Disturbios Alimentares
Ensaios: Disturbios Alimentares. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nataliab • 8/7/2014 • 5.368 Palavras (22 Páginas) • 460 Visualizações
DISTURBIOS ALIMENTARES
Os distúrbios alimentares são um conjunto de doenças, em que uma pessoa está tão preocupada com a comida e o seu peso que muita das vezes não consegue pensar noutra coisa. Os principais tipos de distúrbios alimentares são a anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar. Os distúrbios alimentares na adolescência aparecem frequentemente, mas também podem se desenvolver durante a infância ou mais tarde na vida.
Os distúrbios alimentares não diferem entre género, raça, classe ou idade. Eles podem afetar qualquer um. A maioria das pessoas com distúrbios alimentares são mulheres, mas os homens também começam a ter distúrbios alimentares. Porém, ao contrário do que se pensa um distúrbio alimentar não se baseia apenas em comida.
Um distúrbio alimentar pode passar despercebido por um longo período de tempo, e geralmente quando é reconhecido quem sofre com a doença nega que tem problemas alimentares. Estes distúrbios geralmente coexistem com outras doenças como a depressão o abuso de substâncias ou a ansiedade. Os distúrbios alimentares podem causar graves problemas físicos e pode até ser fatal.
O tratamento para os distúrbios alimentares geralmente envolve psicoterapia, educação nutricional, aconselhamento familiar, medicamentos e hospitalização. São Doenças Psiquiátricas que se caracterizam, fundamentalmente por alterações significativas do comportamento alimentar. Ocorrem principalmente nos países mais desenvolvidos e uma incidência menor nos países menos desenvolvidos.
As influências dos Distúrbios Alimentares podem ser psicológicas, biológicas, familiares ou sócio-culturais, sendo diferente consoante o período de desenvolvimento do jovem. Sabe-se que não se deve a modas, mas sim, à pressão cultural para a magreza, a insatisfação com o peso, podem contribuir para a tomada da decisão de iniciar uma dieta. É pertinente referir que a dieta só por si não constituí uma condição suficiente para o desencadear de um Distúrbio Alimentar, mas é uma condição necessária.
Tabela 1: Principais características clínicas e diferenças entre AN, BN e TCAP
Anorexia Bulimia TCAP
Características Medo exagerado de engordar Medo exagerado de engordar Desconforto com o peso e a sensação de descontrole da ingesta alimentar
Peso do paciente Peso abaixo do mínimo Peso normal ou sobrepeso Sobrepeso ou obesidade
Padrão alimentar Padrão de restrição alimentar. No subtipo bulímico com episódios de comer compulsivo Padrão de restrição alimentar intercalados com episódio de comer compulsivo: sensação de descontrole com ingesta de grandes quantidades em um curto período Menor freqüência e intensidade dos episódios de restrição alimentar
Episódio de comer compulsivo: sensação de descontrole com ingesta de grandes quantidades em um curto período
Comportamento purgativo
No subtipo bulímico, Comportamento purgativo como indução de vômitos e abuso de laxantes Comportamento purgativo como indução de vômitos e laxantes para compensar o excesso de ingesta dos episódios compulsivos Não apresentam Comportamento purgativo
ANOREXIA NERVOSA
Definições
A AN caracteriza-se por um padrão de redução extrema da alimentação ingerida, de forma consciente e deliberada, em busca de um ideal de corpo esguio e medo exagerado de engordar, levando a vários graus de emagrecimento. Alterações endocrinológicas estão presentes como amenorreia (ausência da mesntruação) nas mulheres, desinteresse sexual e diminuição do desempenho entre os homens. A desnutrição causada por essa redução de ingesta auto imposta é a principal causa de morte desses pacientes.
O limiar de peso abaixo do esperado é definido por menor do que 85% do peso esperado para idade e altura no índice de massa corporal (IMC) (calculado como peso em quilogramas/altura em metros ao quadrado) igual ou inferior a 17.5 kg/m2, segundo a Classificação Internacional de Doenças. Esse critério deve ser usado como orientação para o clínico, mas deve se considerar não razoável especificar um único padrão para um peso normal mínimo que se aplique para todos os indivíduos. Ao determinar o peso ideal, o clínico deve também considerar história ponderal e constituição corporal individual.
Anorexia é dividida em dois subtipos clínicos de acordo com a presença ou ausência de compulsão alimentar e comportamentos purgativos: tipo purgativo/compulsão periódica e tipo restritivo.
O tipo purgativo apresenta algumas características peculiares: geralmente eram obesos antes de desenvolver o quadro, assim como vêm de famílias em que a obesidade é mais prevalente. Têm mais características de impulsividade e maior tendência de induzir o vômito e abusar de laxante na tentativa de perder peso. São mais impulsivos, com freqüência apresentam problemas com álcool e drogas, dificuldade para aceitar regras (furtos e transgressões) e mais frequentemente se automutilam ou tentam suicídio. Comumente apresentam alterações de personalidade borderline, narcisista e antissocial, transtornos de personalidade relacionados com comportamento compulsivo.
A presença de amenorréia e o ponto de corte da perda de peso são itens ainda questionáveis para o diagnóstico. O DSM -IV-TR (manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais) define a anorexia segundo os critérios listados na tabela 2.
Tabela 2: Critérios diagnósticos para a AN segundo o DSM-IV-TR
A. Recusa em manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado à idade e à altura (por exemplo, perda de peso levando
à manutenção do peso corporal abaixo de 85% do esperado; ou incapacidade de atingir o peso esperado durante o período de crescimento, levando a um peso corporal menor de 85% do esperado)
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, mesmo estando com peso abaixo do normal
C. Perturbação do modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo, influência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto-avaliação, ou negação do baixo peso corporal atual
D. Nas mulheres pós-menarca, presença de amenorréia, isto é, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos. (considera-se que uma
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