Células Tronco

CELULAS-TRONCO

Um artesão habilidoso usa massa de argila mole para moldar praticamente qualquer peça. As células-tronco embrionárias são o equivalente vivo dessa argila. Elas podem, em tese, produzirem praticamente qualquer uma das mais de 200 espécies de células que formam o corpo humano.

Após a fertilização, o óvulo começa a se dividir. Nos humanos, cerca de cinco dias de divisão celular resultam numa bolinha de células chamada blastocisto. É uma esfera oca composta de uma camada externa de células, parecida com uma concha, e de um pequeno aglomerado de umas 30 células chamado massa celular interna, que se fixa na parede interna da esfera. A camada de células externa se torna a placenta, e a massa celular interna, o embrião humano.

No estágio blastocístico, as células da massa celular interna ainda não começaram a se especializar na formação de tipos específicos de células, tais como células nervosas, renais ou musculares. Por isso são chamadas células-tronco. E, visto que dão origem a praticamente todos os diferentes tipos de células do corpo, são chamadas pluripotentes.

Técnica de Clonagem Terapêutica para obtenção de células-tronco embrionárias.

Se tivéssemos um óvulo humano cujo núcleo foi substituído por um núcleo de célula somática e deixarmos que se divida em laboratório não em um útero teríamos a possibilidade teórica de obter blastócitos e usar suas células-tronco. Isso já foi feito em animais. E teríamos perspectivas para futuros tratamentos. Hoje só se consegue cultivar em laboratórios células com as mesmas características do tecido de onde foram retiradas ou transformá-las em poucos tipos celulares.

E na clonagem terapêutica, os tecidos seriam produzidos apenas em laboratórios.

As 63 academias de ciências do mundo que foram contra a clonagem reprodutiva defendem as pesquisas com células embrionárias para fins terapêuticos.

Na clonagem terapêutica seriam o inicio da cultura a partir de óvulos que permitiam a produção de qualquer tecido no laboratório.

Pesquisas com células-tronco renovam esperanças de cura de doenças sanguíneas.

As recentes reportagens sobre as potencialidades das células-tronco criaram a sensação de que os estudos nessa área são extremamente recentes e de que, finalmente, a ciência está perto de encontrar a esperada cura para inúmeras doenças.

A passos largos

A disseminação do transplante de medula óssea que se vale de células do cordão umbilical e placentário é uma das novidades dos últimos anos.

Anemia falciforme

Um novo capítulo da história do transplante de medula óssea dá aos portadores de anemia falciforme o direito de alimentar esperanças de cura definitiva.

Sangue e nervos

Desde 2008, pesquisadores do Hospital Universitário São Lucas e do Instituto do Cérebro da PUC-RS (InsCer) experimentam o transplante de células-tronco da medula como método alternativo de tratamento da epilepsia.

Manipulação genética

A maioria dos pacientes que se submetem ao transplante de medula óssea são portadores de leucemia.

A cura da AIDS em pesquisas com células-tronco.

Foi descoberta no UCLA AIDS INSTITUTE, uma possível cura para o vírus da AIDS. Desenvolvida com estudos em células-tronco, que equivale a uma vacina genética.

Essa abordagem pode ser usada para programar o sistema imunológico, o citotóxico CD8 dos linfócitos T, responsáveis por combater infecções na célula, como o vírus HIV.

Os pesquisadores identificaram a molécula conhecida como receptora de linfócitos T, que guia e reconhece a célula infectada.

Os cientistas clonaram estes receptores para obter maior quantidade, pelo fato de não existirem suficientemente para eliminar o vírus HIV, implantando-o em ratos doentes. Com o tempo, esses receptores de linfócitos T aumentaram consideravelmente sua população, para melhores resultados na eliminação do vírus da AIDS.

Agora os pesquisadores Scott Kitchen, Jerome A. Zack e seus colegas irão melhorar essa estratégia em um modelo mais avançado para testes em um corpo humano.

O propósito da utilização