AAS + CLORETO FERRICO
Dissertações: AAS + CLORETO FERRICO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: NaraPedrosa13 • 8/4/2013 • 1.321 Palavras (6 Páginas) • 5.925 Visualizações
INTRODUÇÃO
O ácido acetilsalicílico (AAS, aspirina). É uma droga analgésica antitérmica (anti-inflamatória) de uso comum, absorvida principalmente no estômago e intestino delgado. O ácido acetilsalicílico é facilmente hidrolisado a ácido salicílico e este é biotransformado no fígado. A excreção é renal sendo que cerca de 10% da droga é eliminada na forma de ácido salicílico na urina e o restante na forma de metabólitos. A t1/2 de baixas doses de ácido salicílico é de cerca de 2 a 3 horas.
Apesar do surgimento de muitos fármacos novos, ácido acetilsalicílico ainda é o analgésico, antipirético e anti-inflamatória mais amplamente consumido, servido de padrão para comparação e avaliação com os outros. O acido acetilsalicílico é o analgésico caseiro mais comum; como é tão generosamente disponível, a possibilidade de mau uso e toxicidade grave provavelmente é subestimada, e o fármaco continua sendo uma causa de envenenamento fatal em crianças (GOODMAN, 2005).
Os salicilatos possuem uma longa história que começa com o uso antipirético de extratos da casca do salgueiro (que contém salicina) e hoje em dia é utilizada menos frequentemente que antigamente.
A atividade prática tem como objetivo analisar a quantidade de ácido salicílico presente na urina de um aluno do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí-UFPI, após ter tomado um AAS de 100 mg 6 horas anteriormente, utilizando como reagente o cloreto férrico a 10 %.
METODOLOGIA
Na atividade prática realizada foi colocado com o uso de uma pipeta graduada 2 ml da urina de um aluno sem ter tomado AAS no tubo coletor 1 e 2ml de da urina de um aluno que tomou AAS 100 mg no tubo coletor 2. Em seguida colocou-se 7 gotas de cloreto férrico a 10% no tubo 1 e 12 gotas do mesmo reagente no tubo 2. Sendo no termino do procedimento avaliado o produto das reações que aconteceram.
RESULTADOS
Na atividade realizada observou-se uma mudança na coloração do tubo coletor que continha urina com ASS, ficando com a cor violácea, sendo que no outro tubo não houve mudança de coloração. Como sua biodisponibilidade as 00:30 hs eram de 80 mg e as 6:00 hs eram apenas de 10 mg foram metabolizados 70 mg, sendo que apenas 10 % de ácido acetilsalicílico que no caso em questão representa 7 mg foram eliminados na urina. Assim a mudança de coloração apresentada na urina representa a reação das 7 mg de ácido acetilsalicílico com cloreto férrico.
Urina com Cloreto férrico Urina com ASS e cloreto férrico
DISCUSSÃO
O ácido acetilsalicílico (aspirina AAS) apresenta pKa de 3,5. Os salicilatos são rapidamente absorvidos no estomago a na porção superior do intestino delgado, produzindo níveis plasmáticos máximos de salicilatos dentro de 1 a 2 h. O acido acetilsalicílico é absorvido na sua forma inalterada e sofrem rápida hidrólise em ácido acético e salicilatos por esterases presentes nos tecidos e no sangue. Acima de uma carga corporal total de 600 mg, aumento na dose de um salicilato produzem elevações desproporcionais na concentração de salicilato. À medida que se aumenta a dose de ácido acetilsalicílico, a meia-vida de eliminação do salicilato aumenta de 3 a 5 h. A alcalinazação da urina eleva a taxa de excreção de salicilato livre e de seus conjugados hidrossolúveis (KATZUNG,2010).
Os salicilatos são excretados na urina como acido livre (10%), ácido salicilurico (75%), salicílico fenólico (10%), glicuronídios acila(5%) e ácido gentísico (menos 1%). Entretanto, a excreção de salicilatos livres é extremamente variável e depende da dose e do PH urinário. Na urina alcalina, mais de 30% do fármaco ingerido podem ser eliminados como salicilato livre, ao passo que a urina acida esse percentual pode ser tão baixo como 2% (GOODMAN, 2010).
No procedimento realizado através de um reagente sinalizador (Cloreto férrico) foi possível identificar a presença de AAS na urina de um voluntário através do contato do cloreto férrico com as hidroxilas fenólicas e carboxílicas presentes na estrutura química do acido salicílico. Apesar de não termos o valor do PH da urina utilizado ficou evidente que quando o voluntário ao se ingeriu 100 mg de AAS as 00:00 hs eliminou as 6:00 Hs 7mg na forma de acido salicílico após ter sofrido metabolização no fígado.
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