TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Divisões Do Sistema Nervoso

Ensaios: Divisões Do Sistema Nervoso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/6/2014  •  7.978 Palavras (32 Páginas)  •  460 Visualizações

Página 1 de 32

Divisões do Sistema Nervoso

a) Embrionária

Arquencéfalo → Prosencéfalo (Telencéfalo + Diencéfalo), Mesencéfalo, Robemcéfalo (Metencéfalo* + Mielécefalo**).

*Cerebelo + Ponte

**Bulbo

Medula Primitiva → Medula Espinhal

b) Metameria ou Segmentação

Essa divisão é dada pela conexão das estruturas nervosas com nervos típicos.

• Sistema nervoso segmentar: dele fazem parte as estruturas nervosas que fazem conexão com nervos típicos. Ex. : tronco encefálico (conecta-se com os nervos cranianos) e medula espinhal (conecta-se com os nervos medulares).

• Sistema nervoso supra-segmentar: é aquele cujas estruturas não fazem conexão com nervos típicos. Ex.: cérebro e cerebelo.

O sistema nervoso segmentar é mais antigo filogeneticamente, sendo portanto subordinado ao sistema nervoso supra-segmentar. O sistema nervoso supra-segmentar possui um córtex de substância cinzenta como camada mais externa, o que não existe no sistema nervoso segmentar, como por exemplo, na medula onde a substância cinzenta está mais internamente.

c) Funcional

Sistema nervoso da vida de relação: é aquele que faz o organismo relacionar-se com o meio ambiente e depende da vontade. Tem duas porções, a aferente com receptores na epiderme e a eferente cujos receptores estão na musculatura esquelética.

Sistema nervoso visceral: é aquele que realiza o equilíbrio entre os diversos sistemas internos e que não depende da vontade, tem duas porções, a aferente onde teremos receptores viscerais e a eferente representada pelo sistema nervoso autônomo e os órgãos efetuadores que são a musculatura cardíaca e a lisa e as glândulas. O sistema nervoso autônomo se divide em simpático e parassimpático.

d) Anatômica

Sistema nervoso central: é aquele cujas estruturas localizam-se no chamado neuro-eixo ou esqueleto axial. A nível de crânio temos o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico que se divide em mesencéfalo, ponte e bulbo). A nível de canal vertebral temos a medula espinhal.

Sistema nervoso periférico: é aquele que concentra as estruturas nervosas fora do esqueleto axial. São as seguintes : nervos cranianos ou espinhais, os gânglios motores e sensitivos e as terminações nervosas aferentes e eferentes.

Medula Espinhal

É um órgão do sistema nervoso segmentar (se conecta com nervos) encontrado no interior do canal vertebral tendo um formato cilíndrico levemente achatado no sentido dorso-ventral que mede cerca de 45cm no homem, sendo um pouco menor na mulher.

Apresenta como limite superior o foramen magno, sendo separado do bulbo superiormente por uma linha imaginária que tangência esse foramem. Inferiormente a medula termina afilando-se numa região chamada cone medular. Não é uniforme em todo o seu diâmetro possuindo duas regiões mais dilatadas: a superior, intumescência cervical, relacionada com o plexo braquial e a inferior, intumescência lombo-sacra, relacionada com o plexo lombo-sacro. O cone medular situa-se ao nível da segunda vértebra lombar.

Estrutura da medula:

A medula é percorrida por sulcos na sua superfície, entre os quais temos aqueles que a percorrem em toda sua extensão, são os seguintes: fissura longitudinal ou mediana anterior, sulcos laterais anteriores, sulco mediano posterior e sulcos laterais posteriores. A nível de medula cervical e torácica alta existem ainda dois outros sulcos, são os sulcos intermédios posteriores. Os sulcos mediano posterior e intermédios posteriores emitem pregas para dentro da medula chamadas respectivamente septo mediano posterior e septos intermédios posteriores.

A substância branca da medula localizada externamente e rica em fibras mielínicas é dividida em cordões ou funículos da seguinte forma: dois anteriores, localizados entre a fissura mediana anterior e os sulcos laterais anteriores; dois laterais, localizados entre os sulcos laterais anteriores e posteriores; e dois posteriores, localizados entre o sulco mediano posterior e os sulcos laterais posteriores. A nível cervical e torácico alto os sulcos intermédios posteriores com seus septos dividem o cordão posterior em dois fascículos, um medial chamado grácil e um lateral chamado cuneiforme.

A substância cinzenta da medula tem formato de um “H” possuindo no seu centro uma fenda estreita parcialmente obliterada chamada canal central da medula ou canal ependimário. Essa substância cinzenta é rica em corpos de neurônios e se divide em duas colunas que existem em toda extensão da medula: as anteriores que são maiores e mais largas e que abrigam o segundo neurônio motor e as posteriores que são menores e mais finas e que abrigam o segundo neurônio sensitivo. Existem ainda duas colunas laterais que são muito pequenas e só aparecem ao nível da medula torácica e lombar alta e que abrigam o sistema nervoso simpático.

Formação dos nervos espinhais:

Dos sulcos laterais anteriores e posteriores originam-se os pequenos filamentos radiculares. Os anteriores se unem para formar a raiz ventral, os posteriores se unem para formar a raiz dorsal, essas duas raízes por sua vez vão se juntar distalmente ao gânglio da raiz dorsal originando o nervo espinhal. Existem 31 pares de nervos espinhais assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. No nível cervical as raízes nervosas originam-se sempre acima da vértebra correspondente, a emergência da oitava raiz cervical ocorre abaixo da sétima vértebra e daí em diante todas as raízes subseqüentes têm sua origem abaixo do corpo vertebral correspondente.

Topografia vertebro-medular:

Até o quarto mês de vida IU o canal vertebral e a medula crescem em velocidade semelhante, o que faz com que haja correspondência entre o segmento medular e a vértebra adjacente, além do que as raízes nervosas saem do canal quase em ângulo reto. Após o quarto mês o canal vertebral, principalmente suas porções mais caudais, passa a crescer em ritmo muito acelerado e não é acompanhado pela medula, de forma que deixa de haver correspondência entre corpo vertebral e segmento medular e as raízes nervosas passam a deixar o canal de forma cada vez mais oblíqua, culminando com a formação da chamada cauda eqüina nos níveis inferiores do canal. Há uma regra que funciona de forma aproximada

...

Baixar como (para membros premium)  txt (53 Kb)  
Continuar por mais 31 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com