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A Angina e Infarto

Por:   •  11/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.323 Palavras (18 Páginas)  •  360 Visualizações

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Dor no peito

Caso o paciente venha a ter dor no peito no consultório odontológico o dentista irá relacionar com angina de peito ou com infarto agudo no miocárdio. Entretanto, a dor no peito pode ser originada devido a outras causas, como ulcera péptica, hérnia de hiato, problemas musculoesqueléticos e anemia grave.

Ocorrencia

A angina de peito é uma dor torácica característica, geralmente baixo do osso esterno, resultado da diminuição temporária dos fluxos sanguíneos nas artérias coronárias. A causa de tal dor é na maioria dos casos a arteriosclerose, presença de placas de gordura nas paredes da artéria coronária. Outros fatores que podem causar angina sao: anomalias da válvula aórtica (estenose – estreitamento da válvula), que reduz o fluxo de sangue para as coronárias; o espasmo arterial coronariano (contração súbita e transitória da camada muscular da artéria coronariana).

Arteriosclerose

A arteriosclerose  é uma doença de causa desconhecida, porém constitui a etiologia fisiopatológica mais comum das doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e vasculares periféricas. Estas doenças são responsáveis por mais de 50% das mortes nos EUA.

Tem como fator principal o acúmulo anormal de lipídios na parede vascular. Este acúmulo acaba por resultar em menor perfusão sanguínea, em consequência, menor oxigenação, ocasionando anóxia, hipóxia tecidual e isquemia em vários graus. Estes fatores favorecem o aparecimento de trombos que obliteram a luz do vaso e, consequentemente, o surgimento de êmbolos que se deslocam e obstruem áreas importantes da circulação, ocasionalmente provocando infartes em outras áreas do corpo. Os vasos mais importantes afetados são as artérias coronárias.

Por constituir-se em patologia assintomática, devemos nos preocupar no atendimento a pacientes acima de 50 anos e mulheres em fase pós-menopáusica.

Existem alguns fatores que propiciam o aparecimento da arteriosclerose, como a ingestão de lipídios em excesso, o fumo, o álcool e a obesidade. As doenças assintomáticas são preocupantes para o cirurgião-dentista, pois na maioria das vezes são “achados clínicos” e, no caso da arteriosclerose, não têm manifestações intrabucais específicas.

Existem achados relacionados com alguns fatores de risco que contribuem para a arteriosclerose, como por exemplo, o Diabetes Mellitus.

Angina de peito – Ocorrencia

A angina pectoris é causada pelo estreitamento das artérias que conduzem sangue ao coração. A limitação da irrigação sanguínea provoca uma deficiência no suprimento de nutrientes e de oxigênio nesse órgão.  A deficiência de irrigação para o coração pode ser devido também a outras causas, arteriosclerose, hipertireodismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial, hipotensão, hereditariedade, anemia, aortite e taquicardia. A dor é sinal de que o coração está recebendo menos sangue do que precisa. Pode ser dividida em: estável e instável.

Quando ocorre devido esforço físico, é chamada de estável. Neste caso a obstrução não é grande o suficiente para causar dor em repouso, além do que a dor dura poucos minutos, sendo aliviada por repouso. A angina instável ocorre após mínimos esforços ou até mesmo em repouso. A obstrução acaba sendo grande o bastante para que o fluxo de sangue seja inferior ao necessário.

È uma patologia sintomática, geralmente definida como um desconforto no tórax ou em uma região próxima, tipicamente provocado pelo esforço ou ansiedade, com a duração de alguns minutos e aliviada pelo repouso. Geralmente, acomete pacientes com mais de 50 anos com história prévia de arteriosclerose e mulheres em fase de pré-menopausa.  É um sintoma de isquemia miocárdica determinada pelo aumento da atividade adrenérgica. O processo isquêmico é passageiro, não provocando necrose miocárdica. O suprimento miocárdico de oxigênio é governado pelo fluxo sangüíneo coronário e pela capacidade do miocárdio de extrair oxigênio do sangue a ele ofertado.

Agentes farmacológicos são utilizados coma finalidade de diminuir a contratilidade do músculo cardíaco, resultando em menor demanda de oxigênio, os chamados beta-bloqueadores adrenérgicos. Ao bloquearem o receptor beta, estes agentes diminuem a frequência e, na maioria das vezes, a pressão arterial. Os beta-bloqueadores, no entanto, estão contraindicados para pacientes diabéticos, pois podem contribuir para o não-reconhecimento nos estados de hipoglicemia.Dentre os agentes farmacológicos para esta finalidade, destacamos o propranolol (cloridrato de propranolol) como sendo o mais aceito pelos especialistas da área.

Geralmente a dor da angina pode ser insuportável. A causa desta dor é ainda desconhecida, mas acredita-se que a isquemia faz o músculo liberar produtos ácidos causadores da dor como as cininas e a calidina, que não são removidas em quantidade necessária devido à lenta circulação do sangue nestas circunstâncias. A elevada concentração destes produtos estimula as terminações sensitivas no músculo cardíaco e os impulsos dolorosos são conduzidos através das fibras aferentes simpáticas para o sistema nervoso central.

De modo geral, a maioria das pessoas que tem angina pectoris sob várias apresentações clínicas, não apresenta dor grave. Contudo, esta pode ser agravada por:

  • Exercício físico: provoca uma crise devida ao aumento das necessidades miocárdicas de oxigênio
  • Exposição ao frio: causa vasoconstrição e elevação da pressão sanguínea, com aumento da necessidade de oxigênio
  • Ingestão de refeição pesada/estomago muito cheio: aumenta o fluxo sanguíneo para a área mesentérica para a digestão, reduzindo a quantidade de sangue disponível para o coração. No coração gravemente comprometido,  desvio do sangue para a digestão pode ser suficiente para provocar dor anginosa
  • Estresse, excitação, ato sexual mais vigoroso ou qualquer situação que leve à liberação de adrenalina e elevação da pressão arterial pode acelerar a frequência cardíaca, aumentando assim a carga de trabalho do miocárdio.

Deve-se ficar atento, pois essas situações são comuns de acontecerem no consultório odontológico.

Caracteristicas

  1. Tem inicio repentino
  2. O individuo fica apreensivo, aumenta a transpiração, coloca mao no peito e relata dor subesternal ou precordial, de intensidade variável, sendo descrita como opressão/esmagamento ou “queimadura”
  3. Paciente fica ansioso para tomar a medicação que alivia a crise dolorosa
  4. A dor tem duração de aproximadamente 2 a 3 minutos. Pode-se difundir para o ombro esquerdo e face interna do braço ou se propagar para costas, pescoço, mandíbula e dentes
  5. Os movimentos respiratórios nao intensificam a dor
  6. A frequência cardíaca aumenta, assim como a pressão arterial. Dificuldade respiratória e sensação de desmaio podem ser notadas.

Identificando

A anamnese é de importantíssima para identificar a condição do paciente, assim como sua predisposição a doença. Deve-se atentar aos pacientes que fizeram cirurgia de revascularização do miocárdio e aqueles que possuem história de doença nas artérias coronárias. Questões que podem ajudar a estabelecer o perfil do paciente:

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