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Esquistossomose é uma infecção

Relatório de pesquisa: Esquistossomose é uma infecção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/10/2013  •  Relatório de pesquisa  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  743 Visualizações

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ESQUISTOSSOMOSE

O que é?

Infecção causada por verme parasita da classe Trematoda. Ocorre em diversas partes do mundo de forma não controlada (endêmica). Nestes locais o número de pessoas com esta parasitose se mantém mais ou menos constante. Os parasitas desta classe são cinco, e variam como agente causador da infecção conforme a região do mundo. No nosso país a esquistossomose é causada pelo Schistossoma mansoni.

Histórico:

A esquistossomose é uma doença conhecida desde a antiguidade. O exame de múmias do antigo Egito revelou lesões produzidas pela doença. Em 1852, Bilharz descobriu o verme causador da doença, Schistosoma. Posteriormente, verificou-se a existência de cinco espécies de Schistosoma, que causam a doença ao homem: S.mansoni, S.haematobium, S.japonicum, S. intercalatum e S.mekongi. (este último descoberto mais recentemente). No Brasil, a transmissão da doença teve início com a chegada dos escravos africanos que se localizaram em áreas onde existia caramujo-planorbídeo. A descoberta dos primeiros casos aconteceu em 1951. (Pirajá da Silva)

Agente etiológico:

No Brasil, o agente causador da esquistossomose é o Schistosoma mansoni. Os vermes adultos vivem dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem doente; alcançam até 12 mm de comprimento por 0,44 mm de diâmetro.

Distribuição:

Ocorre em várias partes do mundo, principalmente na região do Oriente próximo (Israel, Arábia Saudita, Iêmen, Iran, Iraque), grande parte da África (Egito, Líbia, Moçambique, Camarões, Nigéria, Angola, etc), Antilhas (Porto Rico, República Dominicana) e América do Sul (Venezuela e Brasil). No Brasil, apresenta ampla distribuição, atingindo Estados do Norte (Pará, Rondônia), todo o Nordeste brasileiro, região Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo), aSul (Paraná e Santa Catarina) e no Centro-Oeste (Goiás e Distr região ito Federal).

Outros nomes:

• Xistosa

• Doença do caramujo

• Barriga dágua

• Esquistossomose

• Xistosomose

• Bilharzíose

Hospedeiro intermediário:

Caramujo do gênero Biomphalaria. É um molusco de água doce chamado planorbídeo - conhecido popularmente por caramujo. Esse molusco tem a concha em espiral, com as voltas ou giros no mesmo plano, recebendo por isso a denominação de planorbídeo. Os caramujos ou planorbídeos criam-se e vivem na água doce de corrégos, riachos, valas, alagados, brejos, açudes, represas ou outros locais onde haja pouca correnteza. Os caramujos jovens alimentam-se de vegetais em decomposição e folhas verdes. Os caramujos põem ovos, dos quais, depois de alguns dias, nascem novos caramujos que crescem e tornam-se adultos. Das várias espécies de caramujos existentes três mostraram-se capazes de infectar-se com o S.mansoni: Biomphalaria tenagophila, B.glabrata e B. straminea.

HOSPEDEIRO PRINCIPAL:

O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza, no homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte.

Ciclo evolutivo:

Desenvolve-se em duas fases uma no interior do caramujo e outra no interior do homem:

No interior do caramujo: O homem, quando doente, elimina ovos do verme pelas fezes. Estes, em contato com a água, rompem-se e libertam o miracídio que é a larva ciliada, que nada ativamente, penetrando no caramujo. No caramujo, realiza-se um processo de desenvolvimento, e que ao final de vinte a trinta dias atinge a última fase larvária que são as cercárias, iniciando a sua eliminação. Estas nadam ativamente, podendo permanecer vivas por algumas horas, dependendo das condições ambientais, que vão penetrar na pele de pessoas, a penetração ocorre em lugares úmidos, como, por exemplo, córregos, lagoas, riachos, etc, iniciando a fase no homem: ocorre em seguida ao abandono desses hospedeiros, que, livres podem penetrar no homem através da pele, Quando este parasita começa a habitar no interior do hospedeiro definitivo, ele pode se fixar no fígado, na vesícula, no intestino ou bexiga do homem, causando, desta forma, vários problemas nos órgãos.

Como se adquire?

Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água, estas se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta, que ao permanecer na água contaminam o homem. No sistema venoso humano os parasitas se desenvolvem até atingir de 1 a 2 cm de comprimento, se reproduzem e eliminam ovos. O desenvolvimento do parasita no homem leva aproximadamente 6 semanas (período de incubação), quando atinge a forma adulta e reprodutora já no seu habitat final, o sistema venoso. A liberação de ovos pelo homem pode permanecer por muitos anos.

O que se sente?

No momento da contaminação pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com coceira e vermelhidão, desencadeada pela penetração do parasita. Esta reação ocorre aproximadamente 24 horas após a contaminação. Após 4 a 8 semanas surge quadro de febre, calafrios,

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