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CAUSAS DE ABORTAMENTO

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Por:   •  8/5/2013  •  Projeto de pesquisa  •  6.912 Palavras (28 Páginas)  •  794 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho têm como principal finalidade falar sobre o papel do Enfermeiro frente a situações desconhecidas e abordando os temas: Aborto e Enfermagem Neonatal, recorrendo a um estudo vasto e intensivo sobre o mesmo tentando assim responder e esclarecer as muitas dúvidas que surgem quando estes temas são citados .

Neste trabalho foram utilizados alguns textos já existentes sobre os temas, textos esses que foram totalmente revistos e aperfeiçoados com o estudo e conclusões que envolveram este trabalho.

Que este consiga formar a sua opinião e com isto perceber melhor todos os aspectos importantes inerentes a estes temas.

1. ABORTO

Define-se aborto como sendo a perda gestacional que ocorre até 20/22 semanas (ou peso fetal de 500g). Abortamento espontâneo ocorre em cerca de 10 a 15% de todas as gestações sendo, muitas vezes, ocorrência de primeira gravidez. Isto geralmente propicia alto grau de insegurança, tanto para a gestante como para os familiares. Mas se seguido de gravidez normal, não requer, em princípio, maiores cuidados. A ocorrência de dois abortamentos, repetidamente, é bem menor: cerca de 1%; três ou mais abortamentos sucessivos determinam o “abortamento habitual”. Neste caso, o risco de novos abortamentos para o casal aumenta, embora a incidência exata não seja determinada.

1.1- CAUSAS DE ABORTAMENTO:

1.1.1- Anomalias dos cromossomos presentes nas células humanas (50 a 60% dos abortos espontâneos até as 12 semanas:

Normais = 46XY (sexo masc.) ou 46XX (sexo fem.), isto é, 23 pares de cromossomos que perfazem o gene humano, sendo que o par de cromossomos sexuais pode ser XX (sexo fem.) ou XY (masculino).

Alterados = - trissomias - um determinado par de cromossomos na realidade éum “trio”. A mais comum é a trissomia do cromossomo 21. Quando não ocorre abortamento, a gravidez evolui, sendo a criança portadora da “síndrome de Down” (ou “mongolismo”)

triploidias - triplicação de todo o conjunto cromossômico (69XXX, 69XXY, etc.)

45XO tetraploidias translocações e mosaicos, onde ocorre “cruzamento” entre partes cromossomiais.

1.1.2- Anomalias do “ovo”:

Mal formações congênitas - diferem das cromossomopatias. Aquelas são muito precoces, além de apresentarem anomalias no interior das células; estas apresentam anomalias na estrutura do embrião: anencefalia, ausência de membros, hérnias diafragmáticas, imperfurações do tubo digestivo ou urinário, alterações cardíacas, alterações que causam surdez, cegueira, etc. (a lista de possíveis mal formações é tão extensa que não caberia nesta página) Duas são as causas: as puramente genéticas e as decorrentes de alterações externas como radiações, doenças infecciosas, tumorações que deformam a cavidade uterina.

 Anomalias da placenta;

 Anomalias do cordão umbilical;

 Anomalias das membranas.

1.1.3- Doenças ginecológicas:

Alterações do endométrio (camada do interior do útero que recebe o ovo para implantação) decorrentes, por exemplo, de alterações hormonais maternas que podem causar tanto esterilidade como abortamento.

Malformações uterinas - útero septado, útero bicorno, etc.

Miomas uterinos - podem determinar abortamento desde que ocupem muito o “espaço” do embrião em virtude da deformidade uterina. Cerca de 40% dos miomas ocasionam abortamento (embora apenas uma pequena parte dos abortamentos tenha como causa o mioma uterino). Os outros 60% “convivem” com a gravidez, podendo causar diversos tipos de complicações ou eventualmente até cursar com gravidez “normal”.

1.1.4- Incompetência Istmocervical:

É nome complicado que designa dilatação anormal do colo uterino; ocorre perda do ovo por impossibilidade de retenção.

1.1.5- Doenças maternas graves. Para citar somente algumas:

 Desnutrição grave;

 Anemias graves;

 Grandes obesidades;

 Diabete melito muito descompensado;

 Hipertensão arterial grave;

 Cardiopatias descompensadas;

 Infecções.

É importante lembrar que a rubéola e a toxoplasmose causam complicações somente uma gravidez. As gravidezes seguintes não são afetadas por estas infecções.

1.1.6- Idade materna:

Causa indireta. Acima dos 35 anos é maior o risco de anomalias cromossômicas, particularmente a trissomia do cromossomo 21.

1.1.7- Outras causas:

Condições geralmente evocadas por algumas pacientes, como carregar peso, emoções e sustos, coito, etc. não são causa de abortamento (veja, por exemplo, jogadoras profissionais de basquete, vôlei, nadadoras, etc.). Nem mesmo traumatismos ou intervenções cirúrgicas são assim considerados.

Quando a causa é evidente (como doença materna grave) ou mais ou menos evidente (como a incompetência istmocervical), fica fácil fazer o diagnóstico. A presença de mioma uterino faz suspeitar que esta tenha sido realmente a causa, embora isto não seja totalmente conclusivo, principalmente pela ausência de cólicas e pela evolução para aborto retido (sem eliminação do embrião).

Em relação ao embrião, o diagnóstico não deve ter sido exatamente o exame do DNA. Se o material estudado foi o colhido do aborto, o resultado do estudo genético pode ser duvidoso (a não ser que seja francamente positivo). Além disso, o material resultante de aborto não permite o diagnóstico de mal formações.

Portanto, começa a ficar claro que o diagnóstico da causa é muito difícil. Mesmo com pré-natal muito bem feito, o abortamento acaba surpreendendo tanto a mãe quanto o obstetra. Outro conceito importante é o de que, uma vez desencadeado, o abortamento segue curso próprio: a gravidez pode evoluir normalmente

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