Afecções Reumáticas
Trabalho Escolar: Afecções Reumáticas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: neurizete • 14/5/2014 • 2.469 Palavras (10 Páginas) • 606 Visualizações
AFECÇÕES IMUNOLÓGICAS E REUMÁTICAS
ARTRITE REUMATOIDE
Definição: é uma doença autoimune em que se inflamam simetricamente as articulações, incluindo habitualmente as das mãos e pés, originando inchaço, dor e muitas vezes levando à destruição definitiva do interior da articulação.
Incidência
A artrite reumatoide também pode desencadear uma variedade de sintomas em todo o corpo. Desconhece-se a sua causa exata, embora sejam muitos os vários fatores (inclusive a predisposição genética) que podem influir na reação autoimune. Cerca de 1 % da população sofre desta doença, que afeta as mulheres duas ou três vezes mais frequentemente que os homens. A artrite reumatoide apresenta-se em primeiro lugar em indivíduos entre os 25 e os 50 anos de idade, mas pode fazê-lo em qualquer idade.
Fisiopatologia
Nessa doença, o sistema imunitário ataca o próprio tecido que reveste e protege as articulações. Finalmente, a cartilagem, o osso e os ligamentos da articulação deterioram- se, provocando a formação de cicatrizes dentro da articulação, que se deteriora a um ritmo muito variável.
Manifestações clínicas
A inflamação é em geral simétrica, quer dizer, quando afeta uma articulação de um lado do corpo, a correspondente do outro lado também é afetada. As pequenas articulações dos dedos das mãos, dos pés, dos pulsos, dos cotovelos e dos tornozelos costumam inflamar-se em primeiro lugar. As articulações inflamadas são em geral dolorosas e ficam com frequência rígida, sobretudo logo depois de se levantar ou depois de um período de inatividade prolongado. Algumas pessoas sentem-se cansadas e fracas, especialmente durante as primeiras horas da tarde.
As articulações afetadas aumentam e podem deformar-se rapidamente. Também pode ficar rígidas numa posição (contraturas), o que impede que se estendam ou abram por completo. Os pulsos tornam- se edemaciados. Cerca de 30 % a 40 % das pessoas que sofrem de artrite reumatoide apresenta tumefações duras (nódulos) debaixo da pele, com frequência perto das zonas doentes.
A artrite reumatoide pode causar um pouco de febre e, em algumas ocasiões, uma inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite), que provoca lesões dos nervos ou nas pernas (úlceras). Algumas pessoas desenvolvem gânglios linfáticos inflamados ou uma inflamação ocular.
Tratamento
Consiste em dissipar o processo inflamatório, prevenir deformidades e corrigir as já existentes; Analgésicos, corticoides, miorrelaxantes, fisioterapia, massagens, exercícios físicos ativos e passivos.
Cuidados de Enfermagem: As ações de enfermagem desenvolvidas com um portador de doença reumática visam:
Aliviar a dor articular por meio da administração de analgésicos prescritos; Orientar a manutenção de equilíbrio entre repouso e as atividades da pessoa; Incentivar dieta rica em carboidratos e proteínas e a ingestão de líquidos.
LÚPUS ERITEMATOSO
Definição: é uma doença autoimune com episódios de inflamação nas articulações, tendões e outros tecidos conjuntivos e órgãos.
Verifica-se uma inflamação de diversos tecidos e órgãos numa diversidade de pessoas, indo o grau da doença de ligeiro a debilitante, dependendo da quantidade e da variedade de anticorpos que aparecem e dos órgãos afetados. Cerca de 90 % das pessoas com lúpus são mulheres dos 20 aos 30 anos; mas também podem aparecer em crianças (sobretudo de sexo feminino), homens e mulheres de idade avançada.
Etiologia
Não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que fatores ambientais e genéticos estão envolvidos (infecções, medicamentos, exposição a raios UV e estresse). Classificação: Lúpus Eritematoso Discóide (LED): Quase sempre limitado à pele. É identificado por inflamações cutâneas que aparece na face, nuca e couro cabeludo. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES): afeta todos os órgão e sistemas. Lúpus Induzido por Drogas: Ocorre como consequência do uso de certas drogas ou medicamentos.
Manifestações Clínicas
O lúpus pode começar com febre. Esta pode ser alta e de aparecimento súbito. Podem produzir-se também episódios de febre acompanhados por uma sensação de mal estar geral, que aparecem e desaparecem, por vezes durante anos. Cerca de 90 % das pessoas com lúpus sofrem de uma inflamação articular que varia desde dores ligeiras intermitentes a formas intensas de artrite em várias articulações.
Uma inflamação articular de longa duração pode conduzir a deformações e lesões permanentes da articulação e do tecido circundante. As erupções cutâneas são frequentes e aparecem de forma habitual no rosto, no pescoço, no peito e nos cotovelos. A mais característica é uma erupção de cor vermelha, em forma de asas de borboleta, que aparece em cima da cana do nariz e nas maçãs do rosto, podendo também desenvolver-se protuberâncias circulares.
As úlceras da boca também são frequentes. Na fase ativa, também e característica a perda de cabelo. Quase metade das pessoas que sofrem de lúpus tem a pele muito sensível à luz, de tal maneira que ela pode queimar-se facilmente ou apresentar uma erupção depois da exposição à luz solar. Por vezes, esta perturbação afeta o sistema nervoso, causando cefaleias, mudanças de personalidade, convulsões e sintomas semelhantes aos da demência, como dificuldade para pensar com clareza. Com menor frequência verificam-se tromboses cerebrais. O diagnóstico baseia-se principalmente nos sintomas, especialmente no caso de se apresentarem numa mulher jovem. Pode ser difícil distinguir o lúpus de outras doenças, devido à ampla gama de sintomas que este provoca. Os exames de laboratório podem ser úteis para confirmar o diagnóstico. A análise de sangue pode detectar anticorpos antinucleares, presentes na grande maioria das pessoas que sofrem de lúpus. Anticorpo que tem como característica, reagir contra componentes normais do núcleo de determinadas células.
Prognóstico e tratamento
É uma doença incurável. As medicações são para controle de sintomas. O prognóstico varia enormemente dado que o curso da doença é imprevisível. A doença tende a ser crônica e recorrente, muitas vezes com períodos livres de sintomas que podem durar anos. Não é frequente que os surtos se apresentem depois da menopausa. O prognóstico melhorou visivelmente durante os últimos vinte anos.
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