Ciências Da Terra
Trabalho Escolar: Ciências Da Terra. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: mlbernardi • 26/10/2013 • 1.575 Palavras (7 Páginas) • 343 Visualizações
Disciplina: FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DAS CIÊNCIAS DA TERRA
O PROCESSO DE FOSSILIZAÇÃO
Muitas vezes nos perguntamos como um organismo vivo pode se tornar um fóssil. O processo parece ser simples, mas é um pouco complexo.
Quando um organismo morre, inicialmente ele é decomposto pelas bactérias e fungos que degradam a matéria orgânica. Depois disto, o organismo pode ser imediatamente soterrado ou passar por uma série de processos – desarticulação, transporte – e só depois ser soterrado. Esse soterramento irá acontecer quando a água, ou outro agente, transportar o sedimento que irá recobrir o organismo. Depois de soterrado, o organismo irá passar por um processo chamado de diagênese, que consiste na compactação (pelo peso do sedimento) e na cimentação o sedimento depositado sobre o organismo ou por dentro dele, através de processos químicos, se aglomera e passa a formar uma rocha sedimentar. Nestas condições, esse organismo agora pode ser considerado um fóssil. O movimento das placas tectônicas permite que uma rocha, que antes foi um fundo de mar, por exemplo, seja erguida acima da superfície e fique exposta. Nesta rocha exposta é que o paleontólogo vai procurar pelos fósseis.
O processo de fossilização dura milhares de anos, e não ocorre de uma hora para outra. Portanto, ainda não podemos fabricar um “fóssil em laboratório”! Entretanto, a forma como ocorre esse processo pode variar.
RESTOS
Normalmente consistem nas partes duras dos organismos, pois estas apresentam alto potencial de preservação. Os restos podem ser compostos por: sílica espículas das esponja, carbonato de cálcio moluscos, hidroxiapatita ossos de vertebrados, quitina exoesqueleto de artrópodes, celulose vegetais, entre outros.
VESTÍGIOS
Os vestígios representam evidências da existência do organismo ou de sua atividade. São úteis para identificar a presença de um determinado organismo quando seus restos não foram fossilizados.
Dentre os vestígios, podemos citar as pegadas e pistas de organismos, coprólitos fezes fossilizadas, gastrólitos rochas presentes em restos estomacais, que auxiliavam na digestão, e também a formação de moldes internos e externos.
Para explicar a formação de moldes, vamos tomar como exemplo uma concha de um molusco bivalve. A formação de moldes ocorre quando um organismo é depositado, e a impressão da porção interna da concha fica marcada no sedimento molde interno. A impressão da porção externa da concha é o molde externo. Depois disto, a concha pode ser dissolvida, e o espaço ocupado por ela pode ser preenchido por outro material, formando o contramolde.
Em alguns casos, alguns organismos podem ter aparecido há bastante tempo, mas, embora existam até hoje, seus corpos não sofreram muitas modificações ao longo do tempo geológico. Neste caso, esses organismos são chamados de fósseis–vivos.
Muitas vezes podemos observar algumas estruturas nas rochas, que são muito parecidas com fósseis. Essas estruturas são formadas através da passagem da água pelas fissuras entre as rochas, fazendo com que alguns minerais, como o óxido de manganês, precipitem. Como resultado, formam-se estruturas inorgânicas semelhantes a organismos, que são chamadas de pseudofósseis.
TEMPO GEOLÓGICO
A magnitude do tempo é profundo e muito difícil de ser compreendida por nós. Um meio de se tentar entender essa vastidão de tempo é imaginarmos um livro contendo 460.000 páginas, em que cada página contivesse 10.000 anos da história da Terra. Assim a página 1 relataria a formação da Terra, os primeiros organismos unicelulares surgiriam somente na página 70.000, as primeiras plantas terrestres estariam registradas a partir da página 418.000, os dinossauros apareceriam pela primeira vez na página 440.000 e o ser humano surgiria somente na página 459.600.
Esse livro é um exemplo de metáfora ou analogia que nos ajuda a começar a entender que a história da Terra envolve uma vastidão de tempo muito maior do que aquela que conhecemos e que podemos conceber. Chamamos de "Tempo Geológico" esse tempo profundo que foge aos nossos padrões de referência. Tal escala de tempo pode ser medida através de relógios naturais, bem menos óbvios para a nossa experiência, que refletem o ritmo da Terra. Esses relógios naturais são, entre outros, os movimentos dos continentes, o soerguimento de montanhas, o aumento e a diminuição dos níveis dos oceanos, e também, o surgimento e a extinção das espécies. Assim, cada rocha e cada fóssil existentes na crosta terrestre constituem-se em arquivos naturais que guardam os segredos de muitos eventos do passado e são ferramentas que podem nos ajudar a reconstituir a história do planeta.
Quando falamos em fósseis, logo nos lembramos dos já mencionados dinossauros. Na verdade, esses fascinantes animais são a porta de entrada para muitas crianças tomarem um primeiro contato com a ciência, já que todos nós temos uma curiosidade natural sobre nossa origem e sobre o passado da Terra. Mas a diversidade da vida no passado vai muito além dos dinossauros. Muito antes dessas criaturas reinarem no planeta, inúmeras formas de vida surgiram e se diversificaram, formando uma grande árvore da vida. A maioria delas já se extinguiu, mas algumas deixaram descendentes que ainda hoje habitam a Terra, como nós.
PALEONTOLOGIA
A Paleontologia é a ciência que estuda os fósseis,
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