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Elementos Anormais Do EAS

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Por:   •  17/9/2014  •  2.201 Palavras (9 Páginas)  •  465 Visualizações

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Elementos anormais e sedimento – EAS

Exame Físico

ASPECTO

A urina normal recém-emitida é transparente ou com pouca opacidade devido à precipitação de fosfatos e uratos amorfos, carbonatos, cristais de oxalato de cálcio e de ácido úrico. Também pode haver opacidade normal pela presença de muco ou células epiteliais, principalmente em mulheres.

A turvação na urina, em geral, resulta da presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias e cristais amorfos. E, com menor freqüência, da presença de lipídios, muco, linfa, cristais, leveduras e matéria fecal.

COR

A cor amarela normal da urina se deve à presença de um pigmento denominado urocromo, produto do metabolismo endógeno. Em uma amostra recém-emitida, a intensidade da cor pode fornecer uma estimativa aproximada da concentração urinária. As diferenças de tom (pálido ou escuro) são normais devido às variações do estado de hidratação do paciente.

As colorações anormais da urina são numerosas. As mais freqüentes são o vermelho, variando de rosado a negro pela presença de sangue, hemoglobina ou mioglobina, e o amarelo-escuro ou âmbar pela presença anormal do pigmento bilirrubina.

DENSIDADE

O volume e a concentração de solutos excretados na urina são controlados pelo rim, que assim mantém a homeostase dos fluidos e eletrólitos corpóreos. A densidade é definida pela habilidade renal em controlar a concentração e diluição da urina. Esse complexo processo de reabsorção muitas vezes é a primeira manifestação de uma lesão renal. A densidade de uma amostra é definida não só pelo número de partículas presentes, mas também por seu tamanho. E os principais responsáveis por essa densidade são a uréia, os cloretos e os fosfatos. Quando presentes, a glicose e os contrastes radiológicos também elevam de forma importante a densidade urinária. Em amostras normais, colhidas ao acaso, a densidade média varia entre 1.015 a 1.025. Para urinas com densidade de 1.010, usa-se o termo isostenúria; para valores abaixo de 1.010, hipostenúria; e para os valores acima, hiperestenúria.

Exame Químico

PH URINÁRIO

Em geral, o pH da urina varia entre 4,5 e 8. Valores de pH acima de 8 ou abaixo de 4,5 não são fisiologicamente possíveis, não sendo por isso avaliados no exame da urina por fitas reagentes. Um pH 9 está associado à conservação incorreta da amostra.

O pH urinário aumenta em dietas ricas em frutas e vegetais, alcalose metabólica sem perda de potássio, vômitos prolongados, alcalose respiratória, infecção do trato urinário por microrganismos que utilizam a uréia (por exemplo: Proteus spp., Pseudomonas spp.), após refeições, acidose tubular renal, síndrome de Fanconi e terapia alcalina.

Diminui em dietas ricas em proteínas, acidose metabólica (por exemplo: acidose diabética), alcalose metabólica por perda de potássio, acidose respiratória, infecções do trato urinário por Escherichia coli, dietas hipoclóricas e diarréias severas.

PROTEÍNAS

O aumento da quantidade de proteínas na urina (proteinúria) é, com freqüência, o primeiro indicador de doença renal. A proteinúria, no entanto, não é uma característica exclusiva de todas as doenças renais; outras condições não renais também podem aumentar essa excreção de proteínas. Classificada em quatro categorias – pré-renal, glomerular, tubular e pós-renal –, a proteinúria tem como principais causas patológicas a lesão da membrana glomerular, reabsorção tubular deficiente, mieloma múltiplo, proteinúria ortostática, pré-eclâmpsia e doenças renais decorrentes do diabetes mellitus. Freqüentemente, a proteinúria está associada à hemoglobinúria e ao achado de cilindros, hemácias e leucócitos no exame microscópico. Entretanto, na presença de um pequeno número de cilindros ou hemácias, é possível haver resultados negativos para proteinúria. Quando a albumina está presente, o resultado é semiquantitativo e expresso em cruzes. A análise quantitativa e a interpretação de seus valores estão descritas no capítulo de Bioquímica.

GLICOSE

A quantidade de glicose presente na urina depende de seus níveis no sangue, da taxa de filtração glomerular e do grau de reabsorção tubular. Geralmente, ela aparece na urina quando seus níveis sangüíneos são superiores a 180mg/dL. Seus volumes no sangue costumam variar ao longo do dia e é normal a glicosúria após uma refeição rica em glicose.

Em um adulto em jejum, seu nível na urina varia de 2mg a 20mg por 100mL. É importante lembrar que a primeira urina da manhã nem sempre representa uma amostra de jejum, de modo que o paciente deve ser instruído a esvaziar a bexiga e colher a segunda amostra.

As causas de glicosúria são diabetes mellitus, doenças que afetam a reabsorção tubular (como síndrome de Fanconi e doença renal avançada), casos de hiperglicemia não diabética (como as lesões do sistema nervoso central, pancreatite e distúrbios da tireóide) e outras.

Quando a glicose está presente na urina, o resultado é expresso em cruzes. A pesquisa por fita reagente tem sensibilidade a partir de 50mg/dL. Mesmo em concentrações elevadas, a influência do ácido ascórbico é consideravelmente eliminada neste método já que, quando a glicose se apresenta a partir de 100mg/dL, não serão prováveis falso-negativos.

CETONAS

As cetonas, que compreendem o ácido acetoacético, a acetona e o ácido beta-hidroxibutírico, são formadas durante o catabolismo dos ácidos graxos. Normalmente, sua quantidade na urina é indetectável. Pode-se detectá-las quando há um comprometimento na utilização de carboidratos como principal fonte energética e as reservas de gordura precisam ser metabolizadas para gerar energia. A cetose pode ser encontrada em condições associadas à diminuição da ingesta de carboidratos, redução da utilização de carboidratos (diabetes mellitus), distúrbios digestivos, eclâmpsia, dietas desbalanceadas, vômitos e diarréia. Quando presente, o resultado é expresso em cruzes.

BILIRRUBINA

Mostra-se elevada nas condições em que a bilirrubina conjugada aumenta no soro. As pesquisas de bilirrubina e de urobilinogênio urinários são úteis no diagnóstico diferencial das icterícias. A bilirrubinúria está presente nas icterícias obstrutiva e parenquimatosa, e ausente nas icterícias hemolíticas.

Sensibilidade

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