamina e drogas correlatas como a anfepramona (SILVA, 1998). A anfetamina, -fenilisopropilamina racêmica, possui poderosa ação estimulante sobre o SNC, além das ações periféricas sobre os receptores e -adrenérgicos por induzir a liberação de catecolaminas comuns às drogas simpaticomiméticas de ação indireta, ou seja, liberam transmissores em sinapses monoaminérgicas periféricas, no SNC, principalmente, no córtex e na medula (GILMAN, 1996). Além de tais ações inibem a recaptação amínica neuronal, atuam como agonistas diretos em receptores dopaminérgicos e serotoninérgicos, e em certos receptores -adrenérgicos podem atuar como antagonistas (SILVA, 1998). A partir de tal mecanismo de ação a anfetamina e seus derivados, como a anfepramona, estimulam o SNC, provocando euforia, aumento do ânimo, insônia, anorexia, nervosismo, irritabilidade e, ao fim dos efeitos, depressão e parada respiratória (SILVA, 1998). Os anfetamínicos provocam o aumento da atividade locomotora, corrida e movimento anterógrado associados a comportamento exploratório (SILVA, 1998). Os anfetamínicos também provocam comportamento estereotípico em várias espécies de animais. Tais comportamentos são atos continuamente repetitivos sem finalidade detectável. Em ratos, o comportamento estereotípico consiste nos atos fungar, lamber, morder, ranger dos dentes, movimentos das pernas e cabeça (SILVA, 1998). Os anfetamínicos estimulam o centro respiratório, aumentando a frequência e a profundidade da respiração (GILMAN, 1996).
Segundo Katzung, 2003, no Sistema Nervoso Autônomo (SNA), a anfetamina atua como um simpaticomimético de ação mista. A estimulação central é atribuída à liberação de norepinefrina, que provoca intensa ativação
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