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DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE

Por:   •  12/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  751 Palavras (4 Páginas)  •  854 Visualizações

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DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE

Nas últimas décadas do século XIX, houve a necessidade de entender as ciências da saúde como sociais, surgindo então os determinantes sociais de saúde (DSS). Os DSS são as condições sociais de vida e trabalho dos indivíduos, que compõem os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos, psicológicos e comportamentais, influenciando assim na ocorrência de problemas de saúde e nos fatores de risco na população.

Os idealizadores para que as ciências da saúde fossem vistas como sociais Koch e Pasteur, a partir dos seus trabalhos bacteriologistas, nos quais eram utilizados para explicar o processo saúde-doença. Esse modelo consistiu em determinar que a saúde e a doença deveriam ser pesquisadas em laboratórios. A partir desse modelo, foi criada a primeira escola de saúde publica nos Estados Unidos, na Universidade John Hopkins. Hopkins foi escolhida pela excelente escola médica, hospital e corpo de pesquisadores médicos. Então, o conceito de saúde pública se baseou no controle de doenças especificas, no conhecimento cientifico, focando na saúde publica.

Esse modelo serviu para que a Fundação Rockefeller apoiasse a Faculdade de Higiene e Saúde Pública de São Paulo, a primeira escola de saúde pública, a ser implantada no Brasil. O enfoque biológico avançou ao século XX, porem iniciava-se certo conflito entre essa concepção e o enfoque social, especialmente com as contribuições dos teóricos da medicina social.

Apenas com a Conferência de Alma-Ata, em 1978, que a discussão sobre os DSS ganha notoriedade, tendo a saúde como um direito ao alcance de todos. Os DSS consideram que alguns fatores que são importantes para distinguir o estado de saúde dos indivíduos, não se aplicam aos diferentes grupos de uma sociedade, pois as diferenças de mortalidade constatadas entre classes sociais não podem ser explicadas pelos mesmos fatores aos quais se atribuem as diferenças entre indivíduos. As diferenças de saúde parecem resultar de hábitos e comportamentos construídos socialmente e de fatores que estão fora de controle direto do individuo.

A investigação dos fatores individuais tem como função identificar os indivíduos mais vulneráveis dentro de um grupo. São as desigualdades sociais entre classes que possuem maior determinação no processo saúde-doença, principalmente na produção das iniquidades de saúde. Há três gerações de estudos sobre as iniquidades em saúde: a primeira buscava descrever as relações entre pobreza e saúde; a segunda dedicava-se ao estudo dos fatores da saúde de acordo com vários critérios de estratificação socioeconômica; e a terceira e atual dedica-se a investigar os mecanismos de produção das iniquidades em saúde.

A partir disso, na tentativa de esquematiza as relações entre os diversos fatores analisados nos diferentes enfoques sobre o tema, alguns modelos foram criados de acordo com os DSS. Dentre esses, o modelo de Diderichsen e Hallqvist descreve que a posição social do individuo é determinada por um contexto social, que provoca diferencial de saúde, como exposição diferente a riscos diferentes e, considerando que cada individuo possui uma vulnerabilidade e uma reação especifica a esses riscos, as consequências sociais e físicas serão diferentes ao se contrair uma doença.

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