Abortamento
Artigo: Abortamento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: loboraissa • 26/11/2014 • Artigo • 983 Palavras (4 Páginas) • 383 Visualizações
ABORTAMENTO
Incidência
Cerca de 15% das gestações entre a 4° e a 20° semanas de evolução terminam espontaneamente (abortamento clínico). Se levarmos em conta o momento da fertilização, a incidência de abortamento (até 18 semanas de desenvolvimento ou 20 semanas gestacionais) pode chegar a 62%.
Etiologia
A grande maioria dos casos de abortamento espontâneo esporádico é determinada por cromossomopatias, trissomias, doença materna grave, traumatismos e intoxicações.
Patogenicamente, o primeiro evento que leva ao sangramento é a hemorragia na decídua, com posterior necrose tecidual: atua como foco irritante e estimula as contrações miometriais que determinam maior descolamento placentário.
Formas Clínicas e Condutas
• Ameaça de abortamento
• Abortamento inevitável
• Abortamento completo
• Abortamento incompleto
• Abortamento infectado
• Abortamento retido
• Abortamento habitual
Ameaça de Abortamento
Refere-se à gravidez clinicamente possível acompanhada de sangramento vaginal de origem intra-uterina, decorrente, pelo geral, de hematoma subcoriônico após descolamento parcial da placenta.
Devemos suspeitar de ameaça de abortamento a partir de qualquer sangramento vaginal na primeira metade da gestação.
A perda de sangue geralmente é pequena, de cor viva ou escura. As dores abdominais são em cólica e geralmente sucedem a hemorragia, mas podem acompanhá-la. Ao exame encontramos caracteristicamente o colo uterino (orifício interno) ainda fechado.
diagnóstico
Uma vez instituída a hemorragia, devemos, em primeiro lugar, afastar outras causas de sangramento na primeira metade da gravidez (neoplasia trofoblástica gestacional e prenhez ectópica) e em seguida determinar se há viabilidade fetal para continuação da gestação. A ultra-sonografia transvaginal e a dosagem seriada do B-hCG e da progesterona servem para ambos os propósitos.
Quadro Clínico
Hemorragia traduzindo anomalia decidual e/ou deslocamento do ovo;
Dor, sinal de contração uterina.
Tratamento
Repouso;
Tranquilidade;
Casos de cólicas, adm. Antiespasmódicos e analgésicos.
Abortamento Inevitável
O processo pode ser confundido com a menstruação, diferenciando-se pelo maior volume de sangue e pelo embrião e reação decidual no material colhido e examinado.
Raramente ocorre após a 8a semana.
Quase sempre é precedido por período de ameaça de abortamento.
A hemorragia é rutilante.
As dores são médias e ritmadas.
O útero apresenta volume proporcional a idade gestacional, exceto se a morte do ovo é antiga.
O exame clínico evidenciando colo dilatado é diagnóstico do abortamento inevitável.
A ultra-sonografia evidencia saco gestacional baixo e colo dilatado.
Tratamento
O tratamento depende da idade gestacional.
Até a 16a semana, procede-se a aspiração a vácuo ou curetagem.
Após este período administra-se primeiramente ocitócitos intravenosos e, se necessário, procede-se o esvaziamento instrumental de restos ovulares e/ou placentários.
Abortamento Completo
Ocorre quando há expulsão do ovo por completo.
É observado com freqüência em abortamentos até a 8° semana
Cessam as cólicas e reduz-se o sangramento a perdas discretas.
A ultra-sonografia demonstra “útero vazio” quando está bem definido o eco endometrial. Mesma recomendação quando a profilaxia da incompatibilidade Rh deve ser seguida.
Abortamento Incompleto
Quando há eliminação parcial do ovo, causando hemorragia e possível infecção.
É comum após oito semanas de gestação.
A hemorragia é abundante, as cólicas médias ou intensas são persistentes e o colo encontra-se entreaberto.
A ultra-sonografia confirma o diagnóstico mostrando presença de trofoblasto (restos ovulares).
Tratamento
Uso de misoprostol é satisfatório em 80-90% dos casos;
Cirúrgico – aspiração à vácuo ou a curetagem.
Abortamento Infectado
Antecedentes de ameaça de aborto seguida de expulsão incompleta
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