Acidente Vascular Cerebral

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Popularmente conhecido como “derrame”, o Acidente Vascular Cerebral é a segunda principal causa de mortalidade no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele pode ser classificado por duas formas, que só são identificáveis através de exames de neuroimagem, como tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do crânio:

Isquêmico (AVCI) – causado por embolia ou trombose arterial (coágulo), resultando em suprimento sanguíneo inadequado para o território cerebral, provocando lesão do tecido cerebral e alterações nas funções neurológicas.

Hemorrágico (AVCH) – causado pela ruptura espontânea de um vaso sanguíneo, com extravasamento de sangue para interior do tecido cerebral (hematoma ou hemorragia intraparenquimatosa), sendo que existem casos em que o sangue é drenado para dentro dos ventrículos (hemorragia intraventricular). A hemorragia intraparenquimatosa cerebral é o subtipo de AVC de pior prognóstico, com alta mortalidade em sua fase aguda, que pode chegar a 20% dos casos.

Entre os principais sintomas de um AVC estão a perda das funções motora e/ou sensitivas no lado corporal contrário ao da lesão cerebral, a diminuição do nível de consciência, podendo chegar ao coma, bem como alteração da fala e da visão. Nos casos de hemorragia cerebral, observa-se também cefaléia, crises convulsivas e vômitos.

Os fatores pré-dispositores de risco mais comuns em um AVCI são hipertensão arterial, diabetes mellitus, altos níveis de gordura no organismo, obesidade, idade avançada, tabagismo, fibrilação atrial, alcoolismo, dentre outros. Já nos casos de ACVH, a pré-disposição está mais comumente relacionada à raça negra, sexo masculino, idade avançada, hipertensão arterial, tabagismo, alcoolismo, malformações vasculares e outros fatores que ainda estão em discussão pela comunidade médica.

O tratamento do acidente vascular encefálico deve ser encarado como de emergência, devendo ser diagnosticado o mais rápido possível. Isso de deve ao fato de que é possível prevenir uma lesão maior ou "salvar" o tecido cerebral dependendo do caso. Nos quadros de AVCH, a indicação cirúrgica se dá de acordo com o quadro clínico e o volume do hematoma.

A evolução dos quadros de AVCH depende do volu¬me e da localização da hemorragia, do nível de consciência do paciente ao chegar ao hospital, de ter havido ou não drenagem do sangramento para o sistema intra¬ventricular e da idade do convalescente. Depois da fase aguda do tratamento, dependendo do caso, ele deverá ser submetido à fisioterapia motora para recuperação da força muscular.

*Na neuroimagem acima é possível visualizar um exemplo de AVCH, em que a área branca representa a extensão do sangue dentro do tecido cerebral.