Células Tronco

Na busca pela capacidade de regeneração do corpo e a possibilidade de recuperar órgãos afetados por patologias ou traumas, temos como alternativa o transplante de órgãos. Porém, diante de um cenário de possibilidades restritas, como o tempo de espera por um órgão para um transplante, surgem as células-tronco como fonte potencialmente inesgotável de biomateriais e promessa de vida longa. O potencial terapêutico dessas células desperta a curiosidade de todos, principalmente de cientista e médicos, e, ao mesmo tempo, discute relações éticas em torno do assunto.

“Células-tronco” são células não especializadas que têm a capacidade de se dividir e originar tanto células idênticas a elas, quanto outras mais especializadas e capazes de formar diferentes tecidos e órgãos. Pode-se dizer que as células-tronco dividem-se basicamente em embrionárias e adultas (oriundas de fontes naturais), e células pluripotentes induzidas (obtidas em laboratório). As células-tronco adultas possuem capacidade de diferenciação limitada ao tecido de origem, já as células-tronco embrionárias podem originar todos os tipos celulares presentes no organismo adulto. Por isso, os estudos que envolvem essas últimas células são os que mais impulsionam os cientistas. Porém, esses estudos são também os que possuem maiores “barreiras”, pois conta em seu caminho com as questões culturais, religiosas, éticas e legislativas, visto que as células-tronco embrionárias seriam produzidas a partir de embriões que seriam descartados nas clínicas de fertilização in vitro.

O tema divide opiniões, mas continua em desenvolvimento. Apesar de alguns limites, as pesquisas continuam sendo realizadas nos laboratórios em várias partes do mundo, e inclusive no Brasil, que se destaca como líder em vários desses estudos.

Assim, nota-se cada vez mais a capacidade terapêutica das células-tronco, que trazem muitas perspectivas e possibilidade de cura de várias doenças.

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