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Fisiologia

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Por:   •  28/3/2015  •  1.220 Palavras (5 Páginas)  •  1.223 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA

DISCIPLINA: FISIOLOGIA PARA ENFERMAGEM

CURSO: ENFERMAGEM

PROF: DR. ACÁCIO SALVADOR VERAS E SILVA

ASPECTOS FUNCIONAIS DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

Thalita Alves Teixeira

Teresina-PI

Março – 2015

INTRODUÇÃO

Uma das principais funções do tecido muscular é a realização de movimentos. Existem três tipos de tecido muscular no corpo humano: músculo estriado esquelético, músculo estriado cardíaco e músculo liso, porém será abordado apenas o músculo esquelético. Estes representam cerca de 40% do peso corporal e são responsáveis pelo posicionamento do esqueleto, como seu nome sugere, e estão usualmente unidos aos ossos por tendões formados de colágeno. A unidade funcional do tecido muscular estriado esquelético é a fibra muscular, uma célula larga e cilíndrica, multinucleada e visível em microscopia de luz. Um grupo de fibras musculares, que funcionam em conjunto com o neurônio motor que as controla é denominado unidade motora. (GUYTON,2006)

Cada fibra muscular contém um milhão de miofibrilas ou mais que ocupam quase todo o volume intracelular. Esta é composta de vários tipos de proteínas, principalmente as contráteis, actina e miosina. Sobrepostas estas realizam a contração muscular, processo notável que permite mover ou resistir a uma carga e que exige gasto de energia via ATP. (SILVERTHORN, 2003)

O presente relatório objetiva através da aula prática demonstrar aspectos do músculo esquelético advindos da contração muscular propiciando o estudo das propriedades fisiológicas, como a relação da tensão com o comprimento do músculo, geração de força estímulo dependende, princípio de somação e tétano e eletromiografia e força de contração.

MATERIAL E MÉTODO

Vide roteiro de práticas, página 13.

RESULTADOS

Gráfico 1: Geração de força estímulo dependente. Teresina-PI.

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

Gráfico 2: Relação comprimento- tensão. Teresina-PI.

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

Figura 1: Princípio da somação e tétano, 500 ms. Teresina PI.

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

Figura 2: Princípio da somação e tétano, 250 ms. Teresina-PI.

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

Figura 3: Princípio da somação e tétano, 130 ms.

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

Figura 4: Princípio da somação e tétano, 80ms. Teresina-

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

Figura 5: Princípio da somação e tétano, 70 ms. Teresina-PI.

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

Gráfico 3: Eletromiografia e força de contração. Teresina-PI.

Fonte: Laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí, acadêmicos de enfermagem, 2015.1.

DISCUSSÃO

1.GERAÇÃO DE FORÇA ESTÍMULO DEPENDENTE.

Segundo Houssay quando aplica-se estímulos elétricos de intensidade progressivamente maiores podem medir as contrações obtidas do músculo. As fibras musculares obdecem a lei do tudo ou nada, isto é, em resposta aos estímulos elas contraem, e quando o fazem atingem sua intensidade máxima, como no exemplo do gráfico 1, em que a voltagem é 1,2 e a tensão aplicada é 358.5. A menor intensidade suficiente para desencadear uma contração de uma célula muscular é seu limiar de excitação. Uma vez tendo sido alcançado, e mesmo que tenha sido ultrapassada, a intensidade da contração obtida não se altera como no exemplo em que a voltagem é 0.2 e a tensão aplicada é de 42.7.

Aumentando-se a intensidade do estímulo aplicado, nos exemplos do gráfico 1, mais e mais células passam a se contrair, aumentando gradativamente a intensidade da contração obtida, esse aumento denomina-se recrutamento. Portanto, aumenta o número de células que se contraem e não a intensidade da contração executada por cada uma delas.

2. RELAÇÃO COMPRIMENTO-TENSÃO.

O gráfico 2 mostra a relação do comprimento muscular com sua tensão ( força criada pela contração muscular).

Segundo Silverthorn se o músculo começa sua contração em um comprimento muito curto, 26mm, o sarcômero não pode encurtar muito antes dos filamentos de miosina deslizarem para dentro dos discos Z em cada extremidade, consequentemente os filamentos espessos são incapazes de encontrar novos sítios de ligação para a formação de pontes cruzadas, e assim a tensão diminui, como no gráfico 2, para 22g. Já no sarcômero de comprimento ótimo, os filamentos começam a contrair um maior número de ligações das pontes cruzadas entre os filamentos grossos e finos, permitindo a fibra gerar uma força ótima de contração, como no gráfico em que o comprimento é 28mm e a tensão 35g.

Ainda de acordo com Silverthor se as fibras começam com uma contração num sarcômero muito comprido, os filamentos grossos e finos são apenas sobrepostos, formando poucas pontes cruzadas. Isto significa que na parte inicial da contração, os filamentos deslizantes podem agir somente minimamente, consequentemente não podem gerar muita força de contração, como no gráfico em que o comprimento do músculo é de 30 00 e a tensão sobre este é de 22 g.

3. PRINCÍPIO DE SOMAÇÃO E TÉTANO.

As figuras, 1, 2, 3 ,4 e 5 mostram a geração da força de contração de acordo com o intervalo de tempo.

Na figura 1, a partir dos dados de Silverthorn explica-se que se os potenciais de ação repetidos são separados por um longo intervalo de tempo, as fibras musculares tem tempo para relaxar completamente entre os estímulos recebidos. Já quando o intervalo de tempo diminui, como na figura 2, a fibra muscular não terá relaxado completamente no momento em que ocorre o segundo estímulo, resultando em uma contração mais forte, esse processo chama-se somação. A figura 3 mostra os potenciais de ação em contínuo estímulo as fibras musculares repetidamente a intervalos curtos ( alta frequência), que segundo Silverthorn, o relaxamento entre as contrações diminui até que as fibras musculares alcancem um estado de contração máxima, chamado tetania.

A figura 4, segundo Silverthorn, mostra a tetania incompleta ou não fundida,onde a taxa do estímulo da fibra muscular é mais lenta e a fibra relaxa levemente entre os estímulos. A figura 5 mostra a tetania completa ou fundida, em que a taxa de estímulo é rápida o suficiente para que a fibra muscular não tenha tempo de relaxar. A fibra muscular alcança a tensão máxima permanece nesse ponto.

4. ELETROMIOGRAFIA E FORÇA DE CONTRAÇÃO.

De acordo com Houssey,a eletromiografia é uma técnica que permite realizar o processamento dos sinais elétricos gerados pela despolarização das células musculares, possibilitando a análise muscular durante o movimento. No gráfico 3 o aumento da pressão eleva a atividade eletromiográfica, notando-se então que uma quantidade maior de fibras são estimuladas a medida que apressão aumenta.

CONCLUSÃO

A análise comportamental do músculo através de estímulos artificiais mediante testes feitos em sala de aula possibilitou o entendimento das propriedades musculares, sob o aspecto funcional, das diversas respostas geradas pelo tecido muscular por meio da variação dos estímulos a este colocados.

O experimento permitiu verificar a interação entre as miofibrilas de actina e miosina realizando a contração muscular onde gerou diferentes respostas musculares de acordo com o estímulo a ele imposto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOUSSEY, B.A. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan, 1984.

GUYTON, A. C. & HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 11.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006, 1128p.

SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: Uma abordagem integrada. 2 ed. São Paulo, Manole, 2003.

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