Estresse Na Enfermagem
Artigo: Estresse Na Enfermagem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucyannadatti • 6/10/2014 • Artigo • 1.304 Palavras (6 Páginas) • 424 Visualizações
Estresse e Depressão
O stress é uma reação que possui componentes físicos, psicológicos, mentais e hormonais que pode se desenvolver frente a situações que representem um desafio para o indivíduo. Devido à ação perfeitamente integrada do stress sobre todo o organismo humano, seus sintomas podem ter uma caracterização somática ou psicológica. Algumas das manifestações físicas do stress são mais conhecidas e reconhecidas como tendo na sua gênese o stress como fator desencadeante, tais como doenças gastrointestinais, cardiovasculares, respiratórias, músculo-esqueléticas, dermatológicas e imunológicas. Porém, menos conhecidas são as conseqüências psicológicas do stress excessivo, tais como ansiedade difusa ou generalizada, insônia, esquizofrenia, episódios maníaco-depressivos e depressão.
Por causa das suas consequências, às vezes devastadoras, é muito importante que atenção especial seja dada a este assunto. A depressão é considerada como a condição que mais sofrimento traz ao ser humano. É capaz de destruir a felicidade e a qualidade de vida de qualquer pessoa. Reduz a criatividade e a produtividade do ser humano, tira a vontade de viver e interagir com os outros. Pessoas com depressão vivem a vida pela metade, como se todas as cores e todas as alegrias ao seu redor estivessem cobertas por um filó escuro. O depressivo sabe que as cores estão ali embaixo desta coberta de névoa, porém ele não consegue usufruir de sua beleza. Como a habilidade intelectual é inafetada, a pessoa sofre mais ainda por saber que a alegria está ali disponível e que ele dela não consegue usufruir.
Estima-se que a depressão seja responsável por uma grande parte das 70.000 pessoas que tentam o suicídio anualmente nos EUA. De acordo com as estatísticas do National Institute of Health, cerca de 125.000 pessoas são internadas anualmente com o diagnóstico de depressão. No Brasil, Nardi(1998) estima que haja cerca de 54 milhões de pessoas que um dia experimentarão depressão, sendo que 7,5 milhões terão episódios agudos e graves, até com risco de suicídio. Estima-se que a depressão atinja 15% dos homens e 25% das mulheres, sendo que nas mulheres a depressão é cerca de 50% mais diagnosticada do que os homens.
Atualmente, se sabe que a depressão – chamada de “transtorno do humor” – pode ser de origem biológica, o que envolve uma predisposição genética. Ela pode ocorrer em associação a determinadas medicações; estar associada a outras doenças; ter como base práticas parentais inadequadas e cognições distorcidas e também ter em sua etiologia o fator stress como elemento desencadeador.
O quadro a seguir mostra os pontos em comum entre stress e depressão.
Quadro 1:
Sintomas em comum do stress em fase avançada e dos transtornos de humor:
- Sensação de cansaço e desgaste;
- Diminuição da libido;
- Dificuldades com a memória;
- Autodúvidas;
- Hipersensibilidade emocional;
- Vontade de fugir de tudo;
- Inabilidade de concentração;
- Dificuldade de tomar decisões;
- Confusão mental.
Os sintomas do Quadro 1 compõem um subquadro do diagnóstico do stress: a depressão.
Na verdade, a depressão enquanto sintoma do stress está relacionada às condições de adaptação do momento. Quando a necessidade de adaptação ultrapassa os recursos internos da pessoa, o quadro do stress evolui para a Fase de Quase-exaustão e, posteriormente, para a Exaustão.
Para tornar claro o processo de desenvolvimento do stress é necessário considerar que o quadro sintomatológico do stress varia dependendo da fase em que se encontre.
Fase Inicial:
Alarme: é o estimulo inicial desencadeado sempre que o cérebro independe de nossa vontade, interpreta algumas situações física ou psicológica como ameaçadora.Ocorre uma forte descarga de adrenalina com reflexos imediatos no aparelho respiratório, que dilata os brônquios e causa respiração ofegante, e no sistema circulatório, causando taquicardia e pressão alta. Ocorre também frieza nas mãos e pés, tensão nos músculos, inibição da digestão e da produção de saliva, que deixa a boca seca. Se a pessoa consegue enfrentar o estimulo que está causando o estresse, eliminando-o ou aprendendo a lidar com ele, o organismo volta ao equilíbrio normal, mas se não enfrentado evolui para outras fases.
Fase Intermediaria :
Resistencia: é a fase que o organismo adquire a capacidade de se adaptar aos estímulos que estão causando o estresse. Geralmente existem três tendências naturais: lutar, fugir e acomodar-se. Caso não haja resistência o organismo se ressente e começa a apresentar como sintomas redução da resistência as infecções, sensação de degaste provocando cansaço e lapsos de memoria, supressão de varias funções corporais relacionadas à sexualidade como queda da produção de espermatozoides, impotência, diminuição do desejo sexual, falhas na ovulação, desequilíbrio ou supressão do ciclo menstrual e outras.
Fase Final:
Exaustão:com a persistência dos estímulos estressores, ocorre um esgotamento da capacidade de adaptação e a consequente perda do equilíbrio do organismo. A descarga de adrenalina passa a ser frequente, não dando tempo ao organismo para se equilibrar causando distúrbios e doenças que podem causar danos. Alguns desses distúrbios são: taquicardia, alergia, psoríase, caspa e seborreia, hipertensão, debate, herpes, infecções graves, problemas respiratórios como asma, rinite e tuberculose pulmonar, alterações no sono (insônia ou sono em excesso), dificuldade de aprendizagem, bruxismo, alterações no comportamento sexual e outros.
Causas
Os chamados estressores podem ser:
Internos: da própria pessoa, ligados a características de personalidade, como perfeccionismo, pressa, querer fazer tudo ao mesmo tempo.
Externos: do ambiente. Mudanças em
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