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Apendicite

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Por:   •  17/3/2015  •  2.910 Palavras (12 Páginas)  •  511 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Apendicite é a inflamação do apêndice vermiforme, decorrente da dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular do aumento do volume do apêndice e alterações circulatórias. Neste caso é indicado como tratamento curativo à cirurgia apendicectomia, que é realizada visando diminuir o risco de perfuração do intestino grosso. Essa afecção é muito comum sendo responsável por mais de 50% das emergências cirúrgicas abdominais, apresentando em torno de 10% de complicações no pós-operatório; com predomínio em criança e jovens, principalmente do sexo masculino.

Nos últimos anos, o tratamento cirúrgico da apendicite aguda sofreu poucas modificações, desse modo o papel da enfermagem centraliza-se no paciente, na busca na qualidade da assistência, com a preocupação em oferecer um cuidado especializado, personalizado e humanizado; através do respeito pelo individuo com proteção a, sua dignidade pessoal, prevenção de acidentes e lesões passiveis de acontecer por negligência, imperícia ou omissão a perigos peculiares no ambiente cirúrgico, sala de recuperação anestésica ou em procedimentos específicos (Morais; Penich, 2003).

Frente ao exposto é imprescindível que a enfermagem conheça o processo fisiopatológico que acomete o cliente com apendicite apoiando-se na avaliação e observação do quadro clinico, a fim de aperfeiçoar o papel cuidador na assistência do pós-operatório de apendicectomia. Este estudo consiste emrevisar a assistência de enfermagem ao paciente com apendicite. Para desenvolvê-lo utilizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros, sites, revista cientifica, onde partiu-se de leitura analítica seguida de síntese e idéias e reunião de informações colhidas.

2. APENDICITE

O apêndice é uma pequena projeção digitiforme, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que está ligada ao ceco, exatamente abaixo da válvula ileocecal. O apêndice enche-se com alimentos e esvazia-se regularmente para dentro do ceco, quando se esvazia de maneira ineficaz devido sua luz ser pequena, fica propenso à obstrução, e é particularmente vulnerável a infecção (Smeltezer; Bare, 2004). De acordo Tortora (2002) a inflamação do apêndice denominada apendicite, é precedida pela obstrução do hímem do apêndice por quimo. A inflamação do quadrante inferior direito era considerada uma doença não cirúrgica do ceco (tiflite ou pertiflite) até que Fitz reconheceu apendicite aguda como uma entidade distinta em 1886 (Gomes; Nunes, 20006).

Baseado em Porto (2005), apendicite aguda é um processo inflamatório agudo purulento decorrente da dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular, com aumento do volume do apêndice e alterações circulatórias. Nettina (2003), complementa que apendicite pode afetar qualquer grupo etário, porem é mais comum entre homens de 10 e 30 anos. Para Filho (2000), a apendicite aguda trata-se de afecção muito comum sendo responsável por mais de 50% das emergências cirúrgicas abdominais, com predomínio em crianças e jovens, com maior incidência na segunda e terceira, décadas prefere sexo masculino, ocorre antes dos 05 ou 60 anos em cerca de 7% dos casos.

Robbins (2000) complementa que, a inflamação apendicular esta associada à obstrução em 50 a 80% dos casos, geralmente na forma de fecalito e, menos comumente, um calculo biliar, tumor ou uma bolsa de vermes (Enterobius vermiculares)."Cerca de 20% dos pacientes com apendicite aguda sofrem perfuração em ate 24 horas do inicio dos sintomas" (Toy; Liu 2005, p 174).

A apendicite pode ser classificada em aguda ou crônica: A apendicite crônica acontece quando há manifestações clínicas recorrentes de comprometimento do apêndice, porém sem sinais de inflamação aguda, comum em apêndices removidos algumas semanas após a crise aguda, onde a parede mostra-se expressada e com infiltrado de mononucleares.(Filho, 2000). Robbins (2001), afirma que os achados morfológicos indicam a apendicite aguda quando ocorre exsudação neutrofilica escassa por toda mucosa, submucosa e muscular; migração neutrofilica perivascular e apendicite aguda avançada (apendicite supurativa aguda), em caso de infiltração neutrofilica mais grave; exsudato seroso fibrinopurulento; formação de abscessos luminais com ulceração necrose supurativa.

De acordo Huttel (1998), o evento precipitante na apendicite é a obstrução da luz do apêndice, que pode resultar de um cálculo fecal. A inflamação apendicular apresenta-se pela a obstrução na forma de fecalito raramente por um calculo biliar, tumor ou bolsa de verme (Robbins, 2000). Nettina (2003), afirma que, a obstrução é seguida por edema, infecção e isquemia. À medida que se desenvolve tensão intraluminal, geralmente ocorrem a necrose e a perfuração.

Smeltezer e Bare (2004) compreendem que, o apêndice torna-se inflamado e edemaciado em conseqüência de ficar dobrado ou ocluido por um fecalito, tumor ou corpo estranho, e com a instalação do processo inflamatório inicia-se uma dor abdominal superior generalizada, progressivamente intensa que se torna localizada no quadrante inferior direito do abdômen dentro de algumas horas.

Para Robbins (2000), a secreção de liquido mucinoso na víscera obstruída suportamente gera um aumento progressivo da pressão intraluminal suficiente para causar colapso subseqüente das veias de drenagem, então, a lesão isquêmica favorece a proliferação bacteriana, com edema inflamatório e exsudação adicionais, comprometendo ainda mais o suprimento sanguíneo.

Goldman e Ausiello (2005) ressaltam que, quase invariavelmente, apresenta-se uma dor abdominal localizada de forma imprecisa na área periumbilical ou epigástrio, podendo ser equivocadamente considerada como indigestão é a primeira manifestação da apendicite.

Robbins (2000), afirma que apendicite aguda produz as seguintes manifestações, na seqüência fornecida: (1) dor, a principio periumbilical, mas depois localizada no quadrante inferior direito; (2) náuseas e/ ou vômitos; (3) dor à palpação do abdome sobre tudo na região do apêndice; (4) febre levee (5) elevação de contagem de leucócitos periféricos para ate 15. 000 a 20.000 células/ mm³, podendo essa apresentação clássica está ausente na maioria dos casos.

Doenges, Moorhouse, Geissler (2003) considera que, o paciente pode relatar dor abdominal ao redor do epigástrio e da cicatriz umbilical, de inicio insidioso e torna-se progressivamente intensa. A dor pode localizar-se no ponto de Mc Burney (metade do trajeto entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca direita) e ser agravada pelo caminhar, espirrar, tossir ou pela respiração profunda.

A dor epigástrica ou periumbilical vaga progride para a dor no quadrante

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