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Celulas Tronco

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Por:   •  20/8/2014  •  9.144 Palavras (37 Páginas)  •  244 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje, várias doenças que até pouco tempo não tinham tratamento, ou quando possuíam, não apresentavam eficiência total, depositam nas células- tronco uma esperança. As células-tronco são células que podem dar origem a qualquer tipo de célula do organismo. Elas são classificadas em três tipos, de acordo com sua capacidade de originar células especificas: as totipotentes que podem gerar todo e qualquer tipo celular, que possuem capacidade de diferenciação parcial, as pluripotentes ou/e multipotentes, e também as unipotentes que só podem se diferenciar em células do tecido em que foram encontradas (OLIVEIRA et al, 2010). Tais células também podem ser classificadas segundo a sua origem. Sendo assim, as células-tronco que são provenientes do embrião são classificadas como células-tronco embrionárias, já as encontradas nos organismo, após o estagio embrionário são classificadas como células-tronco adultas. As células-tronco embrionárias são totipotentes, enquanto as células-tronco adultas podem ser pluripotentes, multipotentes ou unipotentes.(OLIVEIRA et al, 2010) Hoje o uso de células-tronco no tratamento de diversas doenças esta muito difundido em todo o mundo. Como por exemplo, a leucemia. A leucemia, popularmente conhecida como câncer no sangue, é uma doença causada por uma falha genética que provoca produção em excesso de glóbulos brancos (leucócitos) que se acumulam na medula óssea, diminuindo a produção de glóbulos vermelhos (hemácias) e plaquetas. Devido ao excesso de leucócitos produzidos, estes não se desenvolvem causando baixa imunidade, podendo levar às infecções. Devido à diminuição de hemácias e plaquetas o organismo sofre com anemia e hemorragias. O tratamento convencional da leucemia é através da quimioterapia e da radioterapia, porém nem sempre são eficazes e, em vários casos o paciente tem recaído após o término do tratamento. Essas recaídas, normalmente, são mais severas e o tratamento inicial acaba não sendo suficiente, e o paciente tem que ser submetido a tratamentos mais radicais. (agencia EFE ) Este é um exemplo onde o tratamento com células tronco pode ser como uma alternativa de cura. As células-tronco provenientes do sangue do cordão umbilical foram utilizadas pela primeira vez, para o tratamento da leucemia no Brasil, em Jaú, interior de São Paulo, em 2004, numa criança, que ficou totalmente curada. As pesquisas com células-tronco visam principalmente a sua proliferação e especificação, uma vez que as células-tronco são encontradas em pequena quantidade na maioria dos tecidos.

2. Células - Tronco

2. 1 Células - Tronco e seu desenvolvimento

Célula-Tronco é uma célula capaz de, em seu processo contínuo de replicação, dar lugar a uma progênie de células cada vez mais diferenciadas e especializadas. A Célula-Tronco é, portanto, a origem do organismo todo, que surge a partir de uma única célula que é o óvulo fecundado ou zigoto, resultado do processo de fecundação. Após esse estágio, o óvulo fecundado começa a se dividir, sem aumentar de tamanho, primeiramente em duas células completamente iguais, depois em quatro, em oito e assim por diante. Vale salientar que toda cisão é precedida por uma duplicação dos cromossomos, de tal modo que as células duplicadas contém a mesma "bagagem" daquela que lhe deu origem. Assim, todas as células do nosso corpo contêm a mesma bagagem genética da primeira célula.

2. 2 Células-Tronco totipotentes

No estágio de oito células, o óvulo fecundado possui uma extraordinária propriedade, a totipotência, que define o zigoto e as suas primeiras segmentações como células-tronco totipotentes (figura 1), capazes, todas juntas, ou em grupos, ou cada separada das outras, de produzir tudo o que serve para o sucessivo desenvolvimento do organismo. Este processo, na natureza, dá lugar à formação dos gêmeos univitelinos e artificialmente, á clonagem por cisão embrionária. No campo humano, essa propriedade é utilizada na tecnologia do diagnóstico pré-implantação submete-la á pesquisa genética, e as células restantes podem ser implantadas no útero e se desenvolverá em um embrião normal.

A perda da totipotência começa com a formação da mórula (ocorre quando o óvulo assume a forma de uma pequena amora, composta de aproximadamente dezesseis células), cujas células possuem destinos diferentes na formação de diferentes tecidos. No estágio da mórula, a segmentação acentua-se e as células começam a produzir um líquido que preenche os espaços intercelulares e depois se reúne no centro da mórula, passando assim, a um novo estágio, o da segmentação dos blastocistos.

Figura 1. Células-tronco totipotentes

Fonte: “Clonagem e células-tronco”. Cienc. Cult., jun. 2004, vol. 56, nº 3, pp. 23-27, ISSN 0009-6725.

2. 3 Células - Tronco pluripotentes

Uma grande parte dessas células que compõem o blastocisto é derivada da segmentação das células externas da mórula as quais se achatam e vão atapetar a parede da bexiga, formando o trofoblasto, termo que significa "germe que nutre e sustenta". O trofoblasto dará lugar á placenta e aos outros sistemas de apoio destinados a proteger e nutrir o embrião, mas não participa da formação do embrião propriamente dito. Um pequeno número de células derivadas da parte interna da mórula reúne-se num ponto da parede da bexiga, formando a massa celular interna ou embrioblasto, ou seja, o "germe do embrião". Grande parte da atividade desenvolvida até esse ponto serve, sobretudo, para formar o ambiente em que se desenvolverá o embrião, que deriva cerca de quinze de todo o acúmulo de células produzido pela segmentação do óvulo fecundado (já foi observado um blastocisto de 107 células, das quais 99 formam o trofoblasto e apenas oito o embrioblasto). Ao final desta fase, as células têm potencialidades bem distintas: nem as células do trofoblasto e nem as do embrioblasto podem separadamente, dar lugar ao desenvolvimento. Consequentemente, devem trabalhar juntas e por isso são chamadas de pluripotentes (figura 2) e não mais de totipotentes.

Figura 2. Células-tronco pluripotentes.

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