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Doenças Sexualmente Transmissiveis

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Por:   •  2/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.957 Palavras (16 Páginas)  •  328 Visualizações

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Doenças Sexualmente Transmissíveis

INTRODUÇÃO

As doenças sexualmente transmissíveis, ou doenças venéreas, são infecções que afetam, principalmente os órgãos sexuais e é geralmente transmitida através do intercurso sexual, ou seja, o ato em que o pênis fica ereto e é introduzido na vagina.

Em anos recentes as moléstias venéreas (algumas vezes chamadas apenas de D.V.) têm-se tornado um problema cada vez maior para as pessoas. As duas doenças venéreas mais comuns são a sífilis e a gonorréia. Essas doenças podem ser muito graves se não forem tratadas. Feridas abertas, dores e até a morte podem ocorrer. Todavia, com os medicamentos apropriados elas podem ser curadas. Mais atualmente, outra doença ficou muito conhecida: a AIDS. O modo de contágio não é somente pelo intercurso sexual, mas também pelo sangue contaminado. Essa também é uma doença sexualmente transmissível, mas não ataca os órgãos sexuais, e sim todo o organismo. Essa, todavia, ainda não tem cura.

As doenças venéreas dividem-se em dois grupos: as que provocam um lesão genital primária - como uma ferida - e as que causam um infecção purulenta na uretra, na vagina, ou no colo do útero. O primeiro grupo compreende doenças como a sífilis, o cancro mole, o linfo-granuloma venéreo e o granuloma inguinal. No segundo, enquadram-se a gonorréia e as uretrites, as vaginites e as inflamações do colo do útero atribuíveis ao contato sexual.

Abordarei nesse trabalho as principais doenças venéreas, como a gonorréia, sífilis e AIDS. Abordarei também doenças não muitos conhecidas como o cancro e uretrite.

Gonorréia

A gonorréia, também chamada de blenorragia, é uma doença venérea causada por bactéria (gonococos). Ela é acompanhada tipicamente por forte supuração proveniente das membranas mucosas infectadas. As bactérias excretam toxinas que podem levar ao aparecimento de manifestações em órgãos distantes. A infecção é mais freqüentemente transmitida através da relação sexual.

A moléstia tem desenvolvimento distintos em mulheres e homens. Nestes, 3 ou 4 dias após o contágio instala-se uma inflamação na uretra que leva à descarga de pus na urina; a micção é acompanhada geralmente - mas não necessariamente - por dor aguda como de queimadura.

Se o prepúcio do paciente for suficientemente estreito, as bactérias podem permanecer por algum tempo - 10 ou 14 dias - entre este e a glande do pênis antes de penetrar na uretra. No início da infecção somente a porção anterior da uretra é afetada. Se não houver, porém, tratamento após algumas semanas, a supuração pode diminuir, até que subsista somente uma "gota matinal" ou apenas as bordas da uretra se tornem "grudentas".

Quando as manifestações diminuem de intensidade os pacientes podem ter a impressão de estar espontaneamente curados, o que na verdade não se dá. Os gonococos permanecem nas muitas dobras da membrana mucosa - da uretra, por exemplo -, podendo realizar um novo ataque quando, em virtude de alguma outra infecção em qualquer local do organismo, a resistência diminui. Em muitos casos, entretanto, a infecção não pára na parte anterior da uretra, espalhando-se até alcançara próstata, os testículos funículo, o escroto e a bexiga, chegando a pélvis renal. Quando os ductos espermáticos são atingidos, podem sofrer uma constrição, que sendo bilateral, resultará em infertilidade. Além disso, a infecção gonorréia prolongada pode levar à constrição da parte frontal da uretra, o que torna necessário um longo e doloroso tratamento. A disseminação da infecção pode afetar as articulações, mais freqüentemente a do joelho, causando uma artrite dolorosa.

Além das membranas mucosas genitais, outros locais podem ser bons meios de cultura para o crescimento dos gonococos. Se, por exemplo, eles são transferidos para os olhos através de mãos contaminadas, podem causar uma forma grave de conjuntivite que costuma espalhar-se pela córnea e causar graves perturbações à visão. Também através da cópula anal a membrana retal pode se tornar infectada, enquanto que a irritação da descarga purulenta pode infectar a glande e o prepúcio.

A inflamação aguda da próstata, dos testículos e da vesícula seminal pode causar febre com ou sem dor e inchaço do órgão afetado. Na infecção aguda da próstata, a passagem da urina e às vezes obstruída, pois a uretra sofre uma constrição em virtude da inflamação do tecido. Uma inflamação prolongada da próstata é circunstância favorável à reprodução bacteriana que alimenta a inflamação da uretra; com isso o processo infeccioso pode voltar à fase aguda, após uma cura aparente.

Na mulher. Enquanto que em homens a blenorragia é acompanhada de sintomas marcantes, o mesmo não acontece com as mulheres; nestas a infecção se desenvolve despercebida. Apesar disso, a moléstia é tão nociva para as mulheres quanto para os homens. As bactérias encontram locais propícios para se reproduzir nas muitas dobras do órgão genital feminino, alojando-se na membrana mucosa. Assim como nos homens, a uretra pode ser infectada; como nas mulheres a uretra é mais larga e curta, a infecção não é em geral muito dolorosa.

O segundo e mais importante local de infecção, atingido durante a relação sexual, é a membrana do colo uterino. A infecção pode não ser dolorosa, sendo acompanhada por um leve corrimento. Já a parede vaginal é local improvável para a fixação das bactérias pois na mulher adulta ela é recoberta por uma camada de células fortes e achatadas, que forma um ambiente desfavorável aos microorganismos. Depois do parto ou ato sexual, porém, a infecção pode estender-se de maneira aguda ou gradual à cavidade uterina, atingindo as trompas de Falópio e por vezes o ovário, afetando também o tecido conjuntivo de cada lado do útero. Esse avanço pode ter conseqüências graves, pois a inflamação pode causar constrição da trompa; a constrição de ambas as trompas pode tornar a mulher estéril. Muitas vezes a gonorréia confinada ao colo uterino se dissemina com o parto.

A blenorragia pode causar uma dolorosa inflamação das glândulas de Bartholin. Por outro lado, como as aberturas da vagina e do reto são próximas, é comum a infecção deste último pelos corrimentos infecciosos provenientes do colo uterino.

O grande perigo para as mulheres consiste na natureza insidiosa da doença, que pode não ser percebida por muito tempo, representando um risco não só para seu companheiro sexual, mas também para um bebê que nasça

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