Distúrbios Alimentares
Exames: Distúrbios Alimentares. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dhynneLima • 21/9/2014 • 1.629 Palavras (7 Páginas) • 349 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A baixa aceitação social de indivíduos com porcentagem elevada de gordura corporal e a ênfase em possuir o corpo “perfeito” aumentaram a incidência de distúrbios alimentares. Dois dos distúrbios mais comuns que afetam não somente os adultos e jovens, mas, como também os atletas, são: a anorexia nervosa e a bulimia.
Devido ao desconhecimento em relação às especificidades que a prática esportiva impõe, alguns atletas comprometem a própria saúde e esforçam-se para alcançarem ou manterem uma meta inadequada de peso corpóreo, com um percentual de gordura corporal tão baixo quanto possível (Williams, 1989). Atenção especial deve ser dada às atletas adolescentes, pois durante esta fase ocorre um rápido desenvolvimento fisiológico, neurológico e psicológico (Tofler et al.,1996), estando as necessidades de nutrientes ainda mais aumentadas pelo treinamento físico intenso, estresse e ansiedade gerada pelas competições (Ribeiro, 1995).”
Pode-se ressaltar ainda quais são os impactos e os efeitos ocasionados pelos distúrbios alimentares através da imagem corporal de um indivíduo.
2. JUSTIFICATIVA DO TEMA
O cultivo da imagem corporal encontra-se em bastante evidencia em nossa sociedade por isso é crescente a busca de um corpo perfeito principalmente por jovens do gênero feminino e de idades entre 15 a 25 anos. Porém as alternativas utilizadas por essas jovens oferecem um alto risco para as suas saúdes e em busca de melhores esclarecimentos entorno do assunto abordado foi feita tal pesquisa.
Objetivos
1.1 Objetivos Gerais
Frente ao papel mantenedor do distúrbio da Imagem Corporal na Anorexia e Bulimia Nervosas e às possibilidades de reestruturação da representação do corpo no processo de tratamento, informações confiáveis sobre a Imagem Corporal são relevantes no acompanhamento da evolução clínica das pacientes. Assim sendo, os objetivos deste trabalho são mostrar a população brasileira jovem os problemas que uma má alimentação pode ocasionar a sua saúde e ao seu ciclo social tendo maior divulgação e conseqüentemente obtendo maior apoio aos portadores de transtornos alimentares mostrando-os os malefícios e as possíveis soluções que a psicologia juntamente com a nutrição e a educação física pode ajudar.
1.2 Objetivos específicos
Segundo os critérios diagnósticos do Diagnostical and Statistical Manual of Mental Disorders, em sua quarta versão (DSM-IV) (American Psychology Association, 1994) os transtornos alimentares podem ser classificados em Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa, Compulsão Alimentar Periódica, Transtorno Alimentar Não Especificado e Transtorno Alimentares de Primeira Infância - a saber, Pica e Ruminação. Alguns estudos apontam que a incidência dos transtornos alimentares varia de 0,5% a 5% entre os adolescentes, constituindo-se um problema de saúde pública. De 90% a 95% dos casos ocorrem no gênero feminino, na faixa etária de 15 a 25 anos de idade (Oliva & Fagundes, 2001).
O DSM-IV estabelece quatro critérios que e devem ser atendidos para o estabelecimento do diagnóstico de Anorexia Nervosa: (1) recusa de manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado à idade e altura. O peso deve estar abaixo de 85% do peso normal para a idade e altura; (2) medo mórbido de ganhar peso ou tornar-se gordo; (3) perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo, influência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto-avaliação, ou negação do baixo peso corporal atual e (4) nas mulheres pós-menarca ocorrência de amenorréia (APA, 1994). Especificamente, a incidência da anorexia nervosa entre adolescentes e adultos jovens está entre 0,5 e 1%, e a incidência de novos casos por ano é de aproximadamente 5-10/100.000 entre os 15 e 19 anos de idade. A doença é mais comum em mulheres entre 14-18 anos. Em 45% dos casos, o distúrbio ocorre após uma dieta para emagrecimento; em 40%, sucede uma situação competitiva (Busse & Silva, 2004).
A Bulimia Nervosa foi descrita pela primeira vez por Russell (1979). São descritos pelo DSM-IV cinco critérios diagnósticos para este quadro, a saber: (1) Episódios recorrentes de compulsão periódica; (2) Métodos compensatórios para prevenção de ganho de peso: vômitos, diuréticos, enemas, exercícios excessivos, abuso de laxantes, jejuns ou uso de drogas (anorexígenos, hormônios tireoidianos ou diuréticos); (3) Ocorrência dos episódios compulsivos e compensatórios em média pelo menos duas vezes/semanas por três meses, (4) Influência indevida do peso/forma corporal sobre a auto-avaliação e (5) O distúrbio não ocorre exclusivamente durante episódios de Anorexia Nervosa. De uma forma geral, a prevalência da Bulimia Nervosa varia entre 1,4% a 4,2%, dependendo dos critérios diagnósticos usados nas pesquisas (APA, 1994).
Nas descrições do DSM-IV, nota-se a existência comum de um critério diagnóstico para a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa: a preocupação excessiva com o peso e a forma do corpo. Tanto as pessoas com Anorexia Nervosa quanto as pessoas com Bulimia Nervosa adotam comportamentos purgativos, restrições dietéticas em quantidade e tipo de alimentos visando manter ou perder peso, além de experimentarem um medo mórbido de engordar ou de tornarem-se gordas (Claudino & Borges, 2002).
Na Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa, o peso e forma do corpo passam a ser a medida da satisfação com a vida. Controlar o que se come e como o corpo assimila a comida e como ela se assenta no corpo é um ritual demorado, compulsivo e minucioso. Olhar-se no espelho deixa de ser um hábito natural: ou é obrigatório ou é simplesmente rechaçado da vida. As pessoas com Anorexia Nervosa ou Bulimia Nervosa podem se excluir do convívio social e se transformar em pessoas cujo temperamento oscila entre a dedicação aos objetivos pré-traçados e a apatia mórbida. Os limites mal delineados do corpo quase se apagam diante da dinâmica da doença, da rotina cotidiana de temer e idolatrar a comida, da dificuldade de se relacionar com o outro, do medo constante que vive, da necessidade de controle (Campana & Tavares, 2007; Shafran, Fairburn, Robinson & Lask., 2004, Reas, Whisenhunt, Netemeyer & Williamson, 2002).
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