Citologia em base líquida
Relatório de pesquisa: Citologia em base líquida. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thamyrispinho • 21/11/2013 • Relatório de pesquisa • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 675 Visualizações
1 Citologia em base líquida
A citologia em base-líquida é método laboratorial que auxilia no rastreamento de lesões precursoras do câncer e nas variadas formas de neoplasia maligna, podendo ser usada na citologia de diversas patologias onde o material foi colhido pela técnica de PAAF.
Trata-se de uma técnica promissora e que talvez venha a ser utilizada cada vez mais em maior escala. Esta técnica tem como princípio transferir todo material celular coletado para um meio líquido; sua prioridade é preservar as estruturas morfológicas e as moleculares, como as proteínas e os ácidos nucléicos, e seu objetivo era uma preparação que apresentasse o mínimo número de sobreposições e objetos não necessários ao diagnóstico no conjunto de células em análise.
Comparado-a com os métodos convencionais tem-se as vantagens: uma maior sensibilidade devido à relação entre menor perda de material coletado e melhor distribuição das células; trata-se de uma citologia em monocamada e com fundo mais limpo; também a técnica reduz resultados falsos negativos em até 20 % e casos insatisfatórios em até 40 %; apresenta vantagens em relação à citologia cervical convencional, como as características citomorfológicas nítidas e de fácil interpretação, melhor disposição celular (distribuição homogênea), menor área de análise.
Mas o que detém o avanço do método em base líquida em nosso meio é apenas uma questão conjuntural: o sistema único de saúde ainda não paga pelo método.
2 Citopatologia
É a área de atuação da Patologia que estuda as doenças a partir de observação ao microscópio de células obtidas por esfregaços, aspirações, raspados, centrifugação de líquidos e outros métodos. Praticamente todos os órgãos e tecido podem fornecer material para o estudo citológico, permitindo exame rápido, pouco invasivo e não-traumático. As amostras celulares são dispostas em lâminas de vidro identificadas e posteriormente coradas pela técnica de Papanicolau mais comumente. Um dos principais exames citopatológicos são: citopatologia oncótica (pesquisa citopatológica de células neoplásicas) de líquidos ou efusões (pleural, ascítico, pericárdico, sinovial, líquor) e citopatologia aspirativa (punção aspirativa por agulha fina) – órgãos diversos.
3 Coleta de material citológico de mama
A punção aspirativa de mama é um método laboratorial que tem papel de triagem para a realização de um diagnóstico preciso; o PAAF possui 90 a 99% de acurácia, a mamografia é de 85 a 90% e exame físico é de 70 a 90%; e por ser de alta especificidade e de baixo custo, ela se torna uma ferramenta importante para identificação de algumas patologias de mama.
Através desses três parâmetros tem-se 99% de certeza no diagnóstico.
A PAAF foi utilizada pela primeira vez em 1930, é uma das técnicas mais utilizadas hoje em dia, é amplamente utilizada na investigação de tumores e outras lesões em órgãos superficiais (mama, pele, tireóide, linfonodos, glândulas salivares, etc.) ou profundos (pulmão, fígado, pâncreas, rim, etc.). Algumas vezes, há necessidade de utilização de métodos de imagem (ultra-sonografia, tomografia computadorizada) para mais precisa localização da lesão, especialmente em órgãos profundos. Os resultados podem distinguir tumores malignos de benignos ou reconhecer lesões inflamatórias, eventualmente, dispensando a realização de procedimentos cirúrgicos.
A PAAF pode ser utilizada tanto na abordagem das lesões palpáveis como de não palpáveis.
Na punção aspirativa por agulha fina, o médico usa uma agulha fina (0,7—0,9 mm de diâmetro) e seringa, guiada por meio de ultra-som, para aspirar líquido e/ou células de um nódulo na mama (lugar suspeito), onde são realizados movimentos com o intuito de descamar e aspirar células do interior da lesão que deverá ser analisado num laboratório.
No sentido de evitar a perda de células dentro da seringa, faz-se uma suspensão com solução fisiológica e em seguida uma centrifugação ou uma infiltração com membrana para confeccionar o esfregaço com o sedimento.
Desvantagens: dificuldade de classificação do tipo de neoplasias; possibilidade de falsos-negativos.
Vantagens: método simples, rápido; seguro; baixo custo; alta sensibilidade; alta especificidade, podendo ser realizado em consultório, ambulatório ou no próprio laboratório; em caso de nódulos visíveis, tanto na mamografia, como na ultrassonografia, opta-se pela punção guiada pela ultra-sonografia, pela praticidade do método, pelo maior conforto da paciente, estando a mesma com as mamas livres, durante a punção.
Nos casos da citologia em que o material está inadequado, suspeito ou seu resultado incompatível com a imagem, são preferíveis biópsias percutâneas com agulha grossa, como também para a paciente que exigir o método mais seguro.
São restritas ao quadro clínico do paciente, e não propriamente a esse método diagnóstico em si. Deve-se evitar, por exemplo, uma punção prostática em pacientes com prostatite, assim como se evita uma punção tireoidiana em pacientes com tosse.
Passo a passo:
A: agulha inserida na lesão
B: pressão negativa realizada
C: agulha movimentada em “vai e vem”
D: Pressão negativa é desfeita
E: Retirada da agulha
F e G: Preparação da lamina citológica
O padrão benigno: celularidade discreta ou moderada, células epiteliais dispostas em pequenos grupos, com células mioepiteliais presentes atipias citológicas e alterações nucleares mínimas ou ausentes.
No carcinoma de mama: hipercromatismo, aumento nuclear com distribuição irregular da cromatina, relação núcleo-citoplasmática aumentada, macronucléolos multinucleação.
Achados gerais, tais como: intensa celularidade (em grupos e células isoladas) e diáteses tumorais, tridimensionalidade nos grupos celulares, com células desprendidas em seus bordos, células de tamanhos variáveis ora amoldadas com citoplasmas, mal definidos, as vezes vacuolizados (células em anel de sinete), ausência de células mioepiteliais, estroma adiposo aderido a grupos de células tumorais.
3.1 Coloração
Realizado sob anestesia local,
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