DOENÇA DE ARMAZENAMENTO DE GLICOGÊNIO TIPO III
Dissertações: DOENÇA DE ARMAZENAMENTO DE GLICOGÊNIO TIPO III. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vrtadielo • 8/3/2015 • 1.321 Palavras (6 Páginas) • 773 Visualizações
Tipo 0
A glicogenose tipo 0 é caracterizada por
uma deficiência na enzima glicogênio sintase (EC
2.4.1.11) (LABERGE et al., 2003; ORHO et al.,
1998).
Ela afeta primordialmente o fígado e as
principais manifestações dessa doença rara
desenvolvida na infância são hipoglicemia e
hipercetonomia (LABERGE et al., 2003; ORHO et
al., 1998). Há vários casos relatados na literatura
sobre essa disfunção enzimática e, em um deles, há
um relato de caso de uma criança de 9 anos que
sofria, no período da manhã, convulsões
acompanhadas de hipoglicemia, hipercetonomia e
taxas de lactato não alteradas (AYNSLEY-GREEN;
WILLIAMSON; GITZELMANN, 1977). Para a
confirmação dessa patologia, biópsias no músculo e
no fígado foram realizadas, revelando baixa
concentração da enzima glicogênio sintase hepática
e nenhuma alteração significativa no músculo
(AYNSLEY-GREEN; WILLIAMSON;
GITZELMANN, 1977). Assim, a deficiência nesta
enzima pode ser uma suspeita a glicogenose tipo 0
em crianças quando estas, em jejum, apresentam
sonolência, atenção dispersa, palidez, movimentos
oculares descoordenados, convulsões,
hipercetonomia e hipoglicemia (GITZELMANN et
al., 1996).
Tipo I
A glicogenose tipo I (doença de Von
Gierke) é causada pela deficiência no complexo da
glicose-6-fosfatase (EC 3.1.3.9) responsável pela
hidrólise da glicose-6-fosfato (SANTOSANTUNES; FONTES, 2009) em fosfato e glicose
durante o metabolismo do glicogênio. Trata-se de
uma anomalia gerada pela mutação no gene que
codifica esta enzima, cuja frequência na população é
de 1:100.000 nascimentos (SANTOS-ANTUNES;
FONTES, 2009; SARTORATO et al., 1998).
Existem quatro subtipos para essa patologia: tipo Ia,
caracterizado por uma disfunção na unidade
catalítica deste complexo enzimático; tipo Ib,
relacionado com o transporte deficiente de glicose-
6-fosfato; tipo Ic, caracterizado por um defeito no
transportador de fosfato do retículo endoplasmático
para o citoplasma; e tipo Id, relacionado com uma
disfunção da saída de glicose (OZEN, 2007;
SANTOS-ANTUNES; FONTES, 2009). Essa
enfermidade compromete a glicemia, uma vez que o
glicogênio estocado não é metabolizado pelas
células hepáticas e renais, contribuindo para o
quadro de hipoglicemia, hepatomegalia,
hiperlipidemia, hiperuricemia, retardo no
crescimento e acidose láctica (REIS et al., 2001).
Testes enzimáticos e a análise da mutação no gene
que codifica essa enzima é uma alternativa para o
diagnóstico da doença, inclusive pré-natal (REIS et
al., 2001; SARTORATO et al., 1998).
Tipo II
A glicogenose tipo II (doença de Pompe) é
uma doença grave e muitas vezes fatal (MELLIES;
LOFASO, 2009), em que há um acúmulo de
glicogênio lisossômico, primordialmente, nas
células dos tecidos musculares (SAVEGNAGO et
al., 2012), como resultado da deficiência da enzima
alfa-glicosidase ácida (EC 3.2.1.20) (MELLIES;
LOFASO, 2009). Esse distúrbio manifesta-se
clinicamente como uma doença neuromuscular que
apresenta diferentes taxas de progressão
(MELLIES; LOFASO, 2009). A doença de Pompe
distingue-se de outras doenças neuromusculares por
apresentar características clínicas específicas, como
o início precoce de problemas respiratórios
anteriores à fraqueza dos membros (MELLIES;
LOFASO, 2009). Essa disfunção pode se manifestar
sob duas formas: forma infantil, em crianças nos
primeiros meses de vida; e forma tardia, em crianças
com idade mais avançada e em adultos
(SAVEGNAGO et al., 2012). Os sintomas em cada
uma dessas formas também são variáveis: na forma
infantil, as crianças apresentam fraqueza muscular e
cardiomiopatia (SAVEGNAGO et al., 2012);
enquanto na forma tardia, o principal sintoma é a
insuficiência respiratória sendo procedida de
fraqueza muscular (MELLIES; LOFASO, 2009).
Tipo
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