Teste de Caminhada de Seis Minutos uma Normatização Brasileira
Por: Kaique Oliveira • 3/6/2015 • Resenha • 510 Palavras (3 Páginas) • 745 Visualizações
SOUSA, LAP; BRITTO, Raquel. Teste de Caminhada de Seis Minutos uma Normatização Brasileira. Fisioterapia em Movimento. Curitiba, v.19, n.4, p. 49-54, out./dez., 2006.
Resenha Crítica
Os testes de caminhada são amplamente usados desde os anos 60, mostrando-se um instrumento confiável para mostrar o volume máximo de oxigênio atingido durante o teste em pessoas saudáveis. Hoje o teste mais usado no meio clínico é o teste de caminhada de seis minutos. Porém, não são encontrados atualmente muitos trabalhos que propõem uma sistematização em português para a aplicação do teste, e é este o objetivo do autor.
Tempos atrás este teste era realizado com duração de 12 minutos, o que levava a alguns problemas principalmente na prática clínica, por conta da sua grande duração, muitos pacientes mais debilitados tinham dificuldades para cumprir essa tarefa que os levava até a exaustão. Após alguns anos, Butland propôs um estudo em que o teste de caminhada teria 3 níveis de duração diferentes, 2, 6 e 12 minutos, com o objetivo de verificar a correlação entre eles e tentar propor um tempo menos de teste para que se adequasse melhor a prática clínica. Os resultados desse estudo provaram uma alta correlação entre as velocidades de 6 e 12 minutos. Após este estudo o teste de caminhada de seis minutos fortaleceu-se como o método de avaliação do desempenho cardiorrespiratório em pacientes com pneumopatias crônicas.
O teste deve ser realizado em no mínimo duas horas depois das refeições, antes do início do teste o paciente deve fazer um período de repouso de no mínimo 10 minutos, durante esse tempo são avaliados as contraindicações, oximetria de pulso, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, nível de dispneia. O teste deve ser realizado num corredor de pelo menos 30 metros e sem circulação de pessoas. Segundo o protocolo feito pela ATS, o avaliador não deve caminhar junto ao paciente, a não ser em casos em que o paciente possua algum déficit de equilíbrio, geralmente idosos, ou quando o avaliador precise carregar fonte de oxigênio.
Serão realizados 2 testes com o paciente em um intervalo de 15 minutos, caso ocorra uma diferença maior que 10% entre os 2 testes, um terceiro deverá ser realizado. Em alguns casos em que a oximetria do pulso do paciente estiver abaixo de 85%, a oxigênioterapia pode ser instituída. Após o término dos testes todos os dados vitais do paciente coletados no início, deverão ser avaliados novamente e também será calculada a distância percorrida pelo paciente.
São usados formulas para se chegar aos resultados finais do teste, contudo, não dispomos de formulas com dados normativos brasileiros para a obtenção de resultados.
Seria ideal calcular as distancias por meio de equações desenvolvidas em populações parecidas às do sujeito avaliado, isso deixa claro a necessidade de trabalhos que formulem dados normativos brasileiros.
Portando conclui-se que o teste de caminhada de seis minutos é uma importante ferramenta para avaliação do desempenho cardiorrespiratório, além de ser bastante fidedigno, é de baixo custo e não necessita de instrumentos de alta complexidade, porém é preciso que este seja aplicado de forma padronizada para tornar seu resultado ainda mais confiável.
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