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Artigo original

J Vet Sci 2017, 18 (4), 499-505 ㆍ https://doi.org/10.4142/jvs.2017.18.4.499

Características fluoroscópicas do colapso traqueal e hérnia de pulmão cervical em cães: 222 casos (2012 - 2015)

Jeosoon Lee, Sookyung Yun, Inhyung Lee, Mincheol Choi, Junghee Yoon *

Faculdade de Medicina Veterinária e Instituto de Pesquisa de Ciências Veterinárias, Universidade Nacional de Seul, Seul 08826, Coréia

Este estudo retrospectivo incluiu 222 cães com suspeita de colapso traqueal (CT) e examinados entre 1º de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2015. Imagens e prontuários de radiografia e fluoroscopia foram avaliados para investigar as características fluoroscópicas da CT e herniação do colo do útero (CLH), e para determinar suas relações com vários influenciadores. Grau de CT, existência de torção traqueal, localização de CLH (lado direito ou esquerdo) e grau de CLH foram avaliados fluoroscopicamente. Cento e noventa e nove cães (89,6%) foram diagnosticados com CT. A presença de CT não foi associada à história de tosse dos pacientes; no entanto, o CLH correlacionou-se positivamente com o histórico de tosse (odds ratio [OR], 2.896; intervalo de confiança [IC] 95%, 1.556 a 5.390) e foi afetado pela dobra traqueal (OR, 3.841; IC 95%, 1.884 a 7.831). Tosse crônica não estava relacionada com CLH. Como a CT pode ser observada em pacientes sem histórico de tosse, a presença de CT deve ser descartada pelo exame físico e diagnóstico por imagem. Embora a CLH esteja associada a uma história de tosse, é uma aparição comum em cães, e a tosse transitória pode provocar CLH em pacientes sem histórico de tosse.

Palavras-chave: hérnia de pulmão cervical, cães, fluoroscopia, colapso traqueal

Introdução

O colapso traqueal (CT) é um problema de anel traqueal congênito congênito ao qual cães de raças pequenas são predispostos. Geralmente é diagnosticada pela realização de radiografia, fluoroscopia e traqueobroncoscopia. A traqueobroncomalácia é um defeito estrutural da traquéia e das cartilagens brônquicas. Isso resulta em achatamento da traquéia e do lúmen brônquico. As traquéias afetadas mostram hipocelularidade das cartilagens, perda de cartilagem hialina e deficiências de sulfato de condroitina, cálcio e glicosaminoglicanos [7]. Cinqüenta e um por cento dos cães com tosse crônica apresentam traqueobroncomalácia, uma condição considerada como causa comum de tosse. Mais cães de raça de brinquedo do que cães de outras raças apresentam traqueobroncomalácia quando apresentam tosse crônica [13]. Obstrução das vias aéreas superiores, traqueobronquite infecciosa, aumento do coração, doença parasitária, obesidade, e problemas bucais podem exacerbar sinais clínicos de CT [12]. No entanto, estudos investigando CT em pacientes sem história de tosse estão faltando.

A hérnia de pulmão é uma protrusão do parênquima pulmonar além dos limites da cavidade torácica [18]. A hérnia pulmonar pode ser classificada por sua etiologia e localização em humanos [19]. Pode

aparecem como congênitas ou adquiridas (espontâneas ou traumáticas) e podem ser classificadas como hérnia cervical, torácica ou diafragmática com base em sua localização. Na medicina humana, a hérnia do colo do útero geralmente ocorre durante a infância ou na infância e desaparece espontaneamente com o passar do tempo. Pode ser unilateral ou bilateral, e, particularmente, as hérnias pulmonares direitas ocorrem três vezes mais frequentemente do que as hérnias do pulmão esquerdo [22]. Ausência parcial, frouxidão ou atenuação da fáscia de Sibson resulta em hérnia de pulmão cervical adquirida (HLC) com protrusão do pulmão entre os músculos escaleno anterior e esternocleidomastoideo [16,18]. Não há relatos descrevendo a anatomia do CLH canino. A maioria dos casos de hérnias cervicais pulmonares adquiridas em humanos ocorre devido a trauma torácico penetrante ou cirurgia, neoplasias da parede torácica ou infecções da parede torácica. Contudo, estudos demonstraram que 29% das hérnias cervicais adquiridas no colo do útero podem aparecer sem nenhum evento em particular e podem ocorrer devido a tosse crônica ou manobras repetidas de Valsalva [17,18]. O CLH é um fenômeno comum em cães, mas faltam relatos suficientes sobre os fatores que influenciam o CLH [4-6,11,20]. Em contraste com estudos em humanos, relatos anteriores em cães mostraram que não houve relação significativa entre a duração da tosse e CLH, embora tenha havido uma forte associação entre CT intratorácica e

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Recebido em 3 de junho de 2016, revisado em 4 de outubro de 2016, Aceito em 23 de novembro de 2016

* Autor para correspondência: Tel: + 82-2-880-1265; Fax: + 82-2-876-8662; E-mail: [e-mail]

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pISSN 1229-845X eISSN 1976-555X

CLH [20].

O objetivo do presente estudo foi investigar as características fluoroscópicas do CT e CLH em cães e determinar a presença de relações potenciais com vários fatores de influência.

Materiais e métodos

Seleção de caso

Casos com imagens radiográficas e radiográficas da traquéia que se apresentaram ao Hospital de Medicina Veterinária da Universidade Nacional de Seul entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2015 foram avaliados retrospectivamente, e os prontuários de cada caso foram revisados. Foram incluídos casos com história óbvia de tosse e conformação torácica normal, determinada por radiografias laterais, imagens fluoroscópicas em decúbito lateral e ventrodorsal e fase indutiva de tosse durante o exame fluoroscópico. Na ausência de uma fase de tosse na fluoroscopia, o TC pode ser subestimado, e tais casos foram excluídos. Se o exame fluoroscópico foi realizado várias vezes em um paciente, cada exame foi considerado como um caso individual.

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