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Diabetes: Aspectos Clínicos E Moleculares

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Por:   •  16/9/2013  •  2.179 Palavras (9 Páginas)  •  695 Visualizações

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O diabetes é causado pela falta de secreção de insulina pelo pâncreas (diabetes tipo I) ou pela diminuição da sensibilidade dos tecidos a insulina (diabetes tipo II), não havendo assim, glicose suficiente para os tecidos durante o metabolismo, sendo assim então as células passam a utilizar outras vias para manter seu funcionamento. (Tratado de Fisiologia Médica). E o objetivo do trabalho é revisar a bibliografia sobre diabetes e a deficiência molecular nos receptores da insulina, abrangendo a causa da resistência à insulina. Exemplificando a auto-aplicação como uma forma de tratamento e o exercício físico visando prevenir o desenvolvimento de diabetes.

ABSTRACT

Diabetes is caused by lack of insulin secretion by the pancreas (Type I diabetes) or by decreasing the sensitivity of tissues to insulin (type II diabetes), there being thus enough glucose into tissues during metabolism, and thus the cells then start to use other ways to keep your operation. (Treaty of Medical Physiology). The objective is to review the literature on diabetes and molecular deficiency in insulin receptors, including the cause of insulin resistance. Exemplifying the self-administration as a form of treatment and exercise aimed at preventing the development of diabetes.

1. INTRODUÇÃO

Diabetes é um distúrbio metabólico que pode ser de origem genética ou adquirida onde há um aumento da concentração de glicose no sangue.(1) O mecanismo que a glicose estimula para liberação de insulina envolve a entrada na célula beta do pâncreas via receptor GLUT-2, onde se associa à enzima glicocinase. Fazendo com que a liberação de insulina ocorra, a glicose deve ser metabolizada no interior da célula beta, via glicólise, para produção de ATP. Isso faz com que ocorra o fechamento dos canais de potássio que são sensíveis ao ATP, ocorrendo despolarização, o que leva a um influxo de íons de cálcio, desencadeando a translocação dos grânulos e a exocitose.(2)

A insulina exerce efeitos biológicos através da ligação a um receptor na superfície de uma determinada célula alvo. O receptor de insulina é uma glicoproteína, que consiste de duas subunidades alfa extracelulares e duas subunidades beta, que estão parcialmente dentro da célula. GLUT-1 está envolvido em captar glicose basal e também da glicose não mediada pela insulina em muitas células; GLUT-2 tem sua importância na célula beta da ilhota, onde por pré-requisito se tem como exemplo a glicocinase, para a percepção da glicose; GLUT-3 encontra-se envolvido na captação não mediada pela insulina da glicose no cérebro; GLUT-4 é responsável por captar a glicose que é estimulada pela insulina nos músculos e tecido adiposo.

Após ligar a insulina ao seu receptor, o complexo insulina-receptor é internalizado através de invaginação pela membrana circulante para formação de um “endossoma”. Os receptores são reciclados para a superfície celular, mas a insulina é degradada em lisossomas. (3)

Existem algumas doenças, entre elas o diabetes, que são causadas por carência de insulina, pela resistência a esse hormônio ou pelas duas razões. Faz tempo que a dedicação ao diabetes de vários profissionais do Brasil e do mundo vêm proporcionado grandes descobertas para o controle dos níveis glicêmicos. Hoje, podemos dizer que a durabilidade e o progresso são conquistas certas para aqueles que seguem o tratamento correto.

Os seus primeiros relatos datados são da era egípcia. Foi somente cerca de 2000 mil anos depois, por volta de 70 d.C, o médico Areteu da Capadócia, na Grécia, conseguiu descrever o diabetes, observando que aquele silencioso problema desenvolvia quatro complicações: muita fome (polifagia), muita sede (polidipsia), muita urina (poliúria), fraqueza (poliastenia) e também que, quase sempre, as pessoas com esses sintomas entravam em coma antes da morte e mesmo com a boa alimentação, a falta de energia corporal permanecia. (4)

Foi então em 1670 é que o médico inglês Thomas Willis descobriu, provando a urina de indivíduos que apresentavam os mesmos sintomas, que ela era "muitíssimo doce". Em 1815 o Dr. M. Chevreul demonstrou que o açúcar dos diabéticos era glicose e foi por esta razão que os médicos passaram a provar urina das pessoas com suspeita de diabetes. Desde essa altura a doença passou a chamar-se "Diabetes Mellitus". A palavra "Mellitus" é latina e quer dizer "mel ou adocicado". Posteriormente, em 1889, dois cientistas alemães, Von Mering e Minkowski, descobriram que o pâncreas produz uma substância, ou hormônio, capaz de controlar o açúcar no sangue e evitar os sintomas do diabetes. Desde então surgiram relatos de que o mau funcionamento do pâncreas seria o responsável pelo diabetes. (5)

A insulina é um hormônio polipeptídico anabólico produzido pelas células beta do pâncreas para controlar os níveis de glicose sanguínea e cuja síntese é ativada pelo aumento dos níveis circulantes de glicose e aminoácidos após as refeições. Age em vários tecidos periféricos, incluindo músculo, fígado e tecido adiposo. (6)

Seus efeitos metabólicos imediatos incluem: aumento da captação de glicose, principalmente nos tecidos muscular e adiposo, aumento da síntese de proteínas, ácidos graxos e

glicogênio, bem como bloqueio da produção hepática da glicose (via diminuição da glicogenólise e gliconeogênese).

Existem três tipos principais de diabetes: o diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticado na infância. Por causa dessa doença, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. São necessárias injeções diárias de insulina. A causa exata é desconhecida. A genética, os vírus e os problemas auto imunológicos podem ter uma participação.(7)

O diabetes tipo 2 é de longe o tipo mais comum. Ele compreende a maioria dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em adultos, mas cada vez mais os jovens vêm sendo diagnosticados com essa doença. O pâncreas não produz insulina suficiente para manter normais os níveis de glicose no sangue, geralmente porque o corpo não responde bem à insulina. O diabetes tipo 2 está se tornando mais comum por causa do aumento de casos de obesidade e da ausência da prática de exercícios físicos.

Diabetes gestacional é a alta quantidade de glicose sanguínea que ocorre a qualquer momento durante a gestação em mulheres não diabéticas. Mulheres com diabetes gestacional têm alto risco de desenvolverem diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares futuramente.

De acordo com variações nas respostas de pacientes diabéticos à insulina, sugeriu-se

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