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Trabalho desenvolvido na disciplina Dermato Funcional

Por:   •  9/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.438 Palavras (6 Páginas)  •  533 Visualizações

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 Disciplina: Dermato Funcional

Vitiligo - Revisão Bibliográfica

Karina

Juciene 6446312738

Marcela 1574187513

Simone 7627711036

Stefania 7250610197

Anhanguera Educacional

2015

Disciplina: Dermato Funcional

Vitiligo - Revisão Bibliográfica

Trabalho desenvolvido na disciplina Dermato Funcional, apresentado à Anhanguera Educacional como exigência para matéria, sob orientação do tutor Ana Carolina Godoy

Anhanguera Educacional

2015

  1. Definição

O vitiligo é uma doença sistêmica crônica adquirida, de evolução imprevisível, caracterizada pelo surgimento de máculas e manchas acrómicas em áreas da pele e mucosas, com tendência a aumentar centrifugamente de tamanho em decorrência da ausência de melanina por desaparecimento dos melanòcitos na área afetada. O vitiligo se manifesta de modo, grau e faixa etária variável em cada pessoa, por isso e tão importante que o tratamento deva ser individualizado. O vitiligo na causa incapacidade física, ele pode levar a grande impacto psicossocial, prejudicando de forma relevante a qualidade de vida do indivíduo, já que as áreas mais afetadas a face e pescoço.

  1. Incidência

Essa dermatose apresenta frequência variável de 0,38% a 2,9% da população mundial. A média de idade de início da doença é em torno da segunda até a terceira década de vida. Adultos e crianças dos dois gêneros são igualmente afetados, porém alguns estudos indicam uma leve preponderância de casos entre o gênero feminino, entretanto os locais mais acometidos são cabeça, membros e tronco, respectivamente; os sítios menos afetados são as membranas mucosas.

  1. Fisiopatologia

Os principais fatores associados à etiopatogenia da doença são:

  1. Fatores genéticos: o fator genético presente é autossômico, dominante ou recessivo e multifatorial, ou seja, com provável participação de vários genes. Aproximadamente 20% dos pacientes com vitiligo têm pelo menos um parente de primeiro grau com a doença.
  2. Auto-imunidade: o vitiligo tem sido considerado doença auto-imune devido à associação positiva com algumas doenças como tireoidites, diabetes mellitus e alopecia areata. Entretanto, o fator mais convincente de que o vitiligo é doença auto-imune é a presença de auto-anticorpos contra melanócitos na circulação da maioria desses pacientes.
  3. Fatores ambientais: 10 a 76% dos pacientes com vitiligo atribuem a doença a algum fator precipitante. É provável que o estresse, a exposição solar intensa e a exposição a alguns pesticidas atuem como fatores precipitantes da doença em indivíduos geneticamente predispostos.8
  4. Hipótese neural: os melanócitos são células derivadas da mesma linhagem embriológica que o sistema nervoso, ou seja, da crista neural. Assim, pode-se pensar que qualquer processo que destrua os melanócitos da pele pode também afetar os melanócitos e outras células relacionadas no sistema nervoso central. Algumas associações que corroboram essa hipótese são: esclerose múltipla, encefalites virais, bactérias que causam doenças como sífilis e hanseníase afetam tanto a pele como o sistema nervoso; ocasionalmente o vitiligo compromete um ou mais dermátomos, o que é a forma segmentar do vitiligo.

  1. Sinais e sintomas

Inicialmente na clínica, o vitiligo caracteriza-se por machas hipocrômicas em seguida acrômicas e marfínicas, com aumento centrífugo dos limites bem definidos, comumente com bordas hiperpigmentadas, de formato e extensão transformáveis (VIANA; GEREMIAS, 2009). Em alguns indivíduos, surgem apenas uma ou duas manchas bem delimitadas. Em outros casos, as manchas do vitiligo ocorrem em uma grande parte do corpo. As alterações são mais evidentes nos indivíduos com pele escura e no albinismo, onde é despigmentada e extremamente sensível às queimaduras solares (BERKOW , 2002).

Diversas teorias foram apresentadas, porém, ainda não se têm definições para as causas do vitiligo. O fator genético existente é autossômico, dominante ou recessivo e multifatorial, ou seja, com possível participação de diversos genes. Quase 20% dos portadores de vitiligo tem pelo menos um parente de primeiro grau com essa dermatose (ROSA; NATALI, 2009). Existem teorias autoimunes, neurogênicas, autotóxicas e ainda do estresse oxidativo, sem que determine categoricamente a causa. Possivelmente há vários fatores associados de modo individual para cada paciente, os quais atuam sobre um apoio e determinismo genéticos (NOGUEIRA; ZANCANARO; AZAMBUJA, 2008).

De acordo com Nunes; Esser (2010), o vitiligo é classificado de forma distinta, pois nem todos se comportam da mesma maneira, dependendo não apenas do tamanho, mas também da distribuição da despigmentação. Pode ser do tipo localizado ou generalizado, tendo subtipos. O vitiligo localizado se subdivide em focal, onde exibe uma ou mais máculas acrômicas em determinada região, sem divisão distinta; e segmentar definido por uma ou mais manchas acrômicas, englobando uma parte unilateral do corpo, geralmente subsequente à localização de um dermátomo, onde esse por sua vez é considerado um tipo especial de vitiligo pelo fato de seu aparecimento precoce (VIANA; GEREMIAS, 2009).

Já o vitiligo generalizado é subdividido em acrofacial, evidenciado pelo aparecimento de manchas no rosto, pescoço, proeminências ósseas das mãos, pernas, axilas e das mucosas; vulgar, que apresenta manchas bilaterais simétricas distribuídas aleatoriamente; e misto, que engloba dois tipos de vitiligo, onde os mais comuns são o vulgar e o segmentar. E quando acometem mais de 50% do corpo é chamado de universal, sendo esse muito raro (VIANA; GEREMIAS, 2009).

 Na clínica, o vitiligo define-se com a presença de manchas hipocrômicas progredindo para as acrômicas nas áreas expostas ao sol, como a face, dorso das mãos e ao redor de orifícios corporais, possuindo limites bem definidos; os pêlos também podem ser atingidos. Prurido e ardor raramente ocorrerão (STEINER, et al.; 2004). A falta de pigmentação em pacientes de pele clara pode não ser aparente, mas pode ser desfigurante para pessoas de pele negra, onde essa doença tem progressão lenta (LOPES, 2006).

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