Eutanásia Versus Ortotanásia

Os profissionais da saúde que trabalham diariamente dentro de hospitais estão acostumados a lidar rotineiramente com a morte e não raramente com o sofrimento dos pacientes. Por isso, a prática da eutanásia é assunto presente na vida desses profissionais. A eutanásia é conceituada como o ato de abreviar a morte de um paciente com o intuito de diminuir o seu sofrimento. Esta pode ser ativa, quando é um desejo do paciente ou passiva, quando é realizada sem consultar a vítima. No Brasil a eutanásia é considerada crime e aquele que cometê-lo será devidamente punido.

Outro termo conhecido no meio da saúde é a distanásia, que consiste em prolongar o sofrimento do paciente através de tratamentos considerados fúteis. Nesse caso não há o prolongamento da vida e sim um adiamento da morte causando maior dor e sofrimento ao paciente.

Os profissionais da saúde, em especial da enfermagem, lidam com o sofrimento diário desses pacientes e lutam por condições mais dignas para estes no momento da morte. A ortotanásia é a morte no tempo certo, sem prolongamento ou abreviamento, porém cuidando para que o paciente sinta a menor dor e sofrimento possíveis. Os cuidados paliativos buscam esse conceito de ortotanásia, considerando que a morte é inevitável em alguns momentos, porém pode ocorrer da forma mais digna possível. O conhecimento sobre o assunto e a comunicação entre a equipe multiprofissional podem ajudar no estabelecimento da ortotanásia nas instituições de saúde.