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Historia de ciencias de saude

Por:   •  9/8/2015  •  Resenha  •  607 Palavras (3 Páginas)  •  622 Visualizações

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RESUMO DA PÁGINA 71 – 81

Antigos e Modernos

        A produção da Revolução Científica na Europa teve como fundamentos teóricos o pensamento da Grécia Clássica; os gregos, muitas vezes, diziam-se dotados de um conhecimento científico e filosófico, com dinâmicas intelectuais que muitas vezes provocavam certa descontinuidade. Com isso, a cultura moderna cada vez mais negou os antigos como autoridades de pensamento, depreciando-os como primitivos e levando-os a incredibilidade.

        As diversas controvérsias entre a física aristotélica ortodoxa e o heterodoxo misticismo matemático fez com que os cientistas europeus do século XVI e XVII se empenhassem na observação de fenômenos naturais. A Revolução Científica foi inspirada por estratégias e hipóteses originadas em Platão, a busca por formas matemáticas e o movimento planetário foram se ajustando simetricamente, evitando equívocos e prezando pela beleza e exatidão. O próprio método de Kepler e Galileu foram baseados na fé pitagórica e na linguagem dos números. No entanto, muitos cientistas consideravam essas consistências matemáticas com fortes tendências mecânicas, reguladas por padrões e sem significados profundos, distorcendo qualquer causa divina. Com isso, fazendo com que esses pensamentos perdessem força e fossem deixados de lado como produtos de uma complexa sofisticação do espirito primitivo.

        Porém, mesmo com alguns equívocos cosmológicos, epistemológicos e metafísicos, os antigos tiveram extrema importância no nascimento da astronomia, onde os movimentos planetários eram cuidadosamente observados. Contribuindo, assim, para o progresso técnico e maior estudo para seu desenvolvimento.

        A partir da Revolução Científica, um novo mundo emergiu, pressupondo que a Terra fosse o centro absoluto d todas as influencias planetárias. Agora, sabia-se que os planetas eram objetos materiais movidos pela inercia e pela gravidade, não mais símbolos arquetípicos movidos por algum inteligência cósmica. Cada vez mais desvalorizada, a astrologia passou ao submundo, sobrevivendo apenas por pequenos grupos e entre massas sem poder de crítica. A ciência moderna conseguiu eliminar do universo todas as propriedades humanas e espirituais nele projetadas; somente o emprego impessoal do intelecto racional critico poderia obter uma compreensão objetiva da natureza.

        Assim, a cultura clássica continuaria a inspirar ideias e modelos políticos aos pensadores modernos. Contudo, a antiga cultura grená ainda saturava a moderna, a Grécia sobrevivia na constante busca por sua independência critica de opinião e sua ambição em expandir o conhecimento humano, ultrapassando horizontes ainda mais distantes.

O TRIUNFO DO SECULARISMO
Ciência e Religião: a Concórdia Inicial

        Depois da Revolução Cientifica, a Igreja Católica, com todas as suas restrições dogmáticas serviu como matriz para que a cultura ocidental pudesse emergir sua percepção cientifica. A partir da virada do primeiro milênio, a igreja apoiou o empreendimento escolástico, pela qual a intelectualidade moderna despertou.

        Esse fato justifica-se pela visão da igreja medieval acreditar que a compreensão profunda exigia uma correspondente capacidade de clareza logica e perspicácia intelectual. O resultado mais consequente desses processos foi a atitude existencial mais intangível que os pensadores medievais passaram a seus descendentes modernos: a confiança teologicamente fundamentada, em que o dom divino da razão proporcionava ao homem a capacidade de compreender o mundo natural. Os primeiros revolucionários da ciência continuaram a agir, falar e pensar de seu trabalho em termos claramente impregnados de iluminação religiosa. Suas descobertas eram como que um triunfante despertar espiritual para a arquitetura divina do mundo. No entanto, a religiosidade não era um sentimento generalizado por parte dos cientistas, muitos atribuíam suas descobertas por providencias divinas, outros na base de suas próprias experimentações.

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