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CONCEITOS CLÍNICOS E SOCIALES ANTROPOLÓGICOS DE SURDEZ

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Por:   •  11/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  701 Palavras (3 Páginas)  •  572 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O debate histórico acerca do conceito de surdez e suas implicações na organização do currículo escolar geraram dois modelos opostos que subsistem ainda hoje e determinam destinos diversos na vida familiar e escolar das pessoas surdas (SKLIAR, 1997). O conceito clínico e o conceito sócio-antropológico de surdez subsidiam as principais tendências filosófico-políticas de educação para surdos dentro da área da surdez: filosóficas, porque compreendem o sentido e políticas, porque constituem um direcionamento para a ação. É crucial, para os profissionais que atuam nessa área educacional, identificar qual é o conceito de surdez e de pessoa surda que respalda os modelos de atendimento, os currículos e os métodos escolhidos para educar as pessoas surdas (SLOMSKI, 2000).

De acordo com MACHADO (2002), o surdo pode ser integrante ativo de sua própria cultura, que se concretiza, entre outros aspectos, na língua de sinais. Esta se contrapõe ao conceito clínico de surdez, tão bem absorvido pelo oralismo no contexto escolar.

BEHARES (1995) informa que desde o século XVIII a língua de sinais era conhecida, porém foi somente nas últimas décadas que essa modalidade viso-espacial da língua foi reconhecida cientificamente pela linguística.

Como os surdos são privados do sentido da audição e como desenvolvem a visão como um canal sensorial para o processamento cognitivo, necessitam construir uma modalidade de língua diferente dos ouvintes. Tal modalidade garante e desempenha todas as funções de uma língua reconhecida pela linguística (BEHARES, 1995; FERNANDES, 1990; QUADROS, 1997).

CONCEITOS CLÍNICOS E SOCIOANTROPOLÓGICO DE SURDEZ

Historicamente os surdos tem sofrido uma imposição linguística dos ouvintes. Na maioria das vezes não tem escolha de qual grupo pertencer. Isso não significa ignorar os ouvintes e sim possuir uma identidade própria!

A declaração de Salamanca 1994 considerou uma das características mais peculiar na educação dos surdos, “a importância da “linguagem” de sinais como meio de comunicação para todos os surdos”

Behars (1995), diz que desde o século XVIII a língua de sinais era conhecida, porem foi somente nas ultimas décadas que essa modalidade viso-espacial da língua foi reconhecida cientificamente pela linguística.

Skliar (1997) relata que depois de quase um século da criação da escola pública para jovens e adulto de Paris, criada por abade L’ epee 1764, os estudantes surdos eram alfabetizados e instruído na mesma proporção que os ouvintes e a quantidade de professores surdos e crianças surdas nessas escolas alcançava o índice de 50%.

A partir do congresso de Milão 1880, o oralismo foi eleito e imposto como um método mais adequado para educação de surdos, pela possibilidade de integração do indivíduo na sociedade.

Skliar - Os surdos foram objetos de uma única e constante preocupação por parte dos ouvintes: a aprendizagem da língua oral e, como se fosse uma consequência direta de sua integração ao mundo dos demais... Ouvintes normais.

Conceito clínico de surdez: em busca da normalização

Skliar

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