Cancer Cervical

ETIOLOGIA

O câncer cervical é um exemplo de malignidade induzida diretamente por uma infecção viral, neste caso com as inúmeras variedades conhecidas da família do HPV, aproximadamente 30 desses vírus estão associados com verrugas genitais. O HPV é uma doença transmitida sexualmente, que não pode ser prevenida com o uso de preservativos pois outras partes da genitália ainda entram em contato durante o ato sexual. Estar infectado pelo HPV não é um indicador fidedigno de câncer cervical, pois muitos dos vírus dessa família não estão associados a cânceres invasivos ou agressivos. Se a mulher esta infetado com um tipo agressivo de HPV, as células cancerosas crescem no revestimento da cérvice, podendo se disseminar pelo útero, vagina e para dentro da cavidade pélvica, afetando a bexiga, o colon e os linfonodos inguinais. O HPV é o fator de risco central para que ocorra o câncer cervical, porem o fumo e a supressão do sistema imune eleva esse risco.

FISIOPATOLOGIA

Os estágios iniciais não mostram sintomas reveladores, o câncer precisa estar em estagio avançado para que haja sinais, que são frequentemente sangramento ou perda de um pequeno volume de sangue através da vagina entre os períodos mestruais ou após a menopausa, dor pélvica ou abdominal e secreção vaginal.

GUIA DE PATOLOGIA PARA MASSOTERAPEUTAS

PATOGENESE

Os tipos de HPV de alto risco oncogênico são o fator mais importante na oncogenese cervical, os tipos 16 e 18 são os principais, existe também o fator de risco adicional que esta relacionada com a probabilidade de exposição, como por exemplo, ter vários parceiros sexuais.

Na maioria das infecções por HPV é assintomática, e não causam alterações nos tecidos, 50% somem no prazo de oito meses e 90% em dois anos. Todos os tipos de HPV aumentam a proliferação e tempo de vida das células infectadas, o risco relativo oncogenico dos diferentes tipos de vírus pode estar relacionado ao fato de se ao DNA viral é integrado (câncer ), o desenvolvimento definitivo da malignidade depende também dos efeitos relacionados com outras coinfecçoes, respostas inflamatórias, influencias hormonais e exposição a cancerígenos.

INTRODUÇAO

O carcinoma de células escamosas constitui cerca de 80% dos cânceres cervicais, geralmente estão associados com HPV de alto risco. Na idade de 45 anos ocorre a maior incidência dos casos, porem através de exames de rotina como o papanicolau os cânceres de colo de útero estão sendo diagnosticados, e cada vez mais em estágios subclinicos.

As alterações histológicas epiteliais pré-cancerosas do colo de útero são classificadas como lesões escamosas intraepiteliais de baixo grau ou de alto risco, são chamados de LSIL e HSIL, o HPV 16 é o tipo mais comum associados com eles.

Vacinas profiláticas contra tipos de HPV 16 e 18 podem reduzir o numero de casos de HSIL, porem não eliminam o risco de câncer de outros tipos de HPV. Anualmente nos Estados Unidos 11.000 novos casos de carcinoma cervical invasivo são diagnosticados e cerca de 1 milhao de lesões pré-cancerosas são descobertas através do exame de papanicolau.

Livro: FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA

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