TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

ESTRATIFAÇÃO DE RISCO DE IDOSOS

Ensaios: ESTRATIFAÇÃO DE RISCO DE IDOSOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/5/2013  •  4.134 Palavras (17 Páginas)  •  563 Visualizações

Página 1 de 17

ESTRATIFICAÇÃO DOS IDOSOS ASSISTIDOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): INSTRUMENTO DE GESTÃO PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA

Aline Ferreira de Souza¹

Camila R. de Figueiredo¹

Daiane Freitas Santos¹

Kelly Poliane D. Paulino¹

Maria Luiza Andrade¹

Cristiano Leonardo O. Dias²

¹ Acadêmicas do 6º período do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES;

² Professor Ms. do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (2005) definiu como idoso um limite de 65 anos em países desenvolvidos e 60 anos em países subdesenvolvidos. O aumento da população idosa é fato diagnosticado em diversas pesquisas estatísticas sobre a demografia brasileira. Dados do IBGE (2008) apontam um total de 8,9% de idosos na população brasileira, enquanto as projeções apontam já para o ano de 2025 um total de 15%. Diante de tal mudança social é necessário um planejamento de políticas públicas para adequação a essa nova realidade visando melhoria no processo do envelhecer.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi instituída pelo Governo Federal na implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem mostrado a importância de se usar a família e seu espaço social como núcleo central da abordagem no atendimento à saúde (RIBEIRO, 2001; PAVARINI et al., 2008). Nesse sentido, o Programa Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNPI), criado em 19 de outubro de 2006, estabelece como finalidade primordial manter a autonomia dos idosos e promover sua independência, direcionando medidas coletivas e individuais para este fim em consonância com os princípios e diretrizes do SUS.

Os gestores do SUS firmaram um compromisso em relação às prioridades que apresentam impacto sobre a saúde da população brasileira – o Pacto pela vida. Entre as prioridades pactuadas encontra-se a saúde do idoso. Dentre as estratégias estabelecidas no pacto estão a caderneta de saúde do idoso, o manual de atenção básica à saúde do idoso, o programa de educação permanente na área do envelhecimento, o acolhimento às pessoas idosas nas unidades de saúde, a assistência farmacêutica e a atenção diferenciada na internação e na atenção domiciliar (AGUIAR, 2011; BRASIL, 2006).

Fried et al. (2001) apontam que a fragilidade é um termo utilizado por profissionais da gerontologia e geriatria para indicar a condição de pessoas idosas que apresentam alto risco para quedas, hospitalização, incapacidade, institucionalização e morte. Entretanto, não há consenso sobre o significado de fragilidade e múltiplas definições têm sido utilizadas na literatura. O Ministério da Saúde (2008) define que idoso frágil é aquele que apresente alguma debilidade que afete o vigor físico e/ou mental.

Conforme a política do PNPI, para os idosos frágeis, aqueles que sabidamente estão em situação de incapacidade funcional e são dependentes, é sugerido o estabelecimento de atendimento domiciliar e a prevenção de complicações conforme previsto no Estatuto do Idoso. O estatuto regulamenta também que, em relação ao idoso independente, compete aos gestores fornecer ações de prevenção e promoção da saúde, reabilitação e preventiva atenção básica e social (BRASIL, 2006). Essa política define ainda que a atenção à saúde do idoso seja à luz da ESF, cuja competência é de intervenções que auxiliem na qualidade de vida dessa população (BRASIL, 2006).

A respeito da atenção básica ao idoso, Silvestre e Costa Neto (2003) discutem que as competências, as habilidades e as atribuições das equipes da ESF nos domicílios são de estar voltadas para a assistência integral, contínua e humanizada. Isso requer medidas especiais com o intuito de melhoria na qualidade de vida e da promoção de saúde: identificação dos agravos mais frequentes e sua intervenção, além de estratégias de ações de reabilitação voltadas à recuperação do paciente, respondendo às suas reais necessidades e mantendo o idoso o mais independente possível no desempenho de suas atividades diárias.

Visando essa melhoria da qualidade do acesso à atenção básica foi criado o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) e a Auto-avaliação para Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (AMAQ-AB). Segundo o Ministério da Saúde (2012) o AMAQ é a auto-avaliação no âmbito do PMAQ-AB que é percebida como o ponto de partida da melhoria da qualidade dos serviços, pois os processos auto-avaliativos comprometidos com a melhoria contínua da qualidade poderão potencializar outras estratégias da fase de desenvolvimento do PMAQ-AB. Já o PMAQ é um programa que procura induzir a instituição de processos que ampliem a capacidade das gestões federal, estaduais e municipais, além das equipes de atenção básica, em ofertarem serviços que assegurem maior acesso e qualidade, de acordo com as necessidades concretas da população. Esses mecanismos além de subsidiarem a qualidade da atenção básica como um todo abordam também a melhoria da assistência ao idoso que é o foco do presente estudo.

Para Munari e Bezerra (2004) os enfermeiros devem estar preparados para o exercício da gestão. Devem superar a dualidade existente entre a formação técnica e a necessidade social do profissional. Exige o desenvolvimento de habilidades específicas que permita aos profissionais tomar decisões individuais e em equipe, liderar com segurança, organizar o trabalho e colocá-lo a serviço dos usuários, planejarem ações, utilizar ferramentas e tecnologias gerenciais e, sobretudo, tornar o processo de gestão uma situação de aprendizado permanente para seu trabalho.

O grande desafio torna-se buscar e preparar as pessoas que ajudarão atingir os resultados, identificando e mapeando as competências essências e individuais, que vão garantir a manutenção do sucesso no presente e no futuro da profissão do enfermeiro e das organizações onde ele atua. Considera-se que é preciso os enfermeiros estarem alerta para mudanças na gestão das organizações, buscando o desenvolvimento na gestão e ampliando os conhecimentos.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (27.3 Kb)  
Continuar por mais 16 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com