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Ecologia

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Por:   •  29/4/2014  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  681 Visualizações

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Ecologia

Ecossistemas: a complexa relação entre

seres vivos e não vivos nos ambientes

Na exploração dos recursos naturais, necessária para nossa sobrevivência e para a manutenção de nosso modo de organização social, o ideal é que as ações sejam empreendidas de forma a provocar o menor dano possível ao meio ambiente, não é mesmo? É por essa razão que ouvimos falar cada vez mais em “desenvolvimento sustentável”, compromisso com o meio ambiente”, “espécies nativas”, “uso responsável dos meios naturais”. Essas são expressões que demonstram a preocupação atual em buscar a interação ideal entre o ser humano e o meio ambiente.

Isso, certamente, não é novidade para você. A própria ideia de “desenvolvimento sustentável” não lhe deve ser desconhecida, mesmo que você não saiba ao certo como caracterizá-la. Sem nos atermos a informações mais detalhadas – e a um tanto de polêmica também – a respeito do que é desenvolvimento e sob quais critérios podemos qualificá-lo como sustentável, intuitivamente podemos afirmar que compreendemos por desenvolvimento sustentável algo semelhante à seguinte definição:

Desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprome-ter a habilidade das futuras gerações de atender às próprias necessidades. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1987 apud ONU, 2011).

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Esse conceito foi registrado originalmente no documento intitulado Nosso futuro comum, conhecido como Relatório Brundtland, produzido pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, órgão da Organização das Nações Unidas – ONU. Essa definição aponta para a preocupação em atender às necessidades presentes e futuras da humanidade, mas não esclarece quais necessidades do presente e do passado são garantidas pelo desenvolvimento sustentável. Dessa forma, podemos perguntar: referem-se à alimentação, à moradia, ao saneamento básico ou a aspectos mais relacionados à ordem econômica? E ainda: de que maneira podemos prever do que necessitaremos no futuro?

Dada a indeterminação dessa definição, o conceito em questão passou por várias reformulações com vistas a torná-lo mais preciso. Assim, definiu-se que o desenvolvimento sustentável é decorrente do equilíbrio entre as esferas social, econômica e ecológica. As necessidades a serem satisfeitas referem-se, portanto, a aspectos socioeconômicos e ambientais.

Aprofundando a tríade sobre a qual o desenvolvimento sustentável se equilibra, Sachs (2002) propõe os seguintes critérios para a sustentabilidade: sociais, culturais, ecológicos, ambientais, territoriais, econômicos e políticos (nacionais e internacionais).

Com esses critérios, busca-se analisar aspectos mais amplos, relativos à constituição e às características das comunidades. Como são considera-dos elementos sociais, culturais, territoriais e políticos, concebem-se, entre muitos outros fatores, diferenças no desenvolvimento sustentável de dife-rentes regiões geográficas. Dessa forma, a sustentabilidade é, simultanea-mente, universal – pois, para ocorrer, precisa abranger todos os oito crité-rios – e específica – porque considera as particularidades de cada local.

Mais adiante, veremos detalhadamente alguns casos de interferência ambiental que não considera todos esses critérios e as consequências decorrentes disso. Por ora, a fim de subsidiar o raciocínio desenvolvido na sequência, procure considerar em hipótese a situação descrita a seguir.

Suponha que a subsistência de boa parte dos moradores da cidade onde você vive dependa da cultura de um vegetal muito valorizado comercialmente, mas também muito sensível a pragas, o que ocasiona problemas financeiros para os produtores e interfere negativamente na economia do município.

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Então, uma parte dos produtores de sua cidade, após levantar algumas informações, descobre que há um predador natural, mas não nativo, capaz de minimizar os efeitos devastadores das pragas nas plantações. No entanto, a ciência desconhece o efeito da introdução de tal predador em ambientes como o de sua cidade.

Se os produtores decidirem introduzir esse predador no ambiente, qual/quais dos oito critérios propostos por Sachs – sociais, culturais, ecológicos, ambientais, territoriais, econômicos e políticos (nacionais e internacionais) – estará/estarão sendo mais valorizado(s) em detrimento dos outros? Que tipo de consequências essa atitude pode trazer para sua cidade? Que alternativa poderia ser buscada?

Para refletirmos mais sobre essas questões, estudaremos, a seguir, alguns conceitos que nos auxiliam a entender melhor as relações entre os seres e o ambiente anteriormente descritas e certos casos reais que demonstram como alguns grupos sociais reagiram diante de impasses semelhantes.

Casos de interferência ambiental:

espécies exóticas e espécies nativas

Observe as imagens reproduzidas a seguir. Você conhece algum desses seres vivos?

Tatuzinho de jardim, carpa, pardal, beijinho, copo-de-leite e hortênsia – todos esses seres, tão comuns nos ambientes em que costumamos circular, são exemplos de espécies exóticas.

Sasha Beck/Juha Soininen/Michal Trochimiak/Ibon San

Martin/Adriana Herbut/Stock.XCHNG e Pedro Oliveira

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Espécies exóticas – “(...) espécies de plantas, animais ou microrganismos introduzidos

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