ESTUDO EXPERIMENTAL DOS EFEITOS DO PRÉ-TRATAMENTO COM DIAZEPAM SOBRE A TOXICIDADE DO DDT
Trabalho Escolar: ESTUDO EXPERIMENTAL DOS EFEITOS DO PRÉ-TRATAMENTO COM DIAZEPAM SOBRE A TOXICIDADE DO DDT. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: patyfontoni • 2/4/2014 • 1.634 Palavras (7 Páginas) • 739 Visualizações
INVESTIGAÇÃO
ESTUDO EXPERIMENTAL DOS EFEITOS
DO PRÉ-TRATAMENTO COM DIAZEPAM
SOBRE A TOXICIDADE DO DDT
SAMUEL SCHVARTSMAN
RESUMO
O pré-tratamento de ratos Wistar com
10 mg/kg/dia de diazepam durante 3 dias
foi associado com uma diminuição da sintomatologia
tóxica e dos efeitos letais do
DDT administrado em doses superiores à
DL50, possivelmente devido ao estímulo do
sistema enzimático metabolizador de drogas
do microssomo hepático. Tal resultado
é mais um dado a favor do emprego deste
medicamento na intoxicação por DDT e inseticidas
organoclorados correlatos e justifica
estudo de possíveis inter-relações do
diazepam com outras drogas administradas
concomitantemente em terapêutica pediátrica.
Diazepam ou 7-cloro-1,3-diidro-1-metil-5-
fenil-2H-1,4-benzodiazepina-2-ona é um agente
psicoterapêutico da classe 1,4-benzodiazepina.
Seus efeitos farmacológicos foram amplamente
descritos por Randall & cols.12- destacando-
se suas propriedades tranqüilizantes,
miorrelaxantes e anticonvulsivantes. A atividade
anticonvulsivante confirmada em experiências
de laboratório 4 *8 > 13> é um dos motivos
de seu largo uso em clínica, particularmente
em pediatria. Nesse sentido, além do
emprego nas convulsões infantis de qualquer
origem, o medicamento é recomendado no tratamento
das crises convulsivas de etiología
tóxica, especialmente por organoclorados14>
dos quais o DDT é um dos mais expressivos.
Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo.
1 Professor Adjunto de Pediatria. Chefe da Toxícologia.
Aceito para publicação em 15 de agosto de 1978.
No entanto, em alguns centros ainda se
indicam os barbitúricos para o tratamento das
convulsões induzidas por estes compostos, tomando
por base não apenas seus reconhecidos
efeitos anticonvulsivantes como também
suas propriedades estimuladoras do sistema
enzimático desentoxicador hepático.
Considerando, porém, que a administração
de barbitúricos para estas finalidades,
implica riscos ponderáveis, bem menores
quando são empregados os diazepínicos, é
justificável investigar se estes também apresentam
alguma ação estimuladora sobre o
sistema metabolizador hepático. Acresce ainda
que, tendo em conta o extenso uso dos
diazepínicos, a determinação destes efeitos é
de importância em terapêutica pediátrica, pois,
se confirmada a influência sobre a atividade
enzimática, poder-se-ia explicar possível comportamento
peculiar de outras drogas administradas
simultaneamente.
Material e métodos
Ratos de raça Wistar, pesando 170 ± 30
g, alimentados ad libitum com ração apropriada,
colocados em gaiolas em ambiente livre
de pesticidas, foram divididos em 5 grupos:
A, B, C, D e E, cada um dos quais compreendendo
10 animais, sendo metade de cada sexo.
Os animais do grupo A receberam 10
mg/kg/dia de diazepam, uma vez por dia durante
3 dias. No grupo B, após tratamento
idêntico, administrou-sç depois de 24 horas
DDT na dose de 120 mg/kg; no grupo C, após
administração apenas do veículo do diazepam
em volume igual ao usado nos grupos anteriores,
os animais receberam também 120
mg/dia de DDT. No grupo D, após pré-tratamento
de 3 dias com 1ff mg/kg/dia de diazepam,
administraram-se 250 mg/kg de DDT e
no grupo E usou-se a mesma dose de DDT
após pré-tratamento com veículo do diazeparn.
O medicamento puro, sob a forma de pó,
era dissolvido em carboximetilcelulose na
proporção de 0,5% (v/v) e administrado por
entubação gástrica. DDT técnico (mais de
95% de pp'—DDT) era dissolvido em óleo. de
oliva na proporção de 50 mg/ml e administrado
por entubação gástrica, em dose única.
Os animais
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