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Fisiologia Hepática

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Por:   •  26/5/2014  •  Seminário  •  4.365 Palavras (18 Páginas)  •  671 Visualizações

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Fisiologia Hepática

O fígado é a maior víscera do corpo humano. É responsável pela síntese e metabolismo de várias substâncias. O fígado participa não só de funções digestivas, através da síntese e secreção de sais biliares, como também é essencial na regulação do metabolismo dos carboidratos, proteínas e

lipídios; no armazenamento de substâncias e na degradação e excreção de hormônios.

Palavras-chave: sais biliares, função hepática, síntese hepática.

Fisiologia Hepática

O fígado é a maior víscera do corpo humano, desempenhando grande número de funções vitais à saúde do organismo. A compreensão da fisiologia hepática é fundamental para a análise dos processos patológicos que acometem o órgão.

A secreção de bile é a principal função digestiva do fígado, além disso, o fígado é essencial naregulação do metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios, no armazenamento de substâncias e na degradação e excreção de hormônios. Outras funções incluem a transformação e excreção de drogas, a hemostasia e o auxílio à resposta imune. Nessa apresentação, abordaremos as principais funções do fígado no controle e na regulação da homeostasia.

Metabolização de Bilirrubinas

O metabolismo da bilirrubina pode ser subdividido em captação, armazenamento, conjugação e secreção hepática, nas quais se encontram envolvidos carries específicos ou enzimas cujas atividades podem ser alteradas causando processos patológicos. A bilirrubina não conjugada (BNC) é produzida pelo catabolismo do heme da hemoglobina e de outras hemoproteínas, como o citocromo P-450. Dos 64,6 ± 10,2 nmol/kg de bilirrubinas produzidos diariamente, 75 a 80% resultam da hemoglobina liberada durante a eliminação dos glóbulos vermelhos “envelhecidos” no sistema retículo-histiocitário, especialmente no baço, de onde é posteriormente transportado para o fígado pela circulação esplênica.

A solubilização da BNC no plasma e linfa é conseguida através da formação de fortes ligações com a albumina e na bile por estabelecimento de interações fracas com os sais biliares, micelas mistas e vesículas lipídicas. Por isso, a excreção renal da BNC é limitada, devido à ligação com a albumina, razão pela qual é eliminada, sobretudo pelo fígado.

Nos hepatócitos, a BNC é convertida em formas conjugadas, através de ligações principalmente ao ácido glucurônico, podendo originar monoglucuronídeos e diglucuronídeos de bilirrubina Transportada através

dos canalículos, a BNC (mas não a bilirrubina conjugada) aparenta ser reabsorvida na árvore biliar. Portanto, para que haja uma excreção da bilirrubina pela bile é indispensável a sua biotransformação em conjugadas.

Assim, a BNC constitui mais de 96% da bilirrubina total do plasma, mas encontra-se em menos de 3% na bile normal A conjugação de compostos fracamente polares e pouco solúveis em água pelo hepatócito constitui um

dos processos de biotransformação crucial para a sua de toxicação e posterior secreção para a bile. A eliminação dessas substâncias pelas fezes e urina é igualmente possível graças a processos semelhantes existentes nos enterócitos e no epitélio do túbulo renal A conjugação da bilirrubina com os resíduos glicosídicos faz-se pela ação da bilirrubina-UDP-glucuronosil-transferase, e embora majoritária no fígado, também ocorre nas células dos túbulos renais e enterócitos.

A secreção biliar é mediada por mecanismos de transporte ativo e é um processo com grande capacidade de concentração. O transporte contra um gradiente químico desfavorável (concentração) requer um processo ativo, cuja energia é fornecida principalmente pela hidrólise de ATP. Alterações nas funções destes transportadores resultam em patologias, como a doença de Wilson, síndrome colestática familiar benigna, síndrome Dubin-Johnson e fibrose cística. Entre as várias causas de icterícia clínica e/ou colestase situam-se resultantes de alterações das funções dos carries , proteínas de transferência e enzimas envolvidas no transporte da bilirrubina e da bile, decorrente de deficiência genética, neonatal ou adquirida. Quando a produção de bilirrubina é elevada e se atinge o máximo da capacidade de ligação do pigmento pela albumina, a bilirrubina em excesso sai da circulação e dirige-se para uma grande variedade de tecidos, entre os quais os localizados no fígado, rins, pulmões, coração, glândulas supra-renais e cérebro. Concentrações elevadas de bilirrubina depositam-se na pele e escleróticas, fazendo com que a determinação da bilirrubina sérica não reflita a concentração do composto acumulado.

Recentemente, além de se ter verificado que existe acumulação intracelular de BNC em células mononucleares , observou-se que a bilirrubina inibia

não só a atividade killer natural, mas também a resposta proliferativa e a atividade citolítica dos linfócitos, fatos que podem estar implicados na diminuição da resposta imunológia e a suscetilidade à infecção manifestada por doentes com icterícia e recém-nascidos hiperbilirrubinêmicos . Esta atividade citotóxica encontra-se diretamente relacionada com a

concentração de bilirrubina e com o valor da razão molar de bilirrubina/albumina.

Regulação do Metobolismo dos Carboidratos,

Lipídios e Proteínas

O fígado e o músculo esquelético constituem os principais locais de estoque de glicogênio. Quando a glicemia está elevada, o fígado sintetiza glicogênio. Quando a glicemia cai, o fígado utiliza o glicogênio armazenado para sintetizar glicose (glicogenólise), atuando para manter os níveis glicêmicos relativamente constante. O fígado também é o órgão mais importante para a gliconeogênese (produção de glicose pela conversão de aminoácidos, lipídios ou carboidratos simples). Todos esses processos são regulados por

diversos hormônios. Os hepatócitos também sintetizam e secretam lipoproteínas de densidade muito baixa que são convertidas em outras lipoproteínas séricas (lipoproteínas de densidades baixa, intermediária e

alta). Essas moléculas são a principal fonte de colesterol e carboidratos para diversos tecidos do corpo. Os hepatócitos são os principais locais de origem e excreção de colesterol, uma vez que o colesterol presente na bile é a sua única rota de excreção. O fígado é o responsável pela formação de corpos cetônicos pela transformação

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