ACNE

Acne

Acne é uma doença da pele e sua frequência é maior na adolescência, entretanto, as pessoas entre 30 e 40 anos também podem ter acne. A predisposição genética é importante (a pessoa já nasce com tendência a ter o problema). A influência hormonal após a puberdade normalmente desencadeia o processo, sem dúvida a causa principal do aparecimento da acne é sempre o aumento dos hormônios sexuais, mas existem outras causas variadas que também podem estar agravando o problema.

De acordo com a autora Ana Lúcia Vaz (sem data). “Acne é uma doença extremamente comum que geralmente tem início na puberdade. Torna-se menos evidente no final da adolescência. Segundo dados americanos o acne afeta 80-85% dos indivíduos com idades compreendidas entre 12 e 25 anos, caindo este número para 8% nos indivíduos entre 25 e os 34 anos, e para 3% entre os 35 e os 44 anos. Atinge ambos os sexos, sendo geralmente mais grave nos homens, mas mais persistentes nas mulheres. Apresenta uma menor incidência em asiáticos e negros.”

A acne é um problema causado por inchaço e inflamação, e não causado por bactérias, ocorre quando orifícios minúsculos na superfície da pele, chamados poros, ficam obstruídos, provocando o aparecimento de cravos e espinhas, principalmente no rosto, costas, peito e ombros. Cada poro é uma abertura para um folículo que contém um pelo e uma glândula sebácea. Essas glândulas sebáceas ajudam a lubrificar a pele e remover células mortas.

Segundo GOMES (2009), a causa da patologia é multifatorial e envolve as seguistes circunstancias:

Obstrução do folículo piloso: o acúmulo de queratina na camada córnea obstrui o orifício folicular, dificultando a saída do sebo produzido pelas glândulas sebáceas.

• Hipersecreção sebácea: associada à oclusão do canal folicular, a hipersecreção sebácea é um fator fundamental da formação da acne uma vez que as glândulas sebáceas estão diretamente sob influência dos hormônios. Na puberdade, a ação hormonal desencadeia uma maior produção de sebo que é composto de colesterol, cera, ésteres, esteroides e triglicérides que aprisionados pela hiperqueratinização da camada córnea, ocasionam a formação dos comedões.

• Presença de micro-organismos: condição determinante para a formação da acne. As bactérias, apesar de fazerem parte da flora de defesa normal da pele, proliferam-se com facilidade em presença de material oleoso, triglicerídeos, hidrolisando e liberando ácidos graxos livres comedogênicos e irritantes. Essa irritação leva à inflamação e ao extravasamento para derme.

O diagnóstico clínico considera a presença de feridas, o aspecto das lesões e a história do paciente. È sempre importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que causam tipos parecidos de sintomas (pápulas, pústulas) para orientar o tratamento específico para acne vulgar.

A acne é classificada como acne não inflamatória (sem sinais inflamatórios) quando apresenta somente comedões. Conforme o número, gravidade, intensidade e características das lesões podem ser classificados em formas clínicas ou graus.

Segundo informações lidas e analisadas de diferentes autores conclui-se que os graus da acne são:

• Acne grau I (comedônica): comedões abertos e fechados sem sinais inflamatórios.

• Acne grau II (pápulo-pustulosa): comedões, pápulas vermelhas e inflamadas e espinhas (pústulas) com pus.

• Acne grau III (nódulo-cística): aparecimento de cistos, ou seja, de lesões mais profundas, inflamadas e dolorosas.

• Acne grau IV (conglobata): nódulos, abcessos e cistos purulentos, muito inflamados e intercomunicantes. Essa forma da doença pode conferir ao portador aspecto desfiguram-te.

• Acne grau V (fulminante): forma rara que provoca quede de estado geral do paciente e exige internação hospitalar.

Tratamento:

O tratamento tem como referência o tipo e a gravidade das lesões e deve ser mantido até seu desaparecimento completo. Existem diversos tratamentos para a acne e a escolha do método adequado baseia-se no quadro clínico do paciente.

Os objetivos do tratamento da acne são:

• Prevenir ou tratar as lesões;

• Reduzir o desconforto físico provocado pelas lesões inflamadas;

• Melhorar a aparência do doente;

• Prevenir ou minimizar a formação de cicatrizes;

Basicamente existem dois tipos de tratamentos tópicos, ou seja, medicamentos que são aplicados diretamente sobre a pele, e o tratamento oral.

Segundo o autor Dr. Drauzio Varella (sem data). “Nos casos mais leves, pode ser suficiente à aplicação local dos medicamentos (tretinína/ácido reitinoico, peróxido de benzoíla) para desobstruir os folículos pilosos, controlar a oleosidade e impedir o desenvolvimento de bactérias. Os antibióticos por via oral ou tópica ou, ainda, sob a forma de injeções no interior das lesões representam uma opção terapêutica para os casos de acne inflamatória e purulenta. Limpeza da pelo para remover os comedões abertos e fechados só faz sentido se fizer parte do tratamento da acne prescrito por um dermatologista. Peelings químicos, microdermoabrasão e laser são outros terapêuticos indicados para a acne vulgar.

Se o grau do paciente for gradativamente grave e elevado, isto é, o paciente permanece com muitas sequelas, como manchas e cicatrizes ou até deformidade e dor, o impacto que a acne pode causar a essa pessoa é algo realmente sério, podendo destruir a sua autoestima e bem estar.

Como esse tipo de situação não é algo raro tornou-se popular a prescrição de um tratamento comprovadamente eficaz a doença, mas que pode apresentar alguns riscos. O uso do medicamento Roacutan (Isotretinoína).

A Isotretinoína é indicada nos casos graves de acne, principalmente quando há formação de nódulos, cistos e abcessos, Entretanto alguns casos de acne moderada não respondem aos demais tratamentos e por isso pode ser indicado o uso do Roacutan ou seus genéricos.

“È importante que a decisão pelo uso da Isotretinoína seja feita em conjunto entre o Dermatologista, o paciente e seus familiares, quando o paciente for menor de idade. Assim devem estar conscientes dos benefícios, mas também dos riscos envolvidos.” Afirmado pelas informações