Foraminíferos E Bioestratigrafia: Uma Abordagem Didática
Artigo: Foraminíferos E Bioestratigrafia: Uma Abordagem Didática. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: viniciusre • 2/7/2014 • 419 Palavras (2 Páginas) • 671 Visualizações
Foraminíferos e Bioestratigrafia: uma abordagem didática
Com uma abordagem didática, sobre a literatura sobre bioestratigrafia e foraminíferos. Estas literaturas estão concentradas principalmente em artigos científicos e textos destinados a um publico especializado. Com números reduzidos de publicações que enfocam temas de maneira didática e acessível aos estudantes, sobretudo em língua portuguesa. Assim, este trabalho apresenta aspectos históricos e a base conceitual da bioestratigrafia e da utilização dos foraminíferos na aplicação desta ferramenta.
O conhecimento sobre a evolução da vida, principal objeto de estudo da paleontologia, associado ao conhecimento geológico constituem uma poderosa ferramenta para a reconstrução do passado do nosso planeta. Dentro da paleontologia a uma disciplina integradora levando o aluno a construir elos entre os conhecimentos adquiridos em diversas disciplinas tais como a geotectônica e a geologia histórica para o entendimento de eventos geológicos de diversas magnitudes.
A bioestratigrafia diferentemente de outras áreas da ciência teve um único homem reconhecido como seu fundador, cujos fundamentos foram lançados por William Smith (1769-1839), um engenheiro e construtor de canais inglês. Smith compreendeu que um determinado estrato e sempre encontrado na mesma ordem de superposição e contem os mesmos fosseis peculiares. A Lei da Superposicao3 de Nicolas Steno já havia sido formulada desde 1669, mas provavelmente Smith nunca ouvira falar em Steno (Hancock 1977). Smith introduziu o Principio da Sucessão Faunística, o qual postula que diferentes unidades de rochas sedimentares superpostas contem diferentes assembleias fosseis (Hancock 1977).
O Princípio da Sucessão Faunística foi o primeiro passo para a aplicação da paleontologia, resolvendo problemas estratigráficos pela utilização de fósseis para zoneamento e correlação de estratos. O inicio da aplicação no século XX teve como observações de macro fósseis em estratos marinhos por naturalistas, geólogos e engenheiros, mas o maior desenvolvimento da ferramenta decorreu do estudo dos microfósseis, como os foraminíferos, um dos grupos mais pesquisados.
Com aplicação direta na indústria do petróleo revolucionou o conhecimento da bioestratigrafia do Cenozoico. A difusão e o aperfeiçoamento da bioestratigrafia a partir da segunda metade do século XIX decorreram da sua aplicação na indústria do petróleo. Os avanços recentes da bioestratigrafia incluem utilização integrada de diversos grupos taxonômicos bem como a associação com diversas técnicas como a estratigrafia de sequências e a sísmica. Para aplicação eficaz da bioestratigrafia é importante o conhecimento das relações filogenéticas e dos fatores limitantes à distribuição dos organismos além de aspectos taxonômicos que condicionam distribuição dos restos fósseis. Esse trabalho apresenta, de maneira didática, aspectos históricos e a base conceitual da bioestratigrafia com base em foraminíferos, e sugestões de atividades para a fixação dos conceitos.
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